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Marechal A partir de sexta-feira

Parque de Porto Mendes será parcialmente aberto; acampamento segue proibido

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(Foto: Bruno Gerhard/OP)

Decisão favorável à reabertura parcial do Parque de Lazer Annita Wanderer, no distrito turístico de Porto Mendes, interior de Marechal Cândido Rondon, foi tomada durante reunião do Centro de Operações Emergenciais (COE), realizada no final da tarde de ontem (16).

(Foto: Bruno Gerhard/OP) 

 

A população poderá voltar a utilizar a área para fazer churrasco das 09 às 19 horas, já a partir de sexta-feira (20). A confirmação foi feita pelo secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Sérgio Marcucci. “O parque será reaberto, mas vamos fiscalizar com seguranças e colaboradores do município, que também vão prestar orientação aos visitantes. A exigência quanto ao uso de máscara permanece como em qualquer outro lugar. As normativas dos decretos estadual e municipal devem ser cumpridas. Vamos pedir ajuda também ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar neste início”, informou ao O Presente.

O município vai disponibilizar álcool gel nos banheiros, que  deverão ser higienizados a cada duas horas, seguindo protocolo exigido pelo COE. Já as mesas utilizadas para alimentação serão lavadas com hipoclorito de sódio, de acordo com o secretário. A área de banho, que foi interditada em outubro a partir de uma recomendação do Corpo de Bombeiros, devido à baixa no nível do Lago de Itaipu, e também o lado esquerdo do parque, utilizado para acampamento, seguem proibidos ao público.“

O acampamento está proibido. A reabertura da praia depende do nível do lago. Por enquanto está fechada. Os tubos que existem lá e que estão aparentes são o limite de onde pode entrar para tomar banho. Hoje, a água está, pelo menos, 32 metros abaixo desses tubos. A periculosidade dos buracos nesse ponto, segundo alerta dos Bombeiros, é muito grande. Como ali perto passa o canal do rio existem buracos que surgem de repente e que podem causar acidentes”, salienta secretário.

Secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Sérgio Marcucci: “O parque será reaberto, mas vamos fiscalizar com seguranças e colaboradores do município, que também vão prestar orientação aos visitantes. A exigência quanto ao uso de máscara permanece” (Foto: Arquivo/O Presente)

 

INVESTIMENTOS
Conforme Marcucci, a reabertura para a temporada na sexta-feira acontece cinco dias após o previsto para este ano. “Acredito que, nesse sentido, a perda será muito pequena em relação ao que era previsto. Geralmente abrimos a temporada no feriado do dia 15 de novembro. Além disso, nós seguimos investindo no parque. Para se ter uma ideia, destinamos R$ 1 milhão por ano para fazer a manutenção do local. Isso representa 25% do nosso orçamento”, enfatiza.

 

COMERCIANTES RELATAM PREJUÍZOS
Foi em março que Valdecir Schwedr, de 49 anos, até então agricultor, resolveu comprar uma panificadora em Porto Mendes e se tornar empresário. A aposta era alta no novo negócio, mas foi justamente naquele mês que a pandemia começou. De lá para cá, a situação para o comércio do Valdecir piorou com as restrições em prevenção à Covid-19.

“O pessoal aqui até compra comigo, mas o forte era o turismo aos finais de semana. Para se ter uma ideia, 40% das vendas foram perdidas em relação ao primeiro mês em que estive à frente da panificadora. É um prejuízo grande. Eu só consegui manter aberto por causa do recurso que tenho da agricultura”, conta.

Valdecir Schwedr abriu a padaria em março: “Para se ter uma ideia, 40% das vendas foram perdidas em relação ao primeiro mês em que estive à frente da panificadora” (Foto: Bruno Gerhard/OP) 

 

Como outras prainhas e espaços de lazer estão abertos em cidades da região, os comerciantes de Porto Mendes estão preocupados que os veranistas estão escolhendo outros lugares. Amanda Hubler Backes, proprietária de um mercado, teme que as pessoas possam não voltar ao distrito devido ao tempo em que o parque ficou fechado e pela restrição feita aos banhistas.

“A praia é de suma importância. Tem gente que vem aqui há dez ou 20 anos. Agora essa pessoa está indo para Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Missal, São Miguel do Iguaçu, Mercedes, onde está liberado para turistas tomarem banho. Aí ela acaba gostando desses lugares que não conhecia antes, gasta o dinheiro lá e nunca mais volta para cá”, prevê.

Amanda Hubler Backes teme que turistas não voltem a Porto Mendes: “Podem estar indo para outras prainhas, gostar, gastar o dinheiro lá e nunca mais volta para cá” (Foto: Bruno Gerhard/OP)

 

ABAIXO-ASSINADO
Preocupados com o futuro dos comerciantes do distrito, moradores e empresários se uniram e criaram um abaixo-assinado com quase 300 assinaturas pedindo um estudo de viabilidade da praia para os turistas.

Pedro Geraldo Hohmann, proprietário de um posto de combustíveis no distrito rondonense há 17 anos, diz que está acompanhando as reuniões do COE na esperança de que o parque volte a ser totalmente aberto. “Além da reabertura, é preciso que se faça alguma coisa para quando o nível da água diminuir outra vez. O lago não vai se adequar à praia, a praia que deve ser adequada ao lago. Se fizessem um piso ali onde ficou aquele banhado, aquela terra seca de quando a água baixou, no ano seguinte os banhistas poderiam usar sem problemas”, opina.

Pedro Hohmann mostra abaixo-assinado para reativar a praia para banho: “Além da reabertura, é preciso que se faça alguma coisa para quando o nível da água diminuir outra vez.” (Foto: Bruno Gerhard/OP)

 

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