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Marechal Rondon: Aparecimento de escorpiões gera preocupação

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Arquivo pessoal/Trycia Port
Escorpião encontrado na sala da casa de Trycia na última quinta-feira (19)

As altas temperaturas, associadas à ocorrência de chuvas típicas de verão, contribuem para a proliferação de insetos e para o aparecimento de baratas e escorpiões. Em busca de abrigo e lugar seco, os aracnídeos saem de seus esconderijos em busca de refúgio, e é exatamente neste momento que eles aparecem dentro das casas.

Quando se fala em picada de escorpião, é comum que algumas pessoas pensem que este é um mal que está longe, por associar esses bichos a locais abertos e com vegetação mais densa, porém a verdade é que, na maioria das vezes, o perigo mora em casa.

A rondonense Trycia Port sabe muito bem disso. Ela encontrou, na semana passada, um escorpião na sala de sua casa. Todo ano eu encontro. No ano passado encontrei dois somente no mês de fevereiro. Ao todo já foram uns cinco escorpiões, revela.

O perigo é tanto que até mesmo seu marido já foi picado. Era seis horas da manhã quando ele acordou sentindo que havia algo em suas costas. Pensando que era uma barata, ele levantou e acendeu a luz e viu que era um escorpião. Teve que ficar 15 dias fazendo tratamento e vários exames, conta.

O acúmulo de lixo é um dos principais fatores que favorecem o aparecimento destes animais e ao lado da casa de Trycia há um terreno baldio que, conforme ela, normalmente está cheio de lixo. Nós já procuramos a Vigilância Sanitária, relatamos o problema, porque como esse terreno sempre está sujo acreditamos que os escorpiões possam estar vindo de lá, declara.

Mesmo tomando as devidas precauções, o aparecimento dos escorpiões se tornou constante na casa de Trycia. Passamos veneno no muro que faz a separação do lote baldio para o lote da minha casa e mesmo assim não adiantou, lamenta a rondonense.

Com os outros escorpiões, Trycia adotava o procedimento de matá-los. Desta vez, ela guardou o aracnídeo em um pote e acionou a Vigilância Sanitária para que viessem buscá-lo.

 

Perigo

Após encontrar o escorpião em sua sala, Trycia usou suas redes sociais para fazer um alerta às pessoas. Para mim isso é um assunto sério, principalmente para quem tem criança em casa, inclusive quem encontrou o escorpião foi o meu filho menor, diz.

Se já não bastassem os escorpiões, a rondonense também anda recebendo outras visitas indesejadas: as aranhas. Aranha é o que mais entra aqui em casa, declara.

 

Vigilância Sanitária

Segundo a fiscal sanitária Thais Gonçalves Borges, o departamento de Vigilância Sanitária não percebeu aumento na demanda de notificações e reclamações quanto ao aparecimento de aracnídeos. Não houve relatos de casos que sobressaíssem à média, comenta. Porém, mesmo assim, devido à elevação das temperaturas, há registros de aparecimento de escorpiões e, segundo Thais, os mais encontrados são os da espécie Bothriurus bonariensis  (escorpião preto) e aranhas Lycosa erythrognatha (aranha de jardim). A espécie comumente encontrada em nosso município é a Bothriurus bonariensis (escorpião preto), que não é de importância médica. Contudo, em caso de acidente, é necessário que a vítima procure atendimento médico e, se possível, leve junto o animal para identificação, declara.

Diante da preocupação e do desejo de manter residências e quintais livres de escorpiões, muitas pessoas optam pelo uso frequente de veneno. Com relação a isso, Thais diz que dedetizar um ambiente a fim de exterminar os escorpiões faz com que os animais se desalojem, mas permaneçam vivos, aumentando os riscos. Com a aplicação pulverizada do produto os animais se movem para regiões de superfície, onde não há veneno, e a possibilidade de acidentes aumenta. Existe apenas um inseticida micro incapsulado, mas que não é 100% eficiente e deve ser aplicado por dedetizadoras, explica a fiscal, ressaltando que a forma mais eficiente de prevenção é manter terrenos e casas livres de lixos e entulhos.

Há também quem fique em dúvida se deve matar ou não um escorpião e quais procedimentos adotar nesses casos. A recomendação é que se traga o animal vivo ou morto condicionado dentro de um recipiente fechado até a Vigilância Sanitária para que possamos enviar ao laboratório de entomologia do Estado para identificação e monitoramento de espécies circulantes, explica Thais.

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