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Marechal Celebrações religiosas

Missas presenciais retornam neste sábado com algumas mudanças; confira

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Pároco da Paróquia Maria Mãe da Igreja, Padre André Boffo Mendes: “O retorno não será maciço. Para os próximos fins de semana, vejo uma volta lenta das pessoas às igrejas, até porque muitas delas estão no grupo de risco ou temerosas” (Foto: Arquivo/OP)

Depois de quase 60 dias sem celebrações presenciais, somente on-line, com transmissões via redes sociais, desde que as medidas restritivas orientadas pelas autoridades de saúde pública foram adotadas visando à prevenção e o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o bispo da Diocese de Toledo, dom João Carlos Seneme, anunciou nesta semana o retorno das missas presenciais a partir deste sábado (16), com a presença de fiéis.

Em vista disso, as paróquias da Igreja Católica na região estão se organizando para receber o público, mas, ao menos tempo, obedecer as regras previstas em decretos governamentais.

Pároco da Paróquia Maria Mãe da Igreja, localizada no Bairro Botafogo, em Marechal Cândido Rondon, o padre André Boffo Mendes garante que as missas seguirão as medidas prescritas pelas autoridades. “Nós nos esforçaremos para ter uma lotação máxima de 40% dos nossos espaços. Todo lugar será cuidadosamente higienizado, antes e depois das celebrações. Haverá uma pessoa na porta, devidamente protegida com máscara e luvas cirúrgicas, para fazer a doação do álcool gel. A indicação é de que todas as pessoas usem máscara, inclusive a equipe de celebração. Essas normativas estão em voga e vamos fazer o possível para que sejam cumpridas”, declarou ao O Presente.

 

ORIENTAÇÕES

As transmissões on-line das missas, conforme Mendes, continuarão acontecendo, como já eram realizadas antes da pandemia pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus. “Aconselhamos as pessoas que integram o grupo de risco a permanecerem em suas residências. Pedimos para que crianças menores de 12 anos e pessoas acima dos 60 anos não se façam presentes nas celebrações”, orienta.

 

MUDANÇAS

Além das medidas de segurança sanitária prescritas pelos órgãos públicos, as missas também terão modificações. “Serão mais curtas, com no máximo 45 minutos, e será evitado todo tipo de toque: não teremos o abraço da paz e nem faremos a oração do Pai Nosso de mãos dadas. A hora da comunhão será cercada de cuidados. Não entregaremos na boca das pessoas e nem com as duas espécies eucarísticas, o corpo e o sangue, o pão e o vinho. Entregaremos na mão das pessoas”, expõe o padre, acrescentando: “Cuidaremos para que as nossas celebrações sejam bem vividas e bem experimentadas, mas sempre mantendo uma série de cuidados, por exemplo o distanciamento entre as pessoas”.

 

RETORNO LENTO

Em relação ao período com missas sem a presença da comunidade, Mendes diz ter sido uma fase difícil, mas repleta de aprendizados. “O retorno não será maciço. Para os próximos fins de semana vejo uma volta lenta das pessoas às igrejas, até porque muitas delas estão no grupo de risco ou estão temerosas. Isso não pode ser visto como um sinal ruim. Não é, é um feito histórico. Nós provocamos um distanciamento social das pessoas e esse afastamento deixou algumas marcas. Os vínculos precisam ser reconstruídos, são importantes”, considera.

Para ele, o problema da transmissão do coronavírus não está resolvido, mas a reabertura das igrejas é uma atitude importante. “É preciso manter a nossa calma enquanto sociedade e é preciso cuidar da nossa saúde espiritual, rezar uns pelos outros, nos sentirmos queridos, protegidos e, principalmente, fazer a manutenção da esperança, que é o que a fé e a religião nos oferecem”, frisa.

 

ENTREGA DA EUCARISTIA NAS CASAS

A Paróquia Maria Mãe da Igreja está com uma ideia em fase de implantação que objetiva atender os grupos de risco que continuarão acompanhando as celebrações em casa. “Pretendemos colocar à disposição um sistema em que a pessoa participa da missa on-line pelas transmissões, entra em contato com a secretaria paroquial, deixa seu nome e endereço e nós enviaremos os nossos ministros até a casa para fazer a entrega da eucaristia”, explica o padre.

Segundo ele, a iniciativa serve como incentivo para que as pessoas permaneçam em casa. “O fiel comunica que quer comungar e, na semana posterior à missa, os ministros irão até a casa e farão a entrega”, resume, acrescentando: “Os ministros serão orientados para que não entrem nas moradias das pessoas, façam uma oração e entreguem a eucaristia ali, mesmo a distância”.

O pároco lembra que essa é uma maneira de garantir a presença da eucaristia na vida das pessoas. “Sabemos que a eucaristia é um patrimônio espiritual e essa é uma maneira de não negar para ninguém esse grande presente”, finaliza.

 

O Presente

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