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Marechal ETA compacta

Marechal Rondon deve começar 2022 sem racionamento de água

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Diretor executivo do Saae, Vitor Giacobbo: “Quando tivermos mais um milhão de litros (no caso da produção de 50% da ETA compacta), não precisaremos de racionamento. Vamos produzir mais 2,5 milhões de litros ao todo e, com isso em funcionamento e sem nenhum outro problema, teremos água disponível para todo mundo” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

Marechal Cândido Rondon pode, em breve, dizer adeus ao racionamento de água. A informação é do diretor-executivo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Vitor Giacobbo. Segundo ele, a partir da conclusão da Estação de Tratamento de Água (ETA) compacta, prevista para o início de 2022, a autarquia passará a operar em saldo positivo com relação ao consumo e a produção de água.

Os 120 dias que a empresa vencedora da licitação teria para finalizar a ETA compacta terminam no próximo dia 17 e, conforme o diretor, que tem vistoriado o andamento da construção, a parte civil estará concluída dentro do prazo, mas atrasos no recebimento do aparato tecnológico fizeram a empresa pedir o adiamento do prazo. “Os equipamentos estão sendo executados na indústria da empresa. Verificamos in loco e grande parte dos trabalhos vai ser finalizada na data proposta. Porém, hoje pela manhã (segunda-feira, 06) houve uma solicitação de adiamento do prazo para a entrega final, porque a empresa alega, e temos conhecimento disso, não estar recebendo dos fornecedores quadros de comando de energia elétrica e também uma parte eletrônica”, expôs Giacobbo ao O Presente.

 

Novo prazo

De acordo com o diretor, as bombas e os equipamentos trabalham integradamente e precisam de uma central eletrônica. “O aparato, por sua vez, será integrado ao nosso sistema de telemetria. Já nos adiantaram que, provavelmente, até o fim deste ano não vamos conseguir colocar em operação”, indica.

Diante disso, o Saae, a empresa contratada e seus fornecedores deliberam sobre a previsão de funcionamento da ETA compacta. “Esperamos que na primeira quinzena de janeiro esteja funcionando”, informa.

Por parte do Saae, deve-se aumentar a carga do padrão de eletricidade da nova ETA e, segundo Giacobbo, têm sido realizados encaminhamentos com a Copel. “Mesmo que não tenhamos esse aumento, nós podemos trabalhar com meia carga e usar a energia que temos disponível lá. Então, conseguiremos tratar cerca de 50% da capacidade total da estação. Quem sabe com 30 dias ou mais será concluído (o aumento da carga elétrica). Fora isso, no começo do ano, até o dia 15 de janeiro, já poderemos entregar água tratada do Arroio Fundo”, frisa.

 

Sem racionamento

A ETA compacta tem capacidade de produzir, em potência máxima, 2,4 milhões de litros de água por dia. O incremento deve sanar os problemas atuais de abastecimento, considera o diretor. “Teremos água suficiente para atender a população sem fazer racionamento. Temos acompanhado a situação diariamente e a coisa é simples: se tivermos água suficiente, não vamos ter racionamento”, ressalta.

Ele diz que atualmente o consumo e a produção de água em Marechal Rondon se equiparam em 13 milhões de litros/dia, sem margem. “Quando tivermos mais um milhão de litros (no caso da produção de 50% da ETA compacta), não precisaremos de racionamento. Vamos produzir mais 2,4 milhões de litros ao todo e, com isso em funcionamento e sem nenhum outro problema, teremos água disponível para todo mundo”, enaltece.

A estratégia com o volume de água a mais é “abastecer as caixas de reservatório à noite e ter água para o dia inteiro”, amplia o diretor.

Ele comenta que algumas medidas podem ser tomadas nos momentos de maior consumo de água, como nas sextas-feiras e nos sábados. “Às vezes nesses períodos vamos restringir a saída de água, mas não cortar. No reservatório do centro, a capacidade de saída de água é de 250 mil litros por hora e a entrada é de 180 mil litros. Ou seja, sai mais do que entra. Se chegarmos em um consumo muito alto, só deixamos sair 180 mil litros”, menciona.

 

Obras em andamento

Giacobbo frisa que um compromisso do Saae e do prefeito Marcio Rauber é seguir com os investimentos que visam aumentar a oferta de água em Marechal Rondon, haja vista o crescimento da população. “Não podemos ficar estagnados na produção de 15 milhões de litros por dia. A partir do início de 2022, os esforços serão concentrados na instalação da estação maior, que produzirá mais dez ou 12 milhões de litros por dia. O Saae já tem a posse do terreno, pagou a área e o juiz reconheceu a posse. Agora, faremos o projeto de instalação da ETA para depois fazer a concorrência e ver qual empresa vai executar”, relata.

Pelo tamanho do investimento, o diretor estima que deve levar cerca de dois anos para conclusão da nova ETA, considerando trâmites e construção.

 

Janeiro movimentado

Outra obra em fase de conclusão é a sede operacional do Saae, cuja empresa contratada tem prazo de entrega até 13 de janeiro. “O levantamento da obra já aconteceu, restando trabalhos de acabamento. São etapas mais demoradas, porém a empresa garantiu a entrega dentro do prazo”, enfatiza.

Apesar da previsão, a mudança para a nova sede não deve acontecer imediatamente, adianta Giacobbo. “Vamos primeiro resolver o problema da falta de água. Quando isso estiver resolvido, vamos avaliar quem vai ocupar a sede operacional primeiro, porque não dá para fazer a mudança do dia para noite. Provavelmente, vão as equipes de água, esgoto e o laboratório, que demanda da compra de equipamentos e deve demorar para ocupar aquele espaço”, aponta.

O problema da água, amplia ele, se refere à entrega da ETA compacta e a adequação do poço Krause, nas proximidades do Arroio Fundo. “Esse poço funciona sem o padrão de luz e, da capacidade de produzir 60 mil litros por hora, hoje tiramos só 40 mil litros por estarmos usando um gerador a diesel. O padrão deve ser instalado no dia 19 deste mês e, se acontecer, até fim do ano isso estará solucionado e vai garantir a produção de mais água”, enaltece.

 

O Presente

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