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Marechal

O ano da retomada

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Mirely Weirich/OP

Os mais de 25 anos da plantadeira do agricultor Emilio Lauri Freitag – que cultiva 40 alqueires de terra vermelha na Linha Santo Ângelo, no distrito rondonense de Curvado -, ficaram para a história com a aposentadoria da máquina, substituída pela plantadeira princesa 14 linhas no fi m do ano passado. Na casa dos R$ 250 mil, o equipamento foi escolhido por agregar tecnologia tanto na logística quanto no momento do plantio. Ela possui um sistema a vácuo, é articulada, por isso se dobra para o transporte e é muito prática para as estradas da região, que possuem bastante bases largas, o que melhorava muito a logística, e também possui o sistema de distribuição precisa de semente, que evita distribuição dupla ou falha de semente durante o plantio, explica o produtor.

Ao fi m da colheita de soja deste ano, Freitag contabilizou cerca de 60 sacas do grão por hectare, um número considerado por ele positivo. Com o mesmo espírito, ele espera nos próximos dias pela chuva que irá melhorar ainda mais o desenvolvimento do milho safrinha. A riqueza de qualquer país sai da natureza, seja do petróleo, do ouro, ou milho e soja, como o Brasil faz. Se você plantar mil metros quadrados de soja vai dar um saco de soja. Em quatro meses brota US$ 12 que vieram do nada. Isso é riqueza e o Brasil tem solo, tem gente que trabalha e tem chuva, avalia.

Na visão do produtor rural que nasceu e foi criado em meio à lavoura, hoje o campo é a principal âncora para a economia brasileira, tendo em vista a importância dos recursos naturais para a produção de alimento em todo o mundo. Mas nem sempre foi assim e nem sempre vai ser assim. A indústria, por exemplo, também é algo bastante necessário, porque sem indústria não tem máquina, compara.

 

VISÃO

O investimento feito por Freitag, no entanto, não foi um passo maior que a perna especialmente porque em 2016 a economia brasileira sofreu uma severa recessão e ainda há incertezas quanto à recuperação em 2017. Me capitalizei primeiro, esperei o momento certo e comprei à vista, confidencia.

Especialistas afirmam que, apesar de este ano trazer ares positivos para a economia quando comparado a 2016 para a maior parte dos setores da indústria, do comércio e da prestação do serviço, o ritmo da atividade ainda deve ser lento, com recuperação da intensidade apenas no segundo semestre deste ano. Se você tem uma dívida como essa para pagar no ano seguinte, existe uma pressão a mais, e você tem que produzir bem porque tem colher e tem que pagar, e já estou com a idade muito avançada para ter esse tipo de preocupação, afirma com sabedoria.

Em uma indústria que fabrica componentes veiculares voltados ao transporte coletivo, o depósito de embalagem está em fase de ampliação – um demonstrativo de que a mercadoria está saindo da empresa. São cerca de 30 toneladas de papelão que saem da empresa de três em três meses, e isso não existia no ano passado. É um sinal extremamente positivo de crescimento da economia, afirma o empresário Adair Schumacher.

 

Leia a matéria completa na edição impressa publicada nesta terça-feira (21) pelo Jornal O Presente

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