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Marechal

Novo Cmei deve abrir as portas no segundo semestre

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Secretaria de Coordenação e Planejamento

Pequeno Príncipe ocupará o prédio da Biblioteca Pública e do Cemep. Será o primeiro da região central da cidade e deve zerar a fila de espera das creches, que hoje conta com 240 crianças

 

Duzentas e quarenta novas vagas para a Educação Infantil serão abertas pelo Poder Público de Marechal Cândido Rondon no segundo semestre de 2017. O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Pequeno Príncipe, que vem ao encontro das famílias que estão em uma fila de espera existente desde 2015, atenderá em período parcial no prédio que atualmente abriga a Biblioteca Pública Municipal Martinho Lutero e o Centro Municipal de Ensino Profissionalizante (Cemep), na Rua José Bonifácio.

De acordo com a secretária de Educação, Marcia Winter da Mota, serão estruturadas turmas de berçário II, que têm a maior demanda na fila de espera e atenderá cerca de 130 crianças, maternal I e maternal II, que atenderão 80 crianças cada. “A princípio o atendimento será em período parcial, a fim de atender um maior número de crianças e também porque temos demanda de famílias que solicitam vagas em tempo parcial”, diz.

Marcia afirma que quando a atual equipe assumiu a secretaria em janeiro, já existia uma fila de 150 crianças na espera por uma vaga e a ideia surgiu de uma conversa interna entre a secretária e a assessora da secretaria, sem interferências políticas. “Já faz um tempo que a proposta existe, desde fevereiro, porém não divulgamos porque queríamos finalizar os trâmites legais”, destaca.

 

Solução

Assim que a equipe da Secretaria de Educação levantou a possibilidade de o prédio ser um lugar adequado e com boa localização para atender às crianças, a iniciativa foi repassada ao prefeito Marcio Rauber, que aprovou o projeto no mesmo dia. “Definimos que seria ali o novo Cmei por este já ser um prédio público e também porque durante o dia as salas de aula ficavam ociosas, enquanto que a secretaria continuava com uma fila de espera considerável para vagas de creche”, comenta Marcia.

Para abrigar a Biblioteca Pública e o Cemep será utilizado o antigo prédio da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), adquirido pelo Poder Público no ano passado e que não possui utilização até o momento.

 

Estrutura

Além das quatro salas do Cemep que já estão estruturadas no local e que serão utilizadas pelo Cmei, o espaço que abrigava a Biblioteca Pública será transformado. Lá, serão construídas duas novas salas de aula, além de um espaço para refeitório e banheiros adequados para a faixa etária que será atendida na instituição.

Este processo de reforma, que deve contar com investimentos na casa dos R$ 280 mil, já foi encaminhado para

licitação, mas, de acordo com a secretária, ainda precisa passar por aprovações e análises das equipes de licitação e jurídica da prefeitura. “Penso que em no máximo três meses isso se concretize. Estamos trabalhando para que isso se torne uma realidade para essas famílias o quanto antes”, estima. “O contrato de zeladoria será terceirizado e os equipamentos, que serão todos novos, estão sendo licitados, para compor a cozinha, lavanderia, salas de aula, informática, áudio e vídeo, brinquedos, mobiliários, entre outros”, salienta Marcia.

 

Prioridade

Por estar localizado em uma região privilegiada da cidade, antes mesmo da abertura, pais e professores já têm solicitado transferência de outros Cmeis para a instituição do centro. “Essas solicitações já estão acontecendo principalmente pelos pais que moram na região central, porém neste momento não há possibilidade de transferência porque serão priorizadas as crianças que estão fora das creches, na fila de espera”, enfatiza.

Professores que atuam em instituições de outros bairros também já têm procurado a Secretaria de Educação a fim de serem realocados para o Cmei Pequeno Príncipe, mas, da mesma forma que ocorre com as crianças, a composição do quadro de funcionários também dará prioridade para os profes-

sores que estão na fila de espera do concurso realizado no ano passado. “Há um decreto que estabelece que os professores do município podem pedir transferência até o dia 31 de novembro para que no próximo ano seja feita a transferência caso exista vaga na instituição”, explica. “Neste momento serão priorizados os profissionais do concurso. No decorrer do ano, pedidos de transferência podem ocorrer tanto para professores quanto para crianças, mas desde que haja vagas no Cmei”, esclarece a secretária de Educação.

 

Novas salas na Vila Gaúcha

Após a abertura do Pequeno Príncipe, será realizado um levantamento sobre a existência ou não de crianças na fila de espera aguardando por uma vaga nas creches do município, tendo em vista que alguns dos cadastros feitos junto à Secretaria de Educação são de um a dois anos atrás. “A fila de espera é única e as famílias não deixaram de vir aqui sabendo ou não da abertura de um novo Cmei, por isso vamos seguir a ordem da fila na ocupação de vagas, que conta com famílias cadastradas desde 2015. Não sabemos se todas essas crianças ainda precisam de vaga ou se vamos encontrar as famílias, mas vamos seguir esta ordem”, informa.

Se mesmo com a abertura da nova instituição crianças ainda ficarem sem vagas, Marcia explica que há um projeto em andamento para a construção de três salas no Cmei da Vila Gaúcha. “Lá temos uma grande demanda de pais à procura de vagas”, destaca.


Creche integral

A secretária de Educação esclarece que, hoje, não há perspectiva para atendimento em tempo integral na instituição, já que a demanda de vagas e de profissionais é crescente. “Não quero prometer que será integral sendo que a proposta é para atendimento parcial neste momento”, diz. Segundo ela, hoje 77% dos Cmeis de Marechal Rondon já atendem os pequenos em tempo integral. “Às vezes há uma ilusão de que não há atendimento em tempo integral, mas são apenas 22% da totalidade das vagas que não é compreendida, até porque há demanda de pais que querem ficar em meio período com o filho em casa”, menciona.

Para Marcia, o projeto é considerado uma grande conquista, já que a pasta responde não somente aos pais, mas também ao Ministério Público semanalmente acerca de questões relacionadas à providência de vagas em creches. “Tendo em vista a demanda constante de pais no balcão da Secretaria de Educação precisando de uma vaga urgente, tentamos buscar possibilidade. Por existir certo superávit na pasta da Educação podemos fazer essa reforma, levando em conta também que edificar uma instituição em um outro bairro iria demorar muito mais pela busca de terreno e a construção do zero. Tomamos a atitude de ser no centro para atender essas crianças pelo prédio estar praticamente pronto e por termos o prédio da Acimacar disponível para alocar o Cemep e a Biblioteca Pública”, conclui.

 

Le Petit Prince

O nome da nova instituição é inspirado na obra literária O Pequeno Príncipe, do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-

Exupéry, publicada em 1943 nos Estados Unidos. Esta se trata de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicada em mais de 220 idiomas e dialetos. “A escolha do nome foi feita por mim e aprovada pelo prefeito. Sou encantada com o livro, com a história do Pequeno Príncipe, pois vejo-o como um sonhador e conquistador, que vai em busca dos seus sonhos”, explica Marcia.

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