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Marechal Saúde pública

Marechal Rondon tem nove casos suspeitos de coronavírus

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Secretária de Saúde de Marechal Rondon, Marciane Specht: “A cada dia, infelizmente, novos casos suspeitos do coronavírus surgem. Com isso, seguimos reforçando o pedido para que as pessoas fiquem em casa. A saída para a rua deverá ocorrer só em casos de extrema necessidade” (Foto: Divulgação)

Marechal Cândido Rondon possui nove casos suspeitos de coronavírus de acordo com o boletim de ontem (26) emitido pela Secretaria Municipal de Saúde. Outras quatro notificações para o coronavírus foram descartadas.

As pessoas com a suspeita da doença, de acordo com a pasta, se encontram em isolamento domiciliar e aguardam o resultado do exame.

 

REGIÃO

Em Maripá há quatro casos em investigação, enquanto em Mercedes há três notificações suspeitas, sendo que uma criança de dois anos é monitorada com sintomas de coronavírus. No município de Toledo há 62 casos suspeitos; em Nova Santa Rosa a informação é de que nenhum caso se enquadra como suspeito.

No município de Santa Helena são 36 casos suspeitos. Um caso foi confirmado em Guaíra, onde ainda há 18 suspeitos. Em Cascavel são dois positivos e em Foz do Iguaçu cinco confirmados.

 

MARECHAL RONDON

“A cada dia, infelizmente, novos casos suspeitos do coronavírus surgem. Com isso, seguimos reforçando o pedido para que as pessoas fiquem em casa. A saída para a rua deverá ocorrer só em casos de extrema necessidade. Reforço também aos rondonenses os hábitos básicos de higiene, como lavar as mãos ou usar álcool gel”, destaca a secretária municipal de Saúde, Marciane Specht.

Ela diz que, para atender rondonenses com suspeita de coronavírus a prefeitura criou uma central telefônica, que funciona das 07 às 19 horas. Ao sentir algum sintoma da Covid-19 a pessoa deve ligar para os telefones (45) 99152-1700 ou 99113-9532. O paciente falará sobre sua situação com um profissional da saúde, que o orientará como proceder.

 

POLÊMICA

Maior promessa do tênis brasileiro em âmbito mundial, o atleta rondonense Thiago Wild se envolveu em uma polêmica desde terça-feira (24), quando publicou um vídeo informando que testou positivo para o coronavírus, o que gerou inúmeros comentários na comunidade rondonense, uma vez que pessoas se manifestaram dizendo terem visto o esportista em empresas e até mesmo praticando atividades físicas, a exemplo de corrida.

Thiago mora no Rio de Janeiro, mas está em Marechal Rondon desde o último dia 18. Ele teria vindo ao município rondonense já com os sintomas de Covid-19.

Apesar do atleta ter anunciado que seu resultado apontou positivo para o coronavírus, o caso de Wild ainda é tratado como suspeito pela Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde. Novos exames foram feitos e enviados para o Laboratório Central do Estado (Lacen), que é o laboratório oficial para os números da doença no Paraná. Enquanto isso, o caso do tenista está entre os oito casos em investigação.

 

DESDOBRAMENTOS

Diante da repercussão do assunto, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Marechal Rondon, requisitou a instauração de inquérito policial para apurar a conduta de Wild, que, segundo o órgão estadual, teria descumprido o protocolo indicado para pessoas com suspeita de contaminação pelo coronavírus.

O atleta estava no Rio de Janeiro, e, de acordo com o MP-PR, mesmo com sintomas de contaminação teria visitado a família em Marechal Rondon enquanto aguardava o resultado do exame para confirmação do contágio pelo vírus.

Tendo em vista que o atleta, nesse meio tempo, segundo aponta o MP-PR, teria mantido contato com diversas pessoas, sem observar o isolamento domiciliar, o MP-PR considerou que ele pode ter cometido crime contra a saúde pública, razão pela qual solicitou investigação policial que passa a ser apurada pela Polícia Civil de Marechal Rondon, chefiada pelo delegado Rodrigo Baptista dos Santos.

 

INVESTIGAÇÃO

O inquérito apurará a prática dos crimes de desobediência e infração de medida sanitária preventiva, previstos no Código Penal (artigos 268 e 330), que podem resultar na aplicação de sanções como detenção e multa. Com a medida, o MP-PR destaca que o desrespeito às orientações das autoridades sanitárias, além de representar risco à própria saúde e da comunidade, pode resultar em responsabilização criminal.

“Como citado por todas as autoridades sanitárias, a conduta é de isolamento, e não de vida normal. Se comprovada a falta de cumprimento das medidas restritivas, Wild pode incidir nas penas dos artigos 268 e 330 do Código Penal. A população deve seguir as orientações dos órgãos reguladores sanitários, de saúde e ao decreto municipal publicado. A união e a responsabilidade de todos farão com que passemos esse momento difícil”, destaca o delegado.

 

NOTA OFICIAL

Procurada pela reportagem de O Presente, a assessoria de imprensa da equipe onde Wild treina no Rio de Janeiro informou que o atleta manteve contato apenas com seus familiares e com a sua namorada, permanecendo isolado em casa na cidade de Marechal Rondon. A assessoria menciona que o rondonense fez treinos isolados e correu 15 minutos por dia sozinho para manter sua forma física.

Declarou, ainda, que a família do tenista se encontra isolada à espera do término do período de incubação, que deve ocorrer no sábado (28). Além disso, nenhum familiar apresentou sintomas do coronavírus, aponta a nota. O atleta enviou outra nota na noite de ontem.

 

AVANÇO DE CASOS NO PARANÁ

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais nove casos de coronavírus no Paraná ontem. O Estado soma 106 confirmações da doença. Os novos casos são de cinco mulheres e quatro homens com idades entre 28 e 49 anos.

O Paraná tem atualmente 106 pacientes confirmados, sendo que quatro não residem no Estado; 613 descartados e 3.487 casos em investigação. Dentre os confirmados, oito estão em isolamento hospitalar, sendo cinco em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Na região Oeste há casos nos municípios de Cascavel, dois confirmados; Foz do Iguaçu, cinco; e Guaíra, um caso.

Em nível de Brasil, o coronavírus produziu 77 mortes, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada ontem. A taxa de letalidade é de 2,7%. O total de casos confirmados saiu de 2.433 na quarta-feira (25) para 2.915 casos positivos ontem. O resultado de quinta-feira marcou aumento de 54% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas.

 

SINTOMAS

Um caso é considerado suspeito somente quando há febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade de respirar, batimento das asas nasais entre outros) e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

O contato próximo domiciliar de caso confirmado laboratorial, que apresente febre e/ou qualquer sintoma respiratório, dentro de 14 dias após o último contato com o paciente, também gera suspeita.

 

PREVENÇÃO

O Ministério da Saúde orienta sobre cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus.

Entre as medidas estão lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os cinco momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência também são medidas que ajudam a prevenir.

 

O Presente

 

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