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Marechal Risco maior

“Marechal Rondon caminha para o estágio de transmissão comunitária de Covid-19”, diz secretária de Saúde

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Secretária de Saúde, Marciane Specht: “Nós não estamos com nenhum paciente hoje em uso de ventilador mecânico no município. Se continuarmos apenas com casos leves e assintomáticos, a ameaça permanecerá sendo de risco baixo” (Foto: O Presente)

O número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Marechal Cândido Rondon aumentou na última semana. Até o final da tarde de ontem (04) o município contava com 15 casos confirmados da doença e 14 casos suspeitos.

Atualmente, Marechal Rondon não está com transmissão comunitária, que acontece quando não é possível saber a origem da contaminação da doença. Até agora, os pacientes infectados ainda conseguem ser monitorados e a origem da doença detectada.

Todavia, segundo a secretária de Saúde, Marciane Specht, o município caminha para uma transmissão comunitária. “Nós estamos fazendo a análise epidemiológica dos casos suspeitos e confirmados. Esse dado ainda não está conclusivo por parte do Setor de Epidemiologia, mas tudo leva a crer, pela análise e investigação dos casos, que estamos caminhando para a transmissão comunitária”, expõe, enaltecendo: “A partir do momento que temos o vírus circulando no município, a probabilidade de contaminação aumenta muito, porque anterior a isso, os casos sempre foram relacionados a uma viagem ou então algum paciente confirmado com Covid-19 que teve contato com outro paciente”.

Se confirmada a transmissão comunitária, ou seja, que o vírus está circulando no município, Marciane alerta que os munícipes estarão, então, propensos a ter a Covid-19 a qualquer momento.

 

BAIXO RISCO

O Ministério da Saúde, em seu boletim epidemiológico de número 11, caracteriza através de uma tabela que avalia ameaça versus vulnerabilidade o risco de contaminação que os municípios apresentam. Marechal Rondon é considerado de risco baixo. Na prática, a avaliação é feita comparando o número de casos confirmados da doença com o número de ventiladores disponíveis no município.

Isso se dá porque, apesar de Marechal Rondon ter 15 casos confirmados de Covid-19, os casos são considerados de gravidade leve a moderada, sem a necessidade de utilização de ventilação mecânica. “Nós podemos ter 20, 30 casos confirmados, mas se a ameaça continuar como risco baixo, que são casos leves e moderados, em que a gente utiliza pouco o serviço de saúde voltado aos equipamentos, e nesse caso a nossa maior vulnerabilidade é a disponibilidade de ventiladores, proporcionalmente à quantidade de pessoas que poderão adoecer no mesmo período, não evoluiremos para risco moderado”, explica a secretária de Saúde.

Atualmente, conforme Marciane, não há nenhum paciente no município em uso de ventilador mecânico. “Se nós continuarmos apenas com casos leves e assintomáticos, a ameaça permanecerá sendo de risco baixo. A partir do momento que há dois a três pacientes entubados, usando os ventiladores do município, a vulnerabilidade aumentará. Caso isso aconteça, automaticamente teremos o risco aumentado para moderado”, salienta.

 

NÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO

Os níveis de risco de contaminação propostos pelo Ministério da Saúde estão ligados diretamente a aumentar ou não as questões de restrição dentro do município. “Isso nos orienta sobre as medidas que o município precisa tomar frente à questão de abertura ou fechamento de algumas atividades. No próprio boletim 11, ele traz no risco baixo o que deve ser feito”, pontua a secretária de Saúde. Apesar de estar classificado como risco baixo, ela frisa que o município já adotou algumas ações do nível moderado como forma de precaução.

Marciane enaltece que essas medidas e dados são baseados em notas e orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. “A nós cabe apenas os boletins técnicos e a aplicabilidade destes como norteadores no município e em especial no Setor de Epidemiologia”, evidencia.

 

ELOGIOS E CRÍTICAS

As pessoas que estão à frente dos governos, seja ele federal, estadual ou municipal, e no setor de Saúde estão em evidência neste período de pandemia, e naturalmente têm sido alvo frequente de elogios, mas, principalmente, de críticas. “Eu sempre vejo elas (as críticas) de forma construtiva e me fazem ter a revisão de um processo de trabalho, e a forma como por vezes você repassa uma mensagem”, ressalta, ampliando: “Como profissional de saúde, você está sendo parte integrante do processo, e por vezes essa informação e esse processo estão inteiramente claros, porém, a população, que são as pessoas que vão receber essa mensagem, por vezes não entende esse processo, que para os profissionais da saúde está muito claro. Veja as críticas como construtivas; servem para revisão do processo e da tomada de decisões”.

Os elogios, afirma ela, são sempre bem-vindos. “Penso que nós, servidores públicos, temos o dever funcional de fazer o melhor pela saúde do povo rondonense. Nem sempre iremos acertar tudo, mas com certeza todas as estratégias e as definições das decisões são pautadas sempre pensando no melhor e no bem comum, tentando acertar a maior quantidade de decisões tomadas”, finaliza a secretária.

 

O Presente


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