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Marechal

Greve gera mal-estar entre pais e professores

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Giuliano De Luca/OP

Reunião terminou sem resultado prático após duas horas de discussão

A greve dos professores da rede pública de ensino no Paraná completa 38 dias hoje (03). Juntas, as duas paralisações deste ano – a primeira de 28 dias, entre 09 de fevereiro e março 08 de março – já somam 66 dias parados. A demora nas negociações e especialmente a falta de consenso entre Governo do Paraná e APP-Sindicato, que encabeçam o embate, reflete agora na própria comunidade escolar, especialmente em pequenos municípios e vilas rurais, onde professores e comunidade estão mais intimamente ligados.

A greve deste ano surgiu como um movimento de amplo apoio social, mas agora, sem definição e já no mês de junho, causa mal-estar entre pais e professores, que começam a ser pressionados a voltar para as salas de aula, mesmo sem acordo e com a greve em andamento. Na terça-feira (02), docentes, pais de alunos e alguns estudantes se encontraram em um evento organizado pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) do Colégio Nilso Franceski, no distrito de Iguiporã, em Marechal Cândido Rondon. Desgastados e por vezes irritados, os pais pediram o retorno imediato dos professores ao trabalho, mas a classe se mantém em regime de greve, por tempo indeterminado.

REVOLTA

Os pais dos alunos estão revoltados. Apoiamos a greve desde o primeiro momento, mas agora já se foi quase a metade do ano letivo. Nossos filhos estão sendo muito prejudicados. Eles (professores) têm que ver a nossa parte também, disse o presidente da APMF, Alaor Bressan, pouco antes do evento. A gente sabe como é difícil a tarefa de educar, fomos contra o que o Governo do Estado fez com o professor, mas queremos entrar em acordo para que sejam retomadas as aulas, destacou.

No encontro, alguns pais demonstraram irritação com a situação, cobrando a retomada das aulas imediatamente. Acabou a paciência, disse a mãe de um aluno. Onde estão nossos direitos?, questionou. Eles fixaram uma faixa no corredor do colégio, que destaca a gravidade da greve e que eles estão em luto pelos seus filhos, além de pedir o retorno imediato, independentemente de quem esteja com a razão.

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