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Fotografias de rondonense ganham destaque nas redes sociais e encantam pelo olhar peculiar; confira as fotos

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Fotos: Roberto Kleinschmidt

 

Do cardápio do jantar à arquitetura preservada de uma cidade que conhecemos, passando por aquele show inesquecível da nossa banda favorita até o gatinho que toma sol na janela da sala: com a câmera de um celular podemos eternizar em imagens o que os nossos olhos veem e aquilo que nós somos.

A fotografia pode parar o tempo, nos levar de volta ao passado. No entanto, a verdadeira magia acontece, para o fotógrafo e o fotografado, antes, durante e depois do clique. E ao contrário do que muitos pensam, é possível, sim, fazer boas fotos com celular. Basta pensar na imagem antes de produzir e conhecer bem as funções de seu aparelho. Mas, acima de tudo, é preciso dominar a arte dos sentidos e da fotografia.

Sobre isso, o rondonense e fotógrafo amador Roberto Kleinschmidt entende e defende. Não por menos que as imagens captadas por seu aparelho de celular da marca e modelo Samsung Galaxy S9 Plus tem ganhado as redes sociais e servido de inspiração para muitas pessoas.

Basta uma olhada nas redes sociais de Roberto que o resultado é um só: admiração pelo cuidado, dom e talento para com a fotografia. Entre todas as fotos, aquelas que contêm traços e elementos da natureza têm espaço privilegiado. Os animais vêm na sequência, a segunda paixão do rondonense.

Com 32 anos, ele trabalha como coordenador comercial em uma empresa em Nova Santa Rosa. Todos os dias o trajeto entre os dois municípios se torna, na verdade, um caminho de imagens, possibilidades e significados para ele que é um observador de detalhes. “Não que eu seja especial, mas muitas pessoas não veem as coisas como eu vejo. Para mim um momento e um bom ângulo são importantes. Toda essa parte é importante e eu gosto de compartilhar com as pessoas. Vejo que muitas pessoas têm essa necessidade. Muitas vivem seus dias na correria e não conseguem parar e observar um pouco da natureza, dos animais, das paisagens. É uma forma de proporcionar e compartilhar esse olhar com essas pessoas”, diz.

Apesar do olhar refinado para a fotografia, o rondonense afirma que a arte de fotografar é um hobby para ele, uma atividade de lazer que começou em 2007 com inocentes cliques de seu primeiro cachorro. “Quando nasceu meu primeiro cachorro, que hoje está com 12 anos, comecei a registrar seus momentos e vi que era algo legal. Depois comecei a me aprofundar nos detalhes, pesquisar como poderia fazer e melhorar”, comenta. “Hoje isso mudou. Desde então vim pesquisando, me aprofundando no assunto, até fiz alguns cursos técnicos e também aprendi através da internet, canais no Youtube e contato com outros fotógrafos”, completa.

Compostas por combinações de luzes e cores cativantes, as imagens retratadas por Roberto ganham destaque e transmitem um ar profissional. Os conteúdos, espaços e lugares enaltecem as belezas locais, em especial para pontos da cidade de Nova Santa Rosa e Marechal Rondon. As belezas das duas cidades ganham novos horizontes através do celular e do olhar do rondonense. “Hoje eu ainda não tenho um equipamento profissional. Fotografo apenas com celular, então não é nada profissional, tanto que eu não realizo trabalhos de eventos. Tenho apenas como um hobby, algo que tenho para mim e que gosto de fazer. Viver um momento, ver aquela imagem e pensar ‘poxa, aqui tem algo legal e que merece ser retratado’, olhando sempre para ângulos e aspectos diferentes”, salienta.

 

Fotografia de natureza

Com as câmeras dos celulares ficando cada vez mais poderosas e cheias de recursos, era apenas questão de tempo até que eles tivessem poder de fogo para fazer imagens belíssimas sem muito esforço. No entanto, se a parte de hardware geralmente dá conta do recado mesmo em aparelhos mais simples, a habilidade do fotógrafo ainda faz toda a diferença entre conseguir um clique genérico ou uma verdadeira obra eternizada no seu smartphone.

Tudo fica ainda mais complicado quando se fala de capturar a natureza, já que os cenários e assuntos nessa categoria são os mais variados e sofrem todo tipo de interferência externa. Enquanto os rostos costumam ser um tema mais próximo para os artistas amadores – devido tanto à facilidade com que os humanos lidam com faces até o fato de os modos Retrato estarem se popularizando nos gagdets –, as paisagens e cenas externas podem ser um desafio e tanto para os fotógrafos de bolso.

“A natureza traz calma e tranquilidade. Sou coordenador comercial de uma empresa onde trabalho com vendedores, representantes, clientes e coordenar tudo isso é bem complicado. Querendo ou não você vai ter seu momento de estresse durante o dia, vai sair do trabalho com a cabeça quente. Mas então eu saio e desestresso. Paro em algum lugar, tiro alguns minutos para olhar as paisagens, os detalhes. Isso traz calma para a alma e espírito e faz bem”, expõe.

 

Inspiração

Roberto acredita que a fotografia alimenta a alma e o espírito. Para ele, trata-se de uma elevação espiritual e emocional que melhora todos os aspectos da sua vida. “Não são somente as outras pessoas, mas eu também tenho uma vida corrida. Muitas vezes pegamos o carro, sai daqui, vai pra lá, e não tiramos um tempo para observar o que há na nossa volta. Não observamos a vida e as sua belezas”, diz.

Além da natureza, os animais são a outra paixão do rondonense. “Eu aprendi a amar os animais no primeiro que eu ganhei e isso faz muito tempo. Um animalzinho pequeno, sem raça, que estava praticamente abandonado. Ganhei ele, cuidei, aprendi a amar, cuidar e foi crescendo esse amor. Mas eu sempre quis ter um cachorro grande, mas não podia pelas condições da época. Quando cresci, eu disse que agora posso. Comprei um, que hoje está com 12 anos, depois o segundo, que tem 8, e o terceiro, que está com um ano. O amor, o cuidado, o carinho e a proteção que eles têm com a gente me ensinaram a amar e a cuidar da mesma forma. Aprendi a interpretar o olhar dos animais. É uma lição de vida”, enfatiza.

Talento, dom, paixão. O tripé oferece sustento ao fotógrafo amador no momento de fotografar junto da sua maior inspiração: a vida. “Gosto muito de viver, passear com meus cachorros, andar sem rumo e passar por novos caminhos, conhecer coisas diferentes. O que me impulsiona é viver, conhecer um mundo diferente, e com a fotografia eu acredito que posso ir muito mais longe do que estou hoje”, enaltece. “Busco fotografar o que me faz bem. Sinto-me realizado”, frisa.

Afetivamente ligado à família, o rondonense comenta que quando está com seus familiares tenta registrar vários momentos e que prefere guardá-los para si e não publicar nas redes sociais. Entre os tantos registros de animais e da natureza, aquele que mais o fascina é justo de uma pessoa: sua avó. “Quando eu chego na casa dela sempre chamo ela para sair, dar uma volta. Tento tirar ela um pouco de casa e faço uma foto dela. Seja uma minha com ela ou ela sozinha em um lugar que eu ache que fique bacana. É algo que marca muito porque sabemos que eles não são eternos. Tento eternizar esses momentos. Um detalhe no rosto, um sorriso, as próprias rugas que refletem as marcas da idade, da experiência e do tempo. Além das fotos ficarem registradas no celular, elas também ficam na memória”, destaca.

 

Futuro

Nas redes sócias muitas pessoas comentam e compartilham as imagens capturadas com a sensibilidade do fotógrafo. Entre os elogios, há também pedidos e convites de trabalho. “Fiz um ensaio com o meu sobrinho de 11 anos e ficou bacana. Algumas pessoas viram e pediram se eu poderia fazer ensaios, mas eu disse que não posso fazer porque não sou fotógrafo profissional. Há também quem me pede autorização para usar minhas imagens. Eu deixo porque quero que as pessoas as aproveitem”, ressalta.

Pensando em fazer do hobby uma profissão, Roberto revela que pretende se especializar na fotografia. “Trabalhando e buscando conhecimento, em torno de seis a sete anos quero estar fazendo alguns eventos pequenos. Já estou pesquisando materiais e reservando para comprar equipamentos profissionais. O custo é alto para comprar e manter, então é preciso ter certeza do que se quer fazer para não deixar os materiais parados”, finaliza.

 

Fotógrafo amador Roberto Kleinschmidt: “O que me impulsiona é viver, conhecer um mundo diferente, e com a fotografia eu acredito que posso ir muito mais longe do que estou hoje (Foto: O Presente)

 

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