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Marechal Epidemia controlada

Marechal Rondon adentra inverno com casos de dengue zerados

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(Foto: Arquivo/OP)

O Paraná tem 212.074 casos de dengue acumulados desde o início do período epidemiológico, em julho do ano passado, conforme boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado da semana passada.

A diferença do informe anterior para este é de 13.084 casos da doença e o boletim atual registra nove óbitos confirmados por dengue.

Já o total de casos em investigação quanto à classificação final para a dengue diminuiu: eram 59.705 e agora são 52.775 casos em análise.

Os cuidados de prevenção e controle da dengue devem seguir por parte da população mesmo diante da pandemia da Covid-19 e da chegada do inverno. A Sesa recomenda a verificação constante dos quintais e dentro das residências para a eliminação dos criadouros do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.

“A dengue mata e a proliferação do mosquito acontece durante o ano todo; por isso a necessidade da prevenção. Neste momento, como existe a recomendação para as pessoas ficarem mais tempo em casa, por conta do coronavírus, a orientação é que aconteça uma busca minuciosa com a eliminação dos focos do mosquito transmissor”, destaca o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto. “Os cuidados de higiene redobrados devem se estender para todos os ambientes domésticos, de trabalho e de circulação É preciso acabar com todos os pontos que acumulem água e que podem servir de criadouros”, orienta.

Coordenador do Setor de Endemias, Sérgio Radke: “A população precisa continuar nos ajudando no combate à dengue. Fala-se muito do coronavírus, mas a dengue já matou mais do que a Covid-19 em nosso município” (Foto: O Presente)

 

TENDÊNCIA DE QUEDA

O período sazonal da dengue finaliza no mês que vem, mas a curva epidêmica já apresenta tendência de queda desde maio em mais de 170 municípios, segundo a Vigilância Ambiental da Sesa.

Eram 33 municípios em situação de alerta e agora são 31. A relação dos municípios em epidemia apresentou pouca alteração se comparada às listas divulgadas anteriormente, eram 237 e agora são 240.

O período soma 148 óbitos, os nove óbitos registrados na publicação da semana passada já vinham sendo investigados; oito são do sexo feminino e um do masculino.

 

MARECHAL RONDON

Assim como o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, o diretor do Setor de Endemias de Marechal Cândido Rondon, Sérgio Radke, ressalta que os cuidados com o mosquito devem ser mantidos mesmo no inverno. “Normalmente, a tendência é de que em dias mais frios o ciclo do mosquito demore mais para se completar e, consequentemente, há a diminuição da população do inseto, o que não significa que devemos relaxar nas medidas de combate”, frisa.

Segundo ele, a epidemia de dengue no município rondonense foi controlada. “A epidemia está controlada, mas estamos tendo casos esporádicos em todas as partes do município, sinal de que o vírus ainda está circulando e os mosquitos estão o transmitindo”, alerta, acrescentando: “Em algumas semanas, não temos nenhum caso da doença, mas em outras surgem até quatro positivos. Durante o outono e mesmo agora no inverno a temperatura tem ajudado o Aedes aegypti: está quente e o mosquito continua circulando”.

 

CUIDADOS ESPECÍFICOS

Radke observa que, aproveitando que muitas pessoas estão mais em suas casas devido ao isolamento social, alguns cuidados específicos podem ser realizados. “A atenção pode ser redobrada, além de ações dentro de casa, olhando ralos, bacia da geladeira, e nos quintais, com vasos e plantas que acumulem água. Outros pontos também podem ser vistoriados, como os ocos das árvores, as calhas, as galerias que levam a água da casa para a rua etc”, pontua.

 

EQUIPE DE ENDEMIAS

Conforme destacou ao O Presente, a ação dos munícipes é ainda mais importante nesse momento de distanciamento social. “As equipes de endemias fazem uma visita mais restrita nesse momento devido ao coronavírus. Os agentes não estão entrando nas residências, apenas vistoriam pelo lado de fora, evitando o contato e mantendo o distanciamento, tanto que as fichas de controle de visita não estão sendo assinadas, visto que geralmente ficam no interior da moradia”, menciona.

Contudo, ele salienta: “Os trabalhos continuam acontecendo dentro dessas normas sanitárias. Nós continuamos atingindo todos os índices estabelecidos pelo Ministério de Saúde e Secretaria de Saúde em termos de visita”.

As três semanas com maior número de casos de dengue ocorreram entre os dias 16 de fevereiro e 07 de março. Desde o dia 14 de junho não foram registrados novos casos (Foto: Arquivo/OP)

 

INSETICIDAS

De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, a diminuição do número de casos foi em grande parte devido à aplicação do fumacê, que ocorreu a partir do fim do mês de março. “Os municípios ao redor de Marechal Rondon estavam quase todos em epidemia e nós conseguíamos nos manter com poucos casos. Todavia, chegou um momento que não conseguimos mais controlar. Nós entramos em epidemia, foram solicitadas as camionetes do fumacê e realizamos cinco aplicações em todo o perímetro urbano, com intervalo mínimo de três dias. Com essas ações, o problema foi grandemente debelado”, avalia.

Posteriormente à aplicação em grande escala, o recomendado, expõe Radke, é que sejam feitas aplicações localizadas do inseticida onde há casos de dengue. “Nós não temos esse inseticida há bastante tempo e não conseguimos, infelizmente, delimitar áreas e fazer o controle do vírus”, lamenta ele, adicionando: “Sem esse produto, a eliminação dos focos pelos agentes acontece de forma mecânica, nos falta esse aliado. A população precisa continuar nos ajudando no combate à dengue. Fala-se muito do coronavírus, mas a dengue já matou mais do que a Covid-19 em nosso município”, conclui.

 

DADOS

Segundo dados do Setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Marechal Rondon, as três semanas com maior número de casos de dengue ocorreram entre os dias 16 de fevereiro e 07 de março. Desde o dia 14 de junho, 25ª semana epidemiológica, não foram registrados novos casos de dengue.

(Arte: O Presente)

 

Com assessoria

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