Marechal Saúde
Número de atendimentos na UPA rondonense diminui 50%
Após muitos pedidos e orientações sobre quem deve ou não procurar atendimentos de saúde, sob possibilidade de contágio pelo coronavírus, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marechal Cândido Rondon registrou queda no número de serviços. “A procura reduziu pela metade mostrando que a população rondonense entendeu a seriedade da pandemia. Continuamos atendendo dentro da UPA todos os casos de urgência e emergência. Somente foram suspensos atendimentos ambulatoriais de ortopedia, por decreto do COE (Centro de Operações de Emergência), bem como aconteceu em outras cidades, inclusive do Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná). Além disso, os atendimentos de psiquiatria foram transferidos para o CAPs (Centro de Atenção Psicossocial)”, informa o diretor da UPA, Rafael Heinrich.
Segundo ele, houve uma diminuição de 52,5% no número de atendimento. “Nos meses de março, abril e maio de 2019 foram realizados 18.787 atendimentos. Já nos meses de março, abril e maio de 2020 foram realizados 8.924 atendimentos”, compara.
Diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Rafael Heinrich: “Com o número de casos na região Oeste aumentando e com o apelo recente da equipe médica da UTI da ala Covid-19 do Hospital Universitário de Cascavel, o isolamento social e o distanciamento social ainda devem ser respeitados, mantidos e fiscalizados” (Foto: Sandro Mesquita/OP)
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Heinrich pontua que outras ocorrências acontecem simultaneamente à pandemia e por se tratar de urgência e emergência não deixaram de ser atendidas pela UPA. “São atendidos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC, isquêmico ou hemorrágico – popular derrame), infartos, acidentes de trabalho, de trânsito e domésticos, agressões, febre alta, queimaduras, cortes que necessitem sutura, hemorragias, fraturas, entorses, luxações, crise hipertensiva, diabetes descompensada, crise asmática, convulsões, picadas de animais peçonhentos, alergias súbitas, choque elétrico e outras dores agudas”, detalha, emendando que demais casos são tratados nas Unidades de Saúde da Atenção Primária, no bairro de domicílio do paciente.
TEMPO DE ESPERA
Em relação ao tempo de espera dos atendimentos, o diretor da UPA afirma que se de um lado houve diminuição, por outro o tempo foi compensado devido à complexidade dos atendimentos. “Há necessidade de maior tempo de paramentação e desparamentação da equipe com os EPI’s (equipamento de proteção individual) para atender casos suspeitos de Covid-19. O que antes era realizado com brevidade, hoje requer maior atenção para prevenir contaminação de profissionais e pacientes”, explica.
ACIDENTES
A UPA rondonense, de acordo com Heinrich, não registrou aumento significativo no número de acidentes domésticos e similarmente percebeu um decréscimo no número de atendimentos por acidentes de trânsito, principalmente no perímetro urbano.
ATENDIMENTOS ESSENCIAIS
Ele frisa que a orientação continua sendo para que a população somente procure atendimentos em casos necessários, evitando sair de casa sem necessidade. “As Unidades de Saúde são ambientes potencialmente transmissores tanto do coronavírus quanto de outras patologias por serem locais onde há maior concentração de pessoas contaminadas”, reforça, acrescentando: “É claro que todas as medidas preventivas são tomadas, mas como a transmissibilidade da Covid-19 é alta, a orientação é a mesma: dentro do possível, fique em casa e só procure atendimento se realmente for necessário. Com o número de casos na região Oeste aumentando e com o apelo recente da equipe médica da ala da UTI de Covid-19 do Hospital Universitário de Cascavel, o isolamento social e o distanciamento social ainda devem ser respeitados, mantidos e fiscalizados”.
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