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Marechal Pesquisa de preço

Preço de materiais escolares pode variar até 460%, alerta Procon rondonense

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Com começo de ano e volta às aulas, consumidores devem estar atentos às oscilações de preços, marcas e outras especificações (Foto: O Presente)

Pais, responsáveis e estudantes têm uma preocupação especial nesta época com a compra de material escolar. Trata-se de um período bastante movimentado economicamente, haja vista que a população ainda lida com os gastos acumulados nas festas de final de ano e já se depara com as novas contas e impostos chegando para serem acertados.

Ou seja, é preciso muita pesquisa e atenção para que o material escolar não se torne uma dor de cabeça e nem no bolso, ao mesmo tempo em que atenda as expectativas de quem o usará ao longo do ano letivo. Pensando nisso, a Agência do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), de Marechal Cândido Rondon, realizou uma pesquisa sobre os preços de material escolar encontrados no município.

Marcos Vinícius Fediuk, coordenador geral do órgão, alerta a população sobre o intuito do estudo realizado. “Vale salientar que os preços podem variar, visto que há mudanças conforme a data da compra, promoções, descontos especiais, condições de pagamento, especificações e outras situações. Além disso, os números encontrados servem para demonstrar a importância da consulta de preços: há variações no valor que são decorrentes da diferença entre tamanhos, modelos, linhas, marcas e outros aspectos. Por fim, cabe ao consumidor utilizar desse instrumento como um guia, não de maneira definitiva, mas sim verificando nas lojas os materiais que os agradam, seja em valor, qualidade, praticidade ou afins”, menciona.

Ele relata o porquê de a pesquisa abordar itens de maneira pontual, sem adentrar nas especificações anteriormente mencionadas. “Essa é a primeira pesquisa que o Procon rondonense realiza e decidimos deixá-la mais enxuta. Um dos pontos é que optamos por não colocar o índice de variação, pois a população consegue definir qual empresa apresenta mais vantagens para ela ao analisar as linhas e colunas”, argumenta, acrescentando: “Também enfrentamos a dificuldade de este ser um segmento muito variado. Há uma infinidade de características e, se fôssemos seguir todos os critérios, a pesquisa ficaria imensurável e a leitura maçante”, detalha.

Coordenador geral do Procon de Marechal Rondon, Marcos Vinícius Fediuk: “Cabe ao consumidor utilizar desse instrumento como um guia, não de maneira definitiva, mas sim verificando nas lojas os materiais que os agradam, seja em valor, qualidade, praticidade ou afins” (Foto: O Presente)

 

MOVIMENTO NO SETOR

Mariane Marcon, proprietária da Livraria Nota 10, uma das participantes do levantamento, avalia como positiva a iniciativa do órgão fiscalizador. “A pesquisa é interessantíssima para o próprio consumidor, poupa um pouco do tempo de ele mesmo ir a campo pesquisar. Foi um facilitador”, exalta.

Já Roseli Lunkes Marcucci, sócia-proprietária da Livraria Unixerox, também incluída na pesquisa, viu potencial na quantidade de itens consultados. “O Procon fez um trabalho muito positivo, abrangendo várias marcas e especificações”, comenta.

Ambas as empresárias perceberam o aumento no movimento em suas lojas. “Nós tivemos um aquecimento nas vendas, muito maior do que aconteceu em 2019, visto que todos estávamos em um período de recessão”, rememora Rose. Mariane frisa que neste ano a maioria das instituições de ensino do município iniciam suas aulas na mesma semana. “O fluxo de pessoas está intenso o dia todo. Esse é o período de maior concentração de vendas”, observa.

Uma das orientações que as papelarias sugerem aos consumidores é a antecipação das compras, posto que quanto mais próximo ao retorno das atividades escolares é provável que o estoque de produtos esteja limitado.

Mariane Marcon, proprietária da Livraria Nota 10: “O fluxo de pessoas está intenso o dia todo. Esse é o período de maior concentração de vendas” (Foto: O Presente)

Roseli Lunkes Marcucci, sócia-proprietária da Livraria Unixerox: “A pesquisa é interessantíssima para o próprio consumidor, poupa um pouco do tempo de ele mesmo ir a campo” (Foto: O Presente)

 

PESQUISA

A coleta de dados aconteceu entre os dias 13 e 17 deste mês e contou com a participação de cinco estabelecimentos na relação final. Foram consultados os preços dos seguintes produtos: apontador, borracha, caderno, caneta, cola, compasso, giz de cera, grafite, tinta guache, lápis, lápis de cor, lapiseira, marcador, papel A4, régua, tesoura e transferidor, resultando em 160 itens especificados.

Além de revelar diferenças entre os estabelecimentos, vale destacar que muitos produtos apresentam grande variações no que diz respeito às marcas e especificações. Por exemplo: apontadores de diferentes marcas podem variar em até 460%, número arredondado, de R$ 1,25 para R$ 7 em um mesmo estabelecimento, cabendo ao consumidor decidir qual das opções mais lhe agrada.

Já no âmbito dos cadernos, as variações são bem expressivas. Exemplificando, um caderno com as mesmas especificações gerais (pautado, com uma matéria e 80 folhas, da mesma marca) custa R$ 9,16 em um lugar e R$ 24,99 em outro, representando a diferença de 172,82%. Vale frisar, como expõe o coordenador geral do órgão, que é essencial que o consumidor vá por si mesmo nos estabelecimentos verificar. “Muitas vezes a diferença no valor se dá por um ter a capa mais simples, ou ter a capa de algum personagem, ou ter folhas decoradas etc”, lembra.

Na contramão disso, existem alguns produtos que apresentam linearidade em todos os estabelecimentos, como é o caso de canetas, guaches e papel A4, neste caso com os preços consultados em R$ 5,99, R$ 4,99, R$ 5,99 e R$ 5, respectivamente.

As papelarias rondonenses aconselham aqueles que ainda não compraram materiais escolares a se apressarem para garantir melhores preços e variedade nos produtos (Foto: O Presente)

 

METODOLOGIA

A pesquisa aconteceu em três etapas, conforme explica Fediuk. “Primeiro, visitamos os estabelecimentos expondo o nosso objetivo e já realizando um panorama dos materiais escolares, como se fosse um mapeamento estratégico. Na segunda parte, visitamos novamente as empresas, consultamos os preços e montamos as planilhas de cada fornecedor. Por fim, apresentamos os dados para a revisão dos responsáveis e coletamos juntamente uma autorização para divulgar”, elucida o coordenador geral.

 

DICAS

Fediuk elucida algumas dicas para que a população acerte na hora de fazer as compras de material escolar:

. Compra conjunta com mais pais: compras em maiores quantidades conseguem preços melhores;

. Formas de pagamento: há possibilidade de o preço variar se o pagamento for à vista ou nos cartões débito e crédito;

. Lista de materiais: se houver dúvidas sobre algum item, peça esclarecimentos da instituição;

. Materiais coletivos: os educandários podem pedir apenas itens de uso pessoal, nada de papel higiênico, copos plásticos e afins;

. Cronograma de uso: não é obrigatório comprar toda a lista de uma vez. É possível solicitar o momento em que o material será utilizado para então comprá-lo.

 

DIVULGAÇÃO

A pesquisa está disponível integralmente para download na fanpage Procon – MCR, no Facebook. “Esse é um feito inédito na nossa unidade. Essa rede social será utilizada para divulgar os eventos realizados pela agência, recados, dicas, sugestões e orientações”, destaca Fediuk. “Esse canal nos servirá como um meio de divulgação dos nossos serviços. Pedimos a toda população a nos acompanhar, curtindo e compartilhando nossos materiais”, convida ele.

 

O Presente

 

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