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Inadimplência é prejuízo para consumidor e empresário

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Vice-presidente de Informações Cadastrais e Proteção ao Crédito da Acimacar, Eduardo Berndt: “Muitas vezes, quando a pessoa resolve a inadimplência na emergência, ela acaba pagando muito mais caro” (Foto: Leme Comunicação)

 

Das 46.819 pessoas registradas pelo último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como residentes em Marechal Cândido Rondon, cerca de 28 mil compõem o grupo da população economicamente ativa, que é, de fato, aquela que acessa o crédito no comércio.

De acordo com um levantamento da Associação Comercial e Empresarial rondonense (Acimacar), deste total, em torno de 20,76% estão inadimplentes, pouco mais de 5,8 mil pessoas. “O número é alto porque o que nós buscamos é diminuir este índice ao máximo. No entanto, quando comparamos com outros Estados brasileiros, vemos que temos uma média muito boa em Marechal Rondon”, comenta o vice-presidente de Informações Cadastrais e Proteção ao Crédito, Eduardo Berndt.

No Paraná, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 89% da população paranaense tem algum tipo de dívida. Todavia, Berndt explica que ter uma dívida não significa estar inadimplente. “Ter um carro financiado ou pagar aluguel, por exemplo, caracteriza a pessoa como parte da população endividada e esse número é importante porque mostra os potenciais tomadores de crédito do futuro”, menciona.

 

Acesso ao crédito

Com o índice relativamente baixo do número de inadimplentes no município, o acesso ao crédito para compras no comércio varejista parece, à primeira vista, algo simples e possível para a maioria da população.

Contudo, Berndt diz que a história do crédito no país ainda é algo considerado recente, que chegou ao mercado junto ao Plano Real, instituído em 1994. “Antes disso, o acesso ao crédito era bastante limitado, então temos 24 anos de novos crediaristas, de pessoas que estão aprendendo a lidar com o crédito”, reflete.

Na visão do vice-presidente de Informações Cadastrais e Proteção ao Crédito da Acimacar, esta situação pode ser considerada relativamente ruim, tendo em vista que frente ao histórico recente da concessão de crédito no Brasil há necessidade de uma educação financeira mais “forçada”, como por meio da inclusão de pessoas que não pagam suas contas em dia no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), por exemplo, além de mais incentivos à educação financeira para que as pessoas aprendam a lidar com o crédito. “Por outro lado, a estabilidade econômica trouxe proximidades de consumo que antes não existiam, como o fato de as pessoas poderem programar suas compras, independentemente do valor do bem, seja de varejo ou um bem de consumo. E isso acontece graças ao acesso ao crédito e à estabilidade econômica, que dá condições de o consumidor planejar as suas compras e as formas de pagamento”, enfatiza.

 

Ano novo, planejamento novo

Com a entrada de recursos extras no fim de ano, como o 13º salário, por exemplo, esta época é composta por uma somatória de fatores favoráveis para que as pessoas saiam da inadimplência. “Muitos consumidores querem presentear, participar de eventos, realizar confraternizações e principalmente planejar o próximo ano, mesmo que de maneira informal, fazendo uma reflexão para começar o ano novo respirando bem no que diz respeito às suas questões financeiras”, enfatiza.

A inadimplência, assinala Berndt, é um problema não apenas para o empresário, que vendeu o produto, não recebeu e sente o impacto por não ter o recurso esperado no caixa de sua empresa. Para o consumidor também há prejuízo, tendo em vista que ele deixa de ter acesso ao crédito ou tem acesso limitado. “Além dessa significativa limitação, pode ser que ele tenha uma necessidade futura urgente ou tenha uma oportunidade única em sua frente, porém, pela limitação do crédito, ele não consegue aproveitar oportunidades”, ressalta. “Muitas vezes, quando a pessoa resolve essa inadimplência na emergência, ela acaba pagando muito mais caro”, evidencia Berndt.

 

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