O Movimento Étnico-Racial Nagô (Moeran), em parceria com o Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta, promove no dia 19 de novembro, quarta-feira, a primeira edição do “Circuito Cultural Afro e Indígena”, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado nacionalmente em 20 de novembro.
A iniciativa contará com oito salas temáticas, nas quais estudantes da instituição, sob orientação de professores e integrantes do movimento, irão conduzir oficinas e apresentações sobre a história, os saberes e as expressões culturais das populações negras e indígenas no Brasil.
Entre os temas trabalhados estão: trança raiz, moda afro e turbantes, adrinkas e grafismos, abayomi, culinária afro-brasileira, ervas de axé, artesanato e instrumentos, além de música e dança tradicionais.
O objetivo do evento é valorizar a identidade étnico-racial e indígena, fortalecer o respeito às diversidades culturais e promover um espaço educativo de diálogo, reconhecimento e pertencimento, aproximando a comunidade escolar das raízes históricas que compõem a formação do povo brasileiro.
Além dos membros do movimento, o evento também terá apoio da equipe pedagógico da Colégio Estadual Indígena Arandu Guarani, de Terra Roxa, e da doutoranda indígena Jaqcky Opaná.
De acordo com a coordenadora do Moeran, Udilma Lins Weirich, o movimento atua com o propósito de garantir a aplicação da Lei 11.645/2008, que institui o ensino da história indígena e da África e dos africanos no Brasil, além de desenvolver ações contínuas de valorização da cultura afro-brasileira e indígena no município.
“Todos os anos buscamos engajar a comunidade rondonense em iniciativas que ressaltem a importância e influência da cultura africana e indígena na formação do Brasil. Celebramos a parceria com o Colégio Ceretta e reconhecemos o empenho da equipe docente e dos alunos, que, assim como nós, estão muito felizes em realizar este evento”, destaca.
Consciência Negra
Além de ressaltar a importância da cultura inígena e afro-brasileira e sua trajetória histórica, o “Circuito Cultural Afro e Indígena” também marca o Dia da Consciência Negra, data que homenageia Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695 e tornou-se símbolo de resistência, luta por liberdade e afirmação dos direitos do povo negro.
Mais do que recordar a contribuição africana e indígena na formação cultural, social e econômica do Brasil, a data reforça a necessidade de reflexão permanente sobre os processos de aculturação, as desigualdades raciais e o combate ao racismo e à discriminação ainda presentes em nossa sociedade.
Com assessoria
Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp
