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Marechal Planejamento de ações

Inovação é a prioridade da Acimacar para 2019

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Presidente da Acimacar, Gerson Jair Froehner: “Estamos trabalhando desde o ano passado no Ecossistema de Inovação para trazer novos empreendimentos para Marechal Rondon e também possibilitar a empresários que já estejam estabelecidos no município e queiram trabalham isso em suas empresas” (Foto: O Presente)

 

O ano de 2018 teve um significado especial para a Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), pois marcou a celebração dos 50 anos de fundação da entidade, criada no dia 07 de abril de 1968.

As ações referentes ao jubileu de ouro da Acimacar seguem até abril deste ano, mas para o decorrer de 2019 já há um calendário definido, englobando, por exemplo, as campanhas promocionais e o Prêmio Marechal, que são fixos no roteiro da associação.

Mas, afinal, o que esperar da Acimacar para este novo ano?

Sempre trabalhando com a missão de fomentar a atividade empresarial, representar e fortalecer os associados, além de estimular o desenvolvimento da comunidade, a entidade tem entre suas ações prioritárias para este ano a inovação. A afirmação é do presidente, Gerson Froehner. “Estamos trabalhando desde o ano passado no Ecossistema de Inovação para trazer novos empreendimentos para Marechal Rondon”, salienta.

Além disso, no cronograma de pautas da instituição estão algumas demandas, que já se estendem há alguns anos, como a duplicação da BR-163, no trecho Marechal Rondon a Toledo, e que continua sendo uma das prioridades para este ano. O trajeto completo soma 38,9 quilômetros, com um contrato global de R$ 306 milhões. Os trabalhos de duplicação entre os dois municípios do Oeste paranaense seguem em andamento e há previsão para a obra ser entregue até o mês de julho de 2020.

Outra reivindicação que ganha a atenção da Acimacar é a construção da sede definitiva do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). Com licitação homologada desde 2014, a obra, que nem chegou a sair do papel, voltou à estaca zero após a empresa que executava o projeto romper o contrato com a Paraná Edificações. Apesar de ter o recurso de R$ 6 milhões garantidos pelo Paraná Seguro, a sede tem o prazo de até 2021 para ser inaugurada, caso contrário, o valor não estará mais garantido para a obra.

“Estivemos em conversa com o comandante do BPFron, tenente-coronel Saulo de Tarso Sanson Silva, e de fato o projeto existe e tem a área comprada, mas não está sendo executado porque existe um problema na licitação do projeto. Ele iria agora no início do mês para Curitiba para verificar essa questão e se lá eles não conseguirem resolver, nós colocamos a Acimacar, as demais associações das região e até a Caciopar para pleitearmos a execução do projeto”, ressalta Froehner.

Segundo o presidente da Acimacar, eles buscarão conhecer, junto do Governo do Estado, o que pode ser feito, desde uma nova licitação para o projeto ou a execução por parte da segunda empresa vencedora. “Não podemos ficar nessa pendência que já vem de tanto tempo”, enfatiza.

Ainda em termos de segurança pública no município, a implantação do Complexo Civil-Militar também está em voga. O terreno para construção possui área de 10,4 mil metros quadrados e está localizado na Avenida Írio Welp, ao lado da captação de água do Saae, próximo ao cruzamento com a Avenida Rio Grande do Sul. Conforme determina o projeto de lei 10/2017, o terreno deverá servir para receber as novas sedes da Delegacia Cidadã da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e da 2ª Companhia da Polícia Militar, que, juntas, formarão o Complexo Civil-Militar. O local também poderá abrigar o pátio de veículos apreendidos sob a responsabilidade da Ciretran.

A discussão sobre áreas indígenas e a recuperação do Contorno Viário Sul (Anel Viário) também serão questões cobradas pela Acimacar, garante o presidente. “Nós demos uma pausa na questão de cobrança relativa ao Anel Viário porque foi divulgado que para este ano já há convênio do município com o Estado e que será realizada a readequação do trajeto”, declara.

De acordo com Froehner, todas essas demandas são antigas, mas há a expectativa de que com um novo governo possa haver mudanças. “Já vimos algumas coisas sendo trabalhadas, mas não queremos prejudicar ninguém. Queremos favorecer a comunidade no geral”, afirma.

 

Royalties

Os governos brasileiro e paraguaio recebem uma compensação financeira, denominada royalties, pela utilização do potencial hidráulico do Rio Paraná para a produção de energia elétrica na Itaipu. Em 2023, pontua o presidente da Acimacar, a Itaipu vai quitar a construção da hidrelétrica e com isso será feita a manutenção dos royalties. “Precisamos fazer com que o valor que era pago para a dívida seja investido na nossa região, tendo em vista que já existe disputa por outras regiões”, evidencia.

 

Parques industriais

Voltando ao quesito inovação, uma importante demanda local, segundo ele, é a regularização dos parques industriais. O pedido é feito por diversos associados da entidade, que querem que o novo parque industrial seja tirado do papel. “Vamos ficar cobrando isso porque precisamos implantar a Lei de Inovação, que está sendo trabalhada com a secretaria para fomentar e incentivar novos investimentos e também possibilitar a empresários que já estejam estabelecidos em Rondon e queiram trabalham isso em suas empresas”, destaca.

E pensando em ainda mais desenvolvimento, a Acimacar vai fomentar a parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), através da Incubadora Santos Dumont, que tem filial sediada em Marechal Rondon.

Instalado na entidade há dois anos, o PTI oferta todo suporte e presta o auxílio necessário para que a ideia do empreendedor se transforme em um projeto competitivo no mercado.

 

Perda de representatividade

Depois de mais de 40 anos, Marechal Cândido Rondon está sem representação na Assembleia Legislativa do Paraná. Desde 1975, o município sempre contou com um representante em Curitiba, mas nas eleições de 2018 os deputados que até então representavam o município – Elio Rusch (DEM) e Ademir Bier (PSD) – não conseguiram alcançar a votação mínima para garantir a reeleição.

Deputado mais votado no Oeste, Marcel Micheletto, que é de Assis Chateaubriand, tem agora a responsabilidade de representar e atender todos os municípios que integram a região. “A gente acredita que ele vai trabalhar muito pela região, mas cada deputado tem uma cota de valores que podem ser investidos e destinados para cada lugar, e infelizmente é isso o que nós perdemos. Antes tínhamos duas cotas para Marechal e agora vamos ter uma compartilhada com todo o Oeste”, expõe o presidente da Acimacar.

Consequentemente, a perda de representatividade política é algo que preocupa o município. “É um aprendizado novo, mas a população quis isso. Em partes, ficamos sentidos com essa perda, mas vamos ter que aprender a lidar com essa nova situação”, considera Froehner, que acrescenta: “Por tantos anos, se precisássemos de alguma coisa, tínhamos o telefone dos deputados e eles estavam sempre presentes na cidade. O relacionamento era muito próximo. O Micheletto é muito aberto a diálogo, mas o ‘poder de fogo’ dele está um pouco restrito, então vamos ter que ver como ele vai dividir esse bolo”.

 

Cobrança

Apesar de Micheletto ter sido o deputado mais votado na região, o presidente da Acimacar lembra que outros 300 deputados ganharam votos em Marechal Rondon e ressalta que agora é preciso que estes se comprometam com o município. “A população precisa fazer a parte dela e cobrar o deputado no qual votaram, independente de onde ele for, quando quiserem algo para cá”, frisa.

Enquanto entidade com intensa participação política, Froehner garante que a Acimacar fará um mapeamento de quem são esses deputados para estabelecer um relacionamento. “Será mais forte com o Micheletto, mas não vamos esquecer os outros. Se tiveram votos aqui, é porque precisam dar uma contrapartida para a nossa região”, conclui.

 

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