Melhorias à vista

Henri Gund Kaefer tem sete anos e um perfil muito parecido ao de boa parte das crianças de Marechal Cândido Rondon. Gosta de jogar futebol, videogame, e nas tardes ensolaradas de domingo ir ao Parque Ecológico Rodolfo Rieger e desfrutar do playground instalado no local. A última atividade, entretanto, não tem sido realizada com frequência há alguns meses, já que, segundo o próprio Henri, o parquinho do Lago Municipal está completamente quebrado e sem condições de uso.

E foi depois de uma recente visita que o pequeno fez com a mãe ao local que ele, por iniciativa própria, resolveu reivindicar melhores condições de lazer para as crianças de Marechal Rondon com o prefeito Marcio Rauber, em uma audiência. Eu disse que o parquinho do Lago está todo quebrado, e ele falou que vai destruir aquele lá e fazer um mais bonito, que não quebre, que dure bastante tempo e bem colorido, conta Henri.

No encontro do pequeno rondonense com o dirigente municipal, também foi solicitado um olhar especial aos demais pontos de lazer do município, já que, de acordo com Henri, outros parquinhos da cidade também precisam de melhorias. Pedi pra ele ir ver lá em Nova Santa Rosa como são os parquinhos, tudo bonitinho. Eu já fui pra lá brincar e é tudo bonito, enquanto os nossos são todos feios, menciona.

A visita do pequeno rondonense foi considerada por Rauber um processo normal, já que as crianças também são cidadãos. Não detentoras da capacidade absoluta, mas quando acompanhadas dos pais, padrinhos ou de um amigo sem dúvidas, e eu procuro receber todos porque com toda certeza me trará só verdades, pontua.

Solução nos vizinhos

 

 

 

Apesar da ingenuidade e da sinceridade de Henri ao sugerir para o prefeito uma visita à cidade vizinha como forma de inspiração para melhorar as condições dos playgrounds do município, ele não é o único rondonense que foi a Nova Santa Rosa se divertir pela falta de opções boas e seguras para as crianças.

 

A administradora Karine Helbing Vitt é mãe do pequeno Arthur, de dois anos, e avalia que já levou o filho pelo menos cinco vezes a Nova Santa Rosa para que ele se divertisse ao ar livre. Um dia eu passei por lá e encontrei um parquinho totalmente diferente do que víamos aqui no Lago Municipal, mais seguro, de madeira plástica que não solta ferpas e garante a segurança do meu filho ao brincar, declara.

Ao avaliar o espaço de lazer do Parque Ecológico Rodolfo Rieger, Karine menciona que estão faltando algumas partes nos brinquedos e outras estão totalmente quebradas ou podres, já que a estrutura é feita de madeira, o que pode, conforme ela, transformar uma tarde de diversão em um acidente. As crianças podem acabar se machucando com lascas de madeira, bem como nos parques de lata, que enferrujam e também não são seguros, complementa.

Para outra mãe* rondonense, o período de férias escolares é um dos mais complicados, já que os pequenos ficam com as energias acumuladas. Você precisa sair e levá-los para brincar, mas quando pensa no parque do Lago naquelas condições, é desanimador. Cada vez que a gente vai está pior, enfatiza.

Na Praça Willy Barth, um dos principais parques da cidade, ela ressalta que nem todas as estruturas estão danificadas, contudo, há brinquedos do tempo em que ela era criança. Nunca foi modernizado, além disso, o chão é de pedrinha, que é desagradável para as crianças e, quando chove, vira barro, diz.

Na visão da rondonense, os espaços de lazer mereciam melhor atenção do Poder Público, pois são locais destinados principalmente às famílias. Todas as crianças, não importa a idade ou classe social, adoram parquinhos, espaços para fazer piqueniques, para poder brincar ao ar livre. Penso que este é o tipo de recurso bem investido, porque faz a diferença na vida das famílias e das crianças, conclui.

*A identidade foi preservada a pedido da fonte.

Planejamento

Apesar de ser mãe há apenas dois anos, Karine ressalta que tem uma afilhada de sete anos, por isso conhece as estruturas dos parquinhos da cidade e nota que há alguns anos esses espaços estão debilitados e carecem de melhores condições. Sabemos que essa administração assumiu agora e não tem como resolver todos os problemas ao mesmo tempo. A saúde, por exemplo, demanda de muito trabalho, assim como a educação, então não é em 30 dias que o prefeito vai resolver tudo. Sei que tudo demanda tempo, planejamento e projeto, mas acredito que pelas respostas que o governo tem dado às demandas eles vão dar uma melhorada nessas estruturas, comemora.

De acordo com o prefeito Marcio Rauber, a municipalidade ainda não tem projeto definido para reestruturar o playground do Lago Municipal – que também é alvo de reclamações dos munícipes nas redes sociais. Projeto ainda não tem, mas tem a ideia, afirma. Vamos substituir esse parque por um moderno, com um material próprio, que não utilize pregos, parafusos, que não proporcione ferpas, que é esse material de plástico que imita madeira, declara.

Para que seja instalado definitivamente, entretanto, há necessidade da destinação de recursos específicos para esse fim e um processo licitatório tendo em vista que a estrutura é de um valor significativo. Mas vamos fazer o investimento para que ele fique lá de forma definitiva, garante.

De acordo com o dirigente municipal, as reivindicações de Henri foram recebidas, mas já estavam nos planos da municipalidade e o pedido será atendido. Em breve devemos substituir também o parque da Praça Willy Barth, que é o mais utilizado pelas crianças e hoje também não tem boas condições de uso, com brinquedos limitados, velhos e de metal. Ainda em 2017 substituiremos essas duas estruturas para garantir condições melhores de lazer, conclui Rauber.

Novidades no Lago

Mesmo que o processo para instalação das novas estruturas no Parque Ecológico Rodolfo Rieger e na Praça Willy Barth demandem tempo e investimentos significativos, o prefeito afirma que, ainda neste mês, o Poder Público oferecerá às crianças outra modalidade de parque, que em breve será instalada no Lago Municipal. Em caráter emergencial, contrataremos um serviço na modalidade de parquinho de diversão para que as crianças que frequentam o local tenham acesso ao lazer, com um investimento muito pequeno, informa Rauber.