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Marechal Acqua Fish

Projeto rondonense é classificado para incubação no PTI

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Samuel Behling e Regis Manzke, CEO e COO da Acqua Fish, respectivamente: próximo passo é a formalização da empresa e assinatura do contrato com a Incubadora Santos Dumont e o PTI (Foto: Divulgação)

A startup rondonense Central de Gerenciamento de Monitoramento para Piscicultura/Acqua Fish foi selecionada para incubação, na última terça-feira (15), entre mais de 100 projetos no Programa de Inovação Coorporativa, proporcionado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
Depois de passar por processos de qualificação, validação de projetos e apresentação das ideias para uma banca de especialistas no Demoday 2020, a Acqua Fish foi o único projeto de Marechal Cândido Rondon a ser aprovado entre as 13 ideias levadas para incubação e desenvolvimento da solução.

“Participar deste processo foi algo único e ter um projeto selecionado é algo fantástico”, destaca ao O Presente o chief executive officer (CEO) ou diretor executivo do projeto, Samuel Augusto Behling. “Percebemos como ideias que muitas vezes parecem simples, que nascem em uma conversa informal em um jantar, podem ajudar uma cadeia produtiva a se desenvolver, gerando resultado financeiro e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, enaltece o rondonense, lembrando que esta foi a primeira vez que ele participou de um edital de inovação.

 

PRÓXIMOS PASSOS

De acordo com Behling, o próximo passo é a formalização da empresa e assinatura do contrato com a Incubadora Santos Dumont e o PTI. “Isso acontecerá em janeiro de 2021”, compartilha.

Depois disso vem a fase de intensificação dos trabalhos já realizados. “Iniciamos a etapa de criação da identidade visual da marca, planejamento de marketing e desenvolvimento de melhorias no produto e no software. A partir da formalização, pretendemos validar a solução com um número maior de produtores”, detalha.

Para o CEO, a Acqua Fish deve estar evoluída ao final do período de incubação, que dura um ano e pode ser estendido por mais 12 meses. “Nossa expectativa é de que estejamos consolidados no mercado, atendendo ao produtor e integradoras com todas as funcionalidades idealizadas no planejamento estrutural da solução”, projeta.

 

O PROJETO

A equipe do Acqua Fish é composta pelo CEO Behling e por Regis Manzke, chief operating officer (COO) ou diretor operacional. A ideia do projeto surgiu a partir da necessidade dos produtores de tilápias da região. “É um mercado relativamente novo se comparado à avicultura e à suinocultura, por exemplo. Notamos que o produtor não possuía nenhum tipo de apoio tecnológico para o manejo da produção, tendo que realizar o trabalho manualmente e contando apenas com a sua experiência”, relata o CEO.

Além disso, ele menciona que trata-se de uma produção que acontece a céu aberto, o que gera complicações. “O produtor fica exposto a uma série de perigos e possíveis acidentes, além de comprometer sua saúde, por vezes, já que o manejo acontece haja chuva ou sol”, expõe.

Devido à falta de recursos tecnológicos, o piscicultor não tem formas de saber se o manejo da água está correto e quando ocorrem problemas geralmente é tarde demais para ações corretivas para salvar os peixes. “Através do uso de sondas, sensores e micro controladores, nós, da Acqua Fish, oferecemos uma central de monitoramento, gerenciamento e automatização para a aquicultura, entregando dados e métricas antes não existentes sobre a água e os agentes externos que influenciam no processo produtivo”, resume Behling, acrescentando: “Esse é o problema que a Acqua Fish resolve”.

Conforme o CEO, é possível criar planos de produção, montar comparativos, melhorar a conversão alimentar, reduzir custos e automatizar o processo, reduzindo o esforço braçal.

 

ESPAÇO ÚNICO

A Acqua Fish, na visão da equipe, ocupa um lugar único no mercado. “Falta tecnologia de precisão nesse ramo e nenhuma solução existente atualmente entrega todos os recursos ofertados pelo nosso projeto”, frisa.

Behling lembra que o Paraná é o maior produtor de tilápias no Brasil, apresentando um crescimento de 18% em 2019; já o Brasil é o 4º maior produtor de tilápias do mundo. Por esses e outros fatores, ele acredita no crescimento do mercado.

 

IDEIAS INOVADORAS

Uma ideia como a dos empreendedores Behling e Manzke reflete a demanda por inovação e aperfeiçoamento dos processos produtivos hoje existentes. “As oportunidades estão em todos os lados, basta olhar com uma visão mais ampla e não se contentar com a fala: ‘se está dando certo, por que mudar?’”, considera o CEO da Acqua Fish.

As mudanças, segundo ele, devem partir das empresas. “Destaco o papel das cooperativas, que se mostram receptivas e dividem as suas necessidades de aperfeiçoamento. A partir de aberturas como essa, mais editais podem ser iniciados e mais pessoas podem participar. Com isso, geraremos uma cadeia produtiva vantajosa para todos os envolvidos, uma mentalidade mais empreendedora e um ambiente tecnologicamente mais desenvolvido, propiciando, assim, um habitat de inovação”, opina.

Na visão do rondonense, o termo startup em si resume sua contribuição para a sociedade. “É começar, fazer algo com o que você tem à disposição. É simples e sem complicações. É encontrar soluções e não dificuldades. É buscar se relacionar com pessoas que querem o seu crescimento e que contribuam com a ideia e com o projeto”, sintetiza, agradecendo o PTI, a Câmara Técnica de Inovação, o Iguaçu Valley, a I.PRO Gestão e Estratégia e o Isepe Rondon pelo apoio e ajuda prestados ao projeto.

 

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