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Marechal Cuidados com a higiene

Medidas preventivas da Covid-19 ajudam a diminuir índices de outras doenças respiratórias

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Responsável técnica da Vigilância Epidemiológica de Marechal Rondon, enfermeira Franciele A’ Costa Perez: “Houve uma diminuição significativa de procura por atendimentos de problemas respiratórios em consultórios, tanto nas instituições públicas quanto privadas” (Foto: Arquivo/OP)

Mãos limpas, higienização constante, álcool gel, uso de protetores faciais, distanciamento social, ausência de aglomerações: é assim que se previne o contágio do novo coronavírus. Entretanto, além dele, outras doenças respiratórias são contidas com a utilização deste aparato sanitário e fazem com que a incidência de casos diminua tanto em grandes centros como em municípios menores.

Em Marechal Cândido Rondon, o Sistema Único de Saúde (SUS) também sente melhora no controle de algumas enfermidades. “As medidas de higiene intensificadas e realizadas de forma correta ajudam na prevenção de várias doenças e evitam a contaminação de um modo geral”, sintetiza a enfermeira Franciele A’ Costa Perez, responsável técnica da Vigilância Epidemiológica do município.

As doenças virais, segundo ela, são as mais controladas quando há hábitos de higiene exemplares. “Percebemos esse fator sempre. Quando se observa um bairro com condições sanitárias inadequadas existe um grande aumento dessas doenças na localidade”, exemplifica.

 

DIMINUIÇÃO SIGNIFICATIVA

Conforme Franciele, houve queda no número de atendimentos por problemas respiratórios no município. “Em conversa com profissionais de saúde, alguns têm relatado uma diminuição significativa de procura por atendimentos de problemas respiratórios em consultórios, tanto nas instituições públicas quanto privadas”, expõe.

Contudo, ela ressalta que não há como afirmar totalmente que seja por causa das medidas de prevenção ao novo coronavírus. “Não podemos garantir que seja por haver ‘menos’ contaminação ou pelo medo que a população tem de sair de casa, mas de fato tem diminuído a procura por problemas respiratórios, principalmente em crianças”, frisa.

 

REGISTROS MUNICIPAIS

O número de casos é apenas uma estimativa, menciona a enfermeira, pois o município estava livre da obrigatoriedade de informar esses atendimentos antes da Covid-19. “O diferencial é que nós não somos um município sentinela e, assim sendo, não precisávamos notificar casos de síndrome gripal”, explica a responsável técnica, emendando que Toledo, também da 20ª Regional de Saúde, é um município sentinela e, por estratégia epidemiológica, notifica esses casos durante o ano todo.

Agora, com a pandemia do coronavírus, Franciele diz que Marechal Rondon, assim como outros municípios, intensificou seus registros. “Não há como comparar os dados de anos anteriores, porque antes somente registrávamos casos graves, com internação e critérios específicos. Agora nós notificamos casos graves bem como pacientes com síndromes gripais leves. Eles, por sua vez, não precisam ficar internados, mas estão em isolamento domiciliar e recebem acompanhamento para verificar o andamento da evolução do quadro”, comenta.

 

PROTETORES FACIAIS

Ao se observar fotografias ou imagens de países como a China em tempos anteriores à atual crise de saúde era comum ver pessoas utilizando máscaras. Elas sabem que possuem alguma doença e usam o apetrecho para proteger os demais.

A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica rondonense salienta que no Brasil também há a orientação para que pessoas com algumas enfermidades usem proteção facial, todavia, a medida não é seguida por muitos. “Em nosso país é indicado que alguns grupos específicos utilizem máscara, como pessoas com imunodepressão para sua própria segurança e pessoas com tuberculose ativa para que não transmitam aos outros. Assim como é agora para o coronavírus, essa é uma medida de precaução. Na minha opinião, caso os pacientes com indicação utilizassem essa proteção, teríamos uma diminuição drástica em algumas doenças”, ressalta.

 

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