Prefeitura rondonense prepara novas intervenções no trânsito

Após a instalação de travessias elevadas em frente à agência rondonense do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e nas proximidades da Escola Municipal Criança Feliz e do novo Supermercado Allmayer, na Avenida Írio Jacob Welp, bem como de lombadas no semáforo da Avenida Maripá em frente à Sicredi Aliança PR/SP, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Marechal Cândido Rondon prepara novas intervenções, conforme definido em reunião do Conselho Executivo de Trânsito (Coetran).

Com aproximadamente 53 mil habitantes e frota estimada em 43 mil veículos, o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa, salienta que a construção de lombadas e travessias elevadas obedece a critérios técnicos para o trânsito fluir naturalmente e de forma segura no município. “Todos os pedidos de instalação de lombadas ou travessias elevadas que chegam à Secretaria de Mobilidade Urbana são analisados em relação à viabilidade técnica. Quando assumimos junto da gestão do prefeito Marcio Rauber existiam mais de 90 pedidos para colocar lombadas no município, sendo que antes da nossa administração os pedidos funcionavam de forma individual, quando o morador de uma determinada rua fazia um pedido ou um vereador encaminhava para a secretaria municipal”, informa.

“Baseado na resolução 0600 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), no mês de maio do ano passado o prefeito editou o decreto número 144, que normatiza todo pedido de travessias e lombadas. Não há mais pedido individual, porém hoje a solicitação é coletiva, dos moradores da rua, e todos devem se manifestar se querem ou não a lombada, se querem ou não a travessia elevada. Ao receber este pedido coletivo vamos até o local com um engenheiro da Secretaria de Coordenação e Planejamento e verificamos a viabilidade técnica de se instalar ou não, porque o próprio decreto anula a instalação de lombadas ou travessias que não atendam a critérios técnicos. A partir do momento que há viabilidade, levamos o assunto em pauta ao Coetran, grupo formado por pessoas que representam a comunidade e que se reúne esporadicamente para discutir as questões de trânsito. Tudo o que envolve lombada, travessia, rotatória, mudança de sentido de rua e fechamento de semáforo passa pela deliberação do Coetran a fim de votar pelo sim ou não”, esclarece.

Travessia elevada foi construída em frente à agência do INSS em Marechal Rondon (Foto: Joni Lang/OP)

 

 

 

PREVENÇÃO

 

Welyngton prossegue expondo que a construção da travessia elevada em frente ao INSS era necessária, tendo em vista a prevenção de acidentes. “Vimos in loco o abuso dos motoristas no cometimento do excesso de velocidade, o que é claro e evidente. O INSS atende em média 100 pessoas por dia, na sua grande maioria idosos, então se isso não ocorresse naquele local daqui alguns dias certamente estaríamos falando com a imprensa sobre atropelamento de pessoas na Avenida Rio Grande do Sul e o porquê da prefeitura não ter adotado medidas preventivas. O local ainda recebeu uma lombada entre as travessias do INSS e do Lago Municipal devido ao grande movimento de pessoas, uma vez que o Parque Ecológico é usado muito nos fins de semana e de tardes, o que aumenta sensivelmente a segurança desses cidadãos”, pontua.

Ele destaca que outra intervenção necessária foi a colocação da travessia elevada na Avenida Írio Welp perto de onde será o novo Supermercado Allmayer, cuja instalação motivou a apresentação de vários outros pedidos à secretaria. “Quem trafega na Avenida Írio Welp sabe dos abusos que as pessoas cometem lá. É importante salientar que as pessoas confundem via de trânsito rápido com pista de corrida, mas existe uma diferença enorme. As vias de trânsito rápido não dão direito ao motorista andar a 100 ou 110 km/hora. Também é importante deixar claro que a responsabilidade pelo trânsito de Marechal Rondon é dividida: a prefeitura cuida da sinalização, enquanto a Polícia Militar fiscaliza. Infelizmente a prefeitura não penaliza, apenas sinaliza. Outra coisa é que a prefeitura não ensina a dirigir, mas orienta os motoristas da melhor maneira de dirigir, todavia a imprudência em Marechal Rondon é alarmante”, pontua.

O chefe da pasta destaca que de acordo com estatísticas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, em torno de 80% dos acidentes são provocados pela imprudência no trânsito. “Normalmente um acidente de trânsito ocorre por três fatores: má conservação das estradas, má conservação do veículo e falhas humanas. Na grande maioria dos casos, verificamos que há sinalização, as estradas estão em boas condições e o veículo é seminovo. O que causou o acidente? A imprudência, seja por excesso de velocidade, uso do telefone celular, por não respeitar a placa de pare ou preferencial, por invadir uma rua que não é preferencial e por não respeitar a faixa de pedestre. Portanto, toda colocação de lombada e de travessia elevada atende critérios técnicos e a viabilidade de se construir ou não passa pelo crivo do Coetran para só depois de aprovada ser feita a construção. No mínimo 15 dias antes são colocadas placas orientando os motoristas que naquele local será construída uma rotatória ou uma travessia elevada ou, até mesmo, uma lombada. Mesmo assim, ainda há reclamações porque os motoristas por vezes não se atentam à sinalização. Observe que 15 dias antes da colocação é feita a sinalização e mesmo assim há imprudência de excesso de velocidade e pessoas provocam acidentes e se machucam porque não viram o obstáculo instalado pela Secretaria de Mobilidade Urbana”, expõe.

Secretário de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa: “Toda colocação de lombada e de travessia elevada atende critérios técnicos e a viabilidade de se construir ou não passa pelo crivo do Coetran” (Foto: Joni Lang/OP)

ROTATÓRIA NO CENTRO

Cerca de três semanas atrás houve a implantação de uma rotatória no cruzamento das ruas Espírito Santo e Mem de Sá, região central da cidade. “A rotatória em si não precisa de sinalização com antecedência por ser um obstáculo que obviamente o motorista deve observar e ver, até porque o motorista não passa sobre ela. Já no caso de lombada e travessia elevada sinalizamos 15 dias antes porque é um obstáculo colocado na rua. A rotatória não é um obstáculo, mas, sim, uma sinalização de trânsito que vai fazer com que você contorne ela”, diz.

“Muita gente pergunta ‘vocês vão colocar uma rotatória ali e não vão sinalizar 15 dias antes?’. Não, nós não podemos sinalizar uma rotatória 15 dias antes porque a rotatória transforma as ruas que dão acesso a ela em preferenciais. Nós precisamos colocar a placa de preferencial nas quatro entradas da rotatória, por isso não podemos quebrar a preferencial daquela rua antes da instalação da rotatória. Nós colocamos a rotatória e no mesmo dia sinalizamos”, enfatiza Welyngton.

Lombada foi construída entre a travessia elevada do INSS e a do Lago Municipal devido ao grande movimento de pessoas, uma vez que o Parque Ecológico é usado muito nos finais de semana e de tardes (Foto: Joni Lang/OP)

NOVAS INTERVENÇÕES

O secretário adianta que o Coetran aprovou a colocação de duas novas rotatórias na Avenida Rio Grande do Sul, respectivamente no trajeto até a Avenida Írio Welp. “As rotatórias serão implantadas nos cruzamentos da Avenida Rio Grande do Sul com as ruas XV de Novembro e 31 de Março. Então, da Rotatória da Bandeira até a Rotatória da JCI haverá outras duas rotatórias. A partir do momento em que fizermos essas rotatórias vamos fechar os demais cruzamentos com a Rio Grande do Sul. É importante salientar que trabalhamos desde o início da nossa gestão para transformar a Avenida Rio Grande do Sul em uma via mais segura para todos, sendo que essa avenida era campeã em número de acidentes. Nós iniciamos o trabalho sinalizando, proibindo a conversão à esquerda, mas frequentemente enxergamos veículos virando à esquerda. Além do risco de causar acidentes, os veículos cometem infrações de trânsito passíveis de punição. Desde o início da gestão estamos pensando na Avenida Rio Grande do Sul para diminuir visivelmente os números de acidentes, fechamos os retornos irregulares, proibimos a conversão à esquerda. Os comerciantes da região se mostraram favoráveis a essas intervenções, que foram discutidas e aprovadas no Coetran”, ressalta.

Segundo ele, a conversão na Avenida Rio Grande do Sul acontecerá pelas rotatórias que estarão a 200 metros uma da outra. “Ao entrar na avenida se o motorista tiver que cruzá-la, vai pegar à direita e se dirigir 100 metros a uma rotatória para retornar com segurança. Quem circula pela via esquerda na avenida muitas vezes deve parar, porque um veículo que cruza uma rua fica parado na avenida, o que pode ocasionar acidentes; isso é inadmissível. Um exemplo é a duplicação da rodovia Marechal Rondon a Toledo, que em termos de engenharia é uma obra bastante moderna e que não existe nenhum cruzamento na rodovia. O cruzamento em vias rápidas e principais é coisa de 30 anos atrás. Cidades como Toledo e Cascavel acabaram com os cruzamentos nas vias principais para diminuir os acidentes e preservar vidas humanas, e é isso o que estamos fazendo em Marechal Rondon”, diz.

“Quando realizamos intervenções as pessoas criticam, no entanto temos que pensar grande. Devemos considerar que temos 43 mil veículos em Marechal Rondon e nenhuma obra principal ocorreu no trânsito rondonense nos últimos oito anos para diminuir acidentes. Estamos fazendo, tirando retornos irregulares, fechando ruas que não podem fazer o cruzamento e colocando novas rotatórias. Pegamos um município com nove mortes no trânsito por ano, sendo que hoje diminuímos em mais de 90% esse número. Isso significa que estamos no caminho certo e preservando vidas humanas”, reforça.

No que tange à Avenida Maripá, o secretário revela aguardar uma decisão da administração pública em relação a futuras obras, porém foi colocada em pauta novas rotatórias na Maripá. “O Coetran aprovou e estamos esperando o chefe do Poder Executivo definir realmente o que vai ser feito para começarmos a trabalhar lá. Vamos fechar alguns retornos irregulares na Avenida Maripá, o que já tem ordem de serviço aberta. Então vamos iniciar o trabalho nestes retornos pontuais, com o fechamento, colocação da grama e preparação do canteiro central no padrão de sempre”, conclui.

O Presente