Marechal
Para Sesa, pacientes com doenças mentais não serão prejudicados
Maria Cristina Kunzler/OP
Hospital Filadélfia, de Marechal Rondon, funciona desde a década de 1950: taxa de ocupação média dos últimos 12 meses é de 97%
Em coletiva à imprensa marcada para as 10h30 desta quarta-feira (17), na sede da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), a direção do Hospital Filadélfia deve repassar informações e esclarecer dúvidas quanto ao processo de desativação da unidade hospitalar. O anúncio foi feito na última quinta-feira (11) aos funcionários e, em seguida, a 20ª Regional de Saúde de Toledo foi notificada.
Embora seja desativado, alguns setores do hospital devem continuar em funcionamento, como a lavanderia, que atende também o Hospital Rondon – ambos pertencentes à família Seyboth – a recepção e, a princípio, consultórios médicos. Mais informações, contudo, só devem ser repassadas hoje.
A instituição está em funcionamento desde a década de 1950, ainda antes da emancipação do município, e no decorrer de sua história se especializou no tratamento de pacientes com doenças mentais, se tornando referência no Oeste e Sudoeste do Paraná.
Um dos motivos alegados pela direção do Filadélfia para desativar o hospital, segundo repassado aos funcionários, é a crise financeira que se arrasta há 15 anos. Isto porque, para ficar internado, cada paciente tem um custo médio de R$ 119 por dia. No entanto, a instituição recebe R$ 90 de diária, sendo R$ 49,70 via Sistema Único de Saúde (SUS) e a Secretaria de Estado da Saúde faz um complemento de R$ 40,30. Logo, cada internamento representa um déficit de R$ 29 ao dia.
E, para piorar a situação, desde outubro a instituição teria recebido apenas um mês recursos do Governo do Estado, cuja dívida já está estimada em cerca de R$ 1,2 milhão, conforme informações extraoficiais.
A reportagem do Jornal O Presente entrou em contato com a assessoria de comunicação social da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a qual tem atendido a imprensa para falar a respeito da situação do Hospital Filadélfia, tendo em vista que a diretora da Regional de Saúde de Toledo, Denise Liell, tem procurado não se manifestar sobre o assunto.
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