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Marechal Três anos depois

O dia em que um tornado atingiu Marechal Cândido Rondon

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Fotos: Arquivo/OP

 

Quinta-feira, 19 de novembro de 2015. Para muitos, uma data comum, para os rondonenses, o dia em que a natureza mostrou sua fúria e deixou, além do rastro de destruição na sede e interior do município, o medo e o trauma para aqueles que vivenciaram a força do tornado.

O dia transcorria normal e, fazendo jus ao verão, estava quente e ensolarado. No entanto, por volta das 16 horas, a virada do tempo foi surpreendente. As luzes começaram a oscilar e os ventos tomaram proporções assustadoras. Na sequência, o céu foi tomado por nuvens negras que anunciavam muito mais que uma forte chuva.

Em menos de dez minutos, os ventos de mais de 100 km/h trouxeram destruição a vários pontos da cidade, com árvores arrancadas, casas destruídas total ou parcialmente e boa parte da cidade sem energia elétrica.

A cidade com pouco mais de 50 mil habitantes foi afetada por um tornado F1 na Escala Fujita, que mede a intensidade desse tipo de evento. Os ventos, de acordo com os meteorologistas, variaram de 115 a 180 km/h.

À época, especialistas explicaram que os ventos preencheram os requisitos de velocidade, adquirindo uma força de rotação muito intensa e chegaram a tocar o solo, o que causou os danos.

O cenário construído a partir da destruição foi terrível. Árvores inteiras foram arrancadas, carros danificados, telhados de casas e empresas arremessados longe, fiações elétricas soltas pelas ruas, postes ao chão, caminhões tombados e milhares de pessoas com danos em suas residências.

Com mais de 5,5 mil pessoas atingidas e danos em mais de 1,4 mil casas, além de 72 empresas comerciais, o prejuízo calculado à época tinha como saldo cerca de R$ 90 milhões. Indústrias e espaços públicos também foram afetados e cerca de 30 pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade.

O fornecimento de água e energia também foi afetado em muitas áreas da cidade e também do interior do município. Sem comunicação e com os telefones mudos, Marechal Rondon declarou estado de emergência no município.

 

Solidariedade

A destruição e o desespero daqueles que tiveram suas casas destruídas pelo tornado trouxeram à tona um sentimento mútuo de solidariedade entre os munícipes.

Mutirões para arrecadação de roupas e alimentos foram montados visando ajudar as famílias atingidas. As doações vieram de vários lugares, demonstrando a preocupação eminente que brotou do caos pelo qual o município passava.

 

Reconstrução

Hoje, três anos após a passagem do fenômeno meteorológico, as lembranças do triste dia continuam vivas na memória dos rondonenses. Para alguns, muito mais do que uma experiência traumática, a destruição causada pelo tornado deixou prejuízos materiais e até hoje há pessoas que, tomados pela esperança e força de vontade, buscam reconstruir o que foi levado em segundos.

 

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