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Marechal

Problemas com telefonia móvel voltam à discussão em Rondon

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Ligação que não completa, mensagem que não consegue ser enviada, internet que não funciona direito. Um problema recorrente em Marechal Cândido Rondon e motivo de muita reclamação por parte de consumidores, os serviços prestados por empresas de telefonia móvel serão novamente discutidos em audiência pública. Desta vez a iniciativa parte do Poder Legislativo, por meio dos vereadores Ronaldo Pohl, Nilson Hachmann e Valdir Port (Portinho), com apoio da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar). O evento acontece no auditório da Acimacar, na quinta-feira (10), às 18h30.

Conforme Ronaldo Pohl, a realização da audiência foi motivada diante do número de reclamações. Representantes das empresas foram convidados a participar para que possam expor a situação à população. “A nossa ideia é ouvir os relatos, mas mostrar que estas empresas não estão dando conta em oferecer um serviço de qualidade. A partir disso queremos dar encaminhamentos diferentes, pois já foram realizados outros encontros, porém observamos que na prática não houve melhorias. Vamos procurar caminhos para reverter essa situação”, expõe.

Hachmann enfatiza que já houve compromisso por parte de empresas de telefonia móvel em resolver os problemas, no entanto, segundo ele, até o momento isso não aconteceu. “Devemos ir mais a fundo. Até defendo parar a venda de chips de celular. É uma atitude drástica, mas não tem outro jeito. Quem tem celular relata problemas, então por que continuar vendendo chips? Isso só aumenta o problema”, argumenta. “No interior, por exemplo, houve a instalação de uma antena em Porto Mendes, mas não funciona. E agora está até pior do que antes, porque anteriormente os moradores usavam sinal paraguaio, que agora está bloqueado”, lamenta.

Pohl menciona que houve uma parceria com um site, o qual disponibilizou uma enquete para que as pessoas pudessem opinar sobre os serviços de sinal, de telefonia e internet. Ele revela que mais de 700 internautas se posicionaram de forma insatisfeita. “Mas para que possamos cobrar melhorias é essencial a participação da população. Precisamos saber o que os rondonenses querem para que possamos ir atrás de melhorias”, aponta.

De acordo com Portinho, algo que já foi feito muitas vezes pela Câmara envolve o envio de requerimento para as empresas de telefonia móvel e para a própria Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Entretanto, ele diz que agora o objetivo é ir além, sendo que a audiência pública será o pontapé inicial. “Nós temos deficiência tanto na área urbana como na área rural. Conforme respostas já recebidas de algumas empresas, se o sinal abrange 80% da área urbana está concluído seu compromisso de abrangência naquele município. Mas entendemos que as coisas precisam ser diferentes. Algumas empresas já disseram que devem ainda em 2017 instalar internet 4G em Marechal Rondon, mas enquanto isso não anda e fica somente em promessas, surgiu a ideia de promover essa audiência para repercutir de forma mais organizada e demonstrar que uma cidade de 50 mil habitantes quer respostas rápidas e investimentos à altura do que pagamos nas nossas contas”, declara.

 

Participação popular

Os vereadores informam que o objetivo é que a audiência pública seja um marco inicial para a promoção de melhorias em serviços prestados por empresas de telefonia móvel. Contudo, eles enfatizam que isso só poderá ocorrer se houver ampla participação popular. “Será o início do encaminhamento”, afirma Pohl.

“Ter um serviço eficiente é questão de segurança pessoal. Hoje as pessoas precisam do celular para qualquer situação, seja para chamar uma ambulância, acionar os bombeiros, a polícia, enfim. É o que não estamos tendo, mas a própria integridade física e a segurança estão em jogo”, opina Portinho.

Pohl complementa que trata-se de questão econômica também, pois muitas empresas dependem da telefonia móvel para concretizar vendas. “Há negócios sendo inviabilizados pelos problemas com telefonia móvel”, revela.

Hachmann comenta que primeiramente a Acimacar promoveu um encontro e, desta vez, a Câmara de Vereadores realiza a audiência pública, demonstrando que Poder Público e entidades estão juntando forças. Porém, ele enfatiza ser essencial a participação popular. “As pessoas precisam participar”, resume.

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