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Marechal Saúde

Prefeito Marcio Rauber explica o porquê da opção por construir um hospital de campanha no Centro de Eventos

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(Foto: Divulgação)

O prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber, divulgou um vídeo na tarde desta sexta-feira (03) explicando o porquê da opção por construir um hospital de campanha no Centro de Eventos junto ao Parque de Exposições do município. O objetivo é explicar aos rondonenses que questionaram, nos últimos dias, a implantação de um hospital provisório ao invés da utilização de estruturas prontas, como as dos hospitais Filadélfia e Fumagali. Confira o que ele falou no vídeo:

“Iniciamos a construção do nosso hospital de campanha que será utilizado para atender as pessoas acometidas pela Covid-19. Eu verifiquei alguns ou vários questionamentos de pessoas de Marechal Rondon sobre o porquê se construir um hospital de campanha no Centro de Eventos se nós temos dois prédios grandes que já serviram como importantes hospitais na nossa cidade. Eu me refiro ao Hospital Filadélfia e ao prédio que serviu ao Hospital Fumagali. Pois bem, equipes da saúde e a secretária de Saúde, que é enfermeira, acompanhada de médicos, fizeram vistorias nesses locais. Tecnicamente, eles disseram que o melhor lugar para fazer o nosso hospital de campanha seria o Centro de Eventos. Por quê? O conceito de hospital de campanha é um conceito totalmente diferente daquele que a gente tem por hospital. É uma estrutura utilizada para num pequeno espaço de tempo atender um volume relativamente grande de pessoas. Nós não conseguimos, e dificilmente se consegue isso, ter um médico à disposição de cada um ou dois ou três pacientes. Da mesma forma, com os enfermeiros, técnicos em enfermagem e outros operadores da saúde. O hospital de campanha é construído de forma ampla, que dá uma visão ampla para o médico. O nosso projeto em uma divisão em forma de U, com quatro espaços cada um com 19 leitos. Então, a ideia é de que os profissionais possam ter a ideia de todos os pacientes simultaneamente, isso para nós é muito importante e não acontece em prédios de hospitais convencionais, onde, de maneira geral, dentro de cada quarto duas pessoas são internadas. Então, nós fizemos uma análise, temos um documento assinado pela secretária de Saúde, pelo nosso doutor Thiago, que é o diretor da UPA, pelo doutor Ramberti, que é o médico que atende na Unidade Básica de Saúde e que são muito acessíveis à população, profissionais extremamente capacitados. Então, eles, melhores do que nós todos, para dizer qual é a melhor ideia. Esse é um dos motivos.

Segundo, existe um problema de você investir recursos públicos num espaço privado. Neste caso, como é uma situação de emergência, facilmente nós poderíamos justificar como sendo um investimento de recursos públicos em prédios particulares para dar atenção às pessoas acometidas pelo coronavírus. O problema é que esses dois prédios precisariam de reformas importantes que demorariam mais tempo do que o necessário para se fazer o nosso hospital de campanha onde está sendo feito. Mais um agravante, a estrutura do Hospital Filadélfia está muito deteriorada. A estrutura do Hospital Fumagali está um pouco menos, mas aí tem um outro problema. Este prédio que atendeu ao Hospital Fumagali durante muito tempo é objeto de uma penhora judicial, em um processo judicial em que credores do proprietário estão cobrando essa dívida e penhoraram esse imóvel. Existe uma avaliação feita sob este imóvel e um leilão marcado para o dia 12 de maio. Agora vejam, de maneira o município vai investir recurso público em um prédio que está indo a leilão e já tem uma avaliação suficiente para que seja feito esse leilão?

Não é possível. Então, esse também é um dos motivos pelos quais nós não optamos pelo prédio do antigo Hospital Fumagali. Foi noticiado e as pessoas ouviram que nós fizemos a requisição de equipamentos daquele antigo hospital, nós fizemos aquilo que diz a lei. Numa situação dessa, em que você precisa de um volume muito alto de equipamentos para um pequeno espaço de tempo e você não os tem, você os requisita de quem tem. Nós requisitamos do ex-Hospital Fumagali, que não está ativado. Obviamente, isso foi acompanhado pelo próprio doutor Fumagali, foi acompanhado pelo departamento jurídico e advogados do doutor. Todos os equipamentos de lá retirados tiveram a sua anotação, nós vamos ter que devolvê-los e pagar o preço justo pelo uso desses equipamentos, é isso o que vamos fazer. Nós estamos fazendo aquilo que diz a lei, nos termos do que diz a lei, é isso o que nós preconizamos desde que entramos no nosso governo. Obrigado e estamos à disposição de qualquer um, a qualquer hora, para esclarecer qualquer dúvida”, declarou o prefeito no vídeo.

 

Hospital de campanha

A montagem do hospital de campanha segue a todo vapor, desde terça-feira (31), junto ao Centro de Eventos. O local será destinado ao tratamento de pacientes com sintomas mais severos de coronavírus.

O hospital de campanha contará com quatro alas de 19 leitos, dos quais 38 para homens e o mesmo número para mulheres, totalizando 76. A previsão é de que o internamento dure de cinco a dez dias por paciente. A escala de trabalho dos profissionais que irão atender no local ainda será definida pela Secretaria Municipal de Saúde.

O investimento é de cerca de R$ 320 mil na adaptação do espaço, com a instalação de divisórias, portas, chuveiros, torneiras, pintura de paredes, rede de oxigênio, locação de estandes, aquisição de enxoval como lençóis, travesseiros e cortinas. Os trabalhos de implantação da estrutura devem ser concluídos em dez dias.

Os gastos mensais da estrutura devem ser de R$ 575 mil, entre limpeza, vigia, equipamentos de proteção individual (EPI’s), recarga de oxigênio, recolha de lixo hospitalar, materiais e medicamentos, serviços de lavanderia, entre outros.

 

Confira o vídeo:

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