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Marechal

Mesmo com crise, rondonenses não abrem mão dos planos de saúde

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Cerca de 41 mil paranaenses deixaram os planos de saúde em 2016, conforme levantamento divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No Brasil todo, o ano passado teve 1,37 milhão de pessoas que optaram por abandonar os planos de saúde privados, equivalendo a uma queda de 2,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A região Sul do país encerrou 2016 com 95,85 mil beneficiários de planos médico-hospitalares a menos do que começou o ano.

Mas a queda no número de beneficiários no Paraná não é recente e teve início dois anos atrás, em 2015. O ano de 2014 terminou com 2.879.938 beneficiários de planos particulares, e chegou a ter 2.889.302 em março de 2015. Porém, aquele ano encerrou com 2.886.106 benefícios ativos. O número mais recente de beneficiários, segundo o IESS, é de setembro de 2016, que tinha 2.809.034 pessoas em planos no Estado. Em setembro de 2015 eram 2.888.230 beneficiários, uma redução de 79.196 benefícios entre um ano e outro.

 

SUPERANDO OU CONTRARIANDO A CRISE?

Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora. Em Marechal Cândido Rondon, o rondonense está fazendo jus ao velho ditado de que: com saúde não se brinca. Isso porque, de acordo com as principais operadoras de serviço no segmento de planos de saúde no município, houve um aumento na contratação do benefício em 2016.

O supervisor comercial do Sempre Vida, Lourival Mendes Neto, afirma que Marechal Cândido Rondon não compartilhou da mesma situação do Paraná e de todo o Brasil e fechou o ano com saldos positivos e aumento no número de beneficiários. Esse aumento foi possível graças ao forte trabalho que desempenhamos para os beneficiários e assim conseguimos remar contra a maré (crise) e colhermos um bom resultado ao final, declara.

Conforme Neto, o plano de saúde mais contratado pelos rondonenses em 2016 foi o coletivo por adesão. Planos deste tipo são viabilizados para grupos de pessoas definidos de acordo com a sua categoria profissional ou área de atuação e vinculadas a uma entidade de classe ou instituição que as representa. E, na visão do supervisor comercial, foi justamente este trabalho realizado junto com as empresas e corretores, responsáveis pelo trabalho a campo, que contribuiu para que os clientes não cancelassem seus planos. Uma das medidas tomadas, visando o momento econômico delicado, foi a contratação de um supervisor comercial e o estreitamento de relações com as empresas, conta.

 

REAJUSTES

Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), todos os planos de saúde passam por ajustes anuais, e esse aumento, na maioria das vezes, leva o usuário a cancelar o plano por conta do acréscimo ao valor da mensalidade. Tendo em vista os aumentos anuais, buscamos nos reunir com as empresas e mostrar todos os valores dos reajustes. Aumentamos sempre somente o necessário, explica Neto.

A metodologia utilizada pela ANS para calcular o índice máximo de reajuste anual dos planos individuais/familiares é a mesma desde 2001 e leva em consideração a média dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos contratos de planos coletivos com mais de 30 beneficiários.

 

DESEMPREGO

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o saldo de empregos de 2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos de trabalho formais. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no país, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos.

Conforme Neto, em Marechal Rondon o plano empresarial não apresentou tamanha retração porque as pessoas podem ficar com o plano até achar outro emprego, mas no coletivo por adesão, em que a pessoa sai da empresa e logo tem que cancelar, houve queda. Como expandimos os serviços para mais municípios da região, o número caiu, mas não foi expressivo, revela.

 

TRABALHO ACENTUADO

O Sempre Vida, de acordo com o supervisor comercial, está deixando de ser um plano municipal e está se tornando um plano regional, abrindo portas para outros municípios da região, como Santa Helena, Toledo e Assis Chateaubriand. A maioria dos rondonenses que possuem planos de saúde têm o convênio do Sempre Vida e estamos ampliando isso para outros municípios da região, principalmente a partir de parcerias com as Associações Comerciais. Desta forma, realizaremos um trabalho mais acentuado, menciona.

Diante desse cenário, Neto diz que a expectativa para 2017 é de que seja novamente um ano positivo e de aumentos no número de adesões. Estamos desenvolvendo ações com nossos parceiros, estreitando relações e fazendo mais promoções, assim esperamos que seja um ano tão bom quanto foi 2016, enaltece.

 

O Presente

Supervisor comercial do Sempre Vida, Lourival Mendes Neto: Estamos desenvolvendo ações com nossos parceiros, estreitando relações e fazendo mais promoções, assim esperamos que 2017 seja um ano tão bom quanto foi 2016

 

 

CRESCIMENTO

Em nota, a Unimed Costa Oeste, operadora de planos privados de assistência à saúde, declarou que obteve um crescimento de 1,13% em 2016, em comparação com o ano anterior.

Para a diretoria da cooperativa, esse dado representa um avanço diante do cenário de crise econômica que o país vem atravessando. Tais números foram conquistados por meio de uma política de atuação consolidada há mais de 30 anos na região, focada na qualidade dos atendimentos aos usuários, na estruturação da rede prestadora e no fortalecimento do quadro de colaboradores, declarou.

A estratégia da Unimed Costa Oeste para o ano de 2017 é manter o mesmo nível de crescimento, seguindo a mesma conduta e atuar de forma personalizada nos casos que necessitarem de maior atenção.

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