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Marechal

Preço x qualidade

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Em 17 de junho do ano passado era publicado em diário oficial do município de Marechal Cândido Rondon o edital que apresentava o contato de empreitada global para uma obra há tempos esperada pela comunidade local: a execução da revitalização da Avenida Rio Grande do Sul, com pavimentação e melhorias de vias urbanas.

Os R$ 1.813.631,11 a serem investidos na obra, oriundos de contrato de financiamento do Programa Pró Transporte PAC 2 da Caixa Econômica Federal, sendo uma pequena parte contrapartida do município, deveriam seguir um cronograma para que, em oito meses, um novo calçamento, ciclovias, ciclofaixas e um novo mobiliário urbano pudessem ser vistos por quem percorre uma das principais vias da cidade.

Entretanto, assim como ocorre em diversas outras obras públicas Brasil afora, a execução do projeto enfrentou adversidades que já prorrogam a entrega da obra em seis meses. O principal problema, porém, não está no atraso, mas nas condições de qualidade observadas por quem passa pelo canteiro de obras instalado na principal avenida do município. 

Árvores que foram cortadas, mas não totalmente destocadas e agora começam a brotar novamente; meios-fios que foram danificados ao andar da obra e receberam “remendos”, deixando as guias sem padrão; e pavers – utilizados em grande parte da obra para renovar o calçamento das duas laterais da avenida e do platô instalado no cruzamento com a Rua Sete de Setembro – que já apresentam desgastes e deslocamento. 

De acordo com o atual gestor da pasta de Coordenação e Planejamento, Reinar Seyboth, várias ações que executadas de acordo com o que estava previsto no projeto foram de encontro a uma realidade diferente daquela que havia sido projetada, gerando algumas dificuldades para o andamento do contrato e para a própria qualidade da obra. “O projeto estava sendo discutido desde 2013 e foram feitas várias tratativas pela administração anterior que não culminaram na aprovação. Em 2016, nos primeiros seis meses, eles correram contra o tempo para conseguir aprovar o projeto antes do período eleitoral e neste período em que eles ultimaram os detalhes do projeto não verificaram diversas falhas existentes, não por incompetência dos profissionais que elaboraram o projeto, mas sim pelo pouco tempo que foi dado para poder concluí-lo com êxito”, justifica.

Por ser uma via extensa e até mesmo antiga, pontua, o andar da obra trouxe inúmeras situações não previstas, como o dano ao pavimento e outras estruturas causadas pela destoca de árvores para a instalação dos pavers. “O conserto de galerias, asfalto, meio-fio, entre outras estruturas que foram danificadas com a remoção dos troncos e raízes de grande porte não estavam previstos na planilha orçamentária. Por isso, ainda em 2016, a empresa cobrou a prefeitura, o que gerou um desgaste entre as partes porque só depois de executado o serviço que foi firmado um termo aditivo no contrato para que a empresa pudesse receber o pagamento”, esclarece.

Pelo fato de a empresa contratada ser de fora do município, o secretário destaca que é comum ocorrer subcontratações de empresas do município, o que aconteceu para a execução da obra principalmente com relação à colocação de pavers. “A morosidade no andamento do contrato não foi pela incapacidade da empresa em executar rápido, mas sim pela dificuldade da empresa executar e se capitalizar para prestar os serviços contratados. É uma morosidade burocrática do próprio sistema e o impasse entre a prefeitura e a empresa também gerou um desgaste”, comenta Seyboth.

Confira a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira (06).

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