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Marechal Campanha dos Rotarys

Professor que contraiu pólio quando criança alerta para importância da vacinação

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Professor José Jaime Zawodine, de 66 anos, vítima da pólio, acompanhou os rotarianos na divulgação da campanha, dando o seu testemunho (Fotos: Divulgação)

Até o dia 31 de agosto, todas as crianças de um ano a menores de cinco anos devem ser vacinadas contra a pólio e o sarampo. Em Marechal Cândido Rondon as vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde, exceto as localizadas nos distritos de Bom Jardim e São Roque. Nestes casos específicos, os pais podem levar as crianças para as unidades mais próximas, que respectivamente são em Iguiporã e Margarida.
Os clubes de Rotary do município, bem como Rotaract, Interact e Rotary Kids estão mobilizados no sentido de sensibilizar os pais sobre a importância da vacinação. A entidade, que atua mundialmente na prevenção, conscientização e na arrecadação de recursos para pesquisas e fabricação de vacinas, através do o projeto End Polio Now, trabalha novamente como parceira do município para que a meta de vacinação seja atingida. No sábado passado (11) foi realizada uma ação com a distribuição de folhetos e a abordagem das pessoas em diversos pontos da cidade. Durante a semana outras ações, principalmente de divulgação na comunidade aconteceram.

 

Dia D da vacinação: 18 de agosto

Os rotarianos também alertam para o Dia D da vacinação, que será neste sábado (18). Nesta data os postos de saúde do município estarão abertos das 08 às 17 horas, exclusivamente em função desta ação. É uma oportunidade extra para vacinar as crianças cujos pais e responsáveis não podem ir às unidades de saúde durante a semana.
O Rotary alerta os pais que a vacina é a forma mais eficaz de inibir o reaparecimento dessas doenças, que já eram consideradas eliminadas no país. Para garantir a cobertura total contra o sarampo, mesmo as crianças de até 5 anos que já tomaram alguma dose das vacinas poderão ser imunizadas com a vacina tríplice viral.
No caso da poliomielite, crianças que nunca tomaram nenhuma dose na vida receberão a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já as crianças menores de cinco anos que já tomaram pelo menos uma dose da vacina, receberão apenas a gotinha (Vacina Oral Poliomielite).

 

Testemunho

Convidado pelos clubes de Rotary de Marechal Cândido Rondon, o professor José Jaime Zawodine, de 66 anos, participou da ação de divulgação e sensibilização sobre a importância de vacinar as crianças. O professor contraiu pólio (paralisia infantil) quando tinha apenas três meses de idade. Ele dá o seu testemunho sobre o quanto a doença interferiu na sua vida.
José Jaime conta que nasceu na cidade de São João Batista (SC) em 1951. Ele lembra que naquela época muitas crianças contraíam pólio, que até então não tinha uma ação preventiva como existe atualmente.
Devido a doença, José Jaime teve uma infância muito sofrida. Até os 5 anos de idade só ficava no chão ou no colo dos pais em razão da deformidade física provocada pela doença. Depois disso aprendeu a andar de muletas, que o acompanham até hoje.
Mesmo depois de adquirir certa mobilidade, até os 16 anos não saía de casa. Lembra que sofria muito “bullying” e que era revoltado consigo mesmo. “O que eu fiz pra merecer isso”, se questionava na juventude.
Como o amadurecimento passou a aceitar as sequelas que a doença deixou e superar os obstáculos. Estudou e tornou-se professor por mais de 30 anos. Hoje está aposentado e faz questão de deixar a sua mensagem aos pais sobre a importância de vacinar as crianças. “Se você quer dormir tranquilo, leve seu filho para tomar a vacina. A campanha é algo sério. A pólio não pode voltar”, alerta.

 

Por Jadir Zimmermann

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