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Marechal Planos de negócios

Projetos apresentados para incubação chamam atenção

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Presidente da Acimacar, Gerson Froehner: “Segundo os especialistas, as ideias deles (empreendedores rondonenses) são muito exequíveis, ou seja, têm um fundo de receita muito bom para serem colocadas em prática” (Fotos: O Presente)

 

Se um dia ter um núcleo do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) em Marechal Cândido era um sonho, hoje, além de realidade, ele é sinônimo de sucesso.

Conforme o presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), Gerson Jair Froehner, a vinda do PTI para o município foi um dos desafios do Núcleo de Informática da entidade e que estava em pauta desde 2012. “Quando descobrimos que eles (PTI) queriam ampliar os negócios, nós corremos atrás, e em 2015 a prefeitura também entendeu a proposta e fomos nos aproximando cada vez mais”, lembra.

Hoje, segundo Froehner, o sentimento é de felicidade pelo projeto ter dado certo. “O PTI é uma instituição muito importante para o município. Vemos ela como uma geradora de oportunidades e empreendimentos inovadores na nossa cidade”, salienta.

Ele chama a atenção para o fato de que a matriz do PTI, localizada na sede do parque, na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, tem uma veia tecnológica, enquanto que em Marechal se percebe um foco no agronegócio. “É importante esclarecer isso para a população, porque quando se fala em Parque Tecnológico de Itaipu, muitos associam apenas à área de tecnologia, como software, tecnologia da informação, equipamentos de informática, mas não é. Exemplo disso é que nesse ano o projeto vencedor tem a base voltada aos problemas da nossa região, pautada no agronegócio, que é a questão de aquecedores de aviários”, evidencia Froehner.

Com visão de negócio, os projetos apresentados na banca do PTI foram muitos elogiados pelos especialistas. “Eles se impressionaram com a qualidade dos empreendedores rondonenses. Segundo os especialistas, as ideias deles são muito exequíveis, ou seja, têm um fundo de receita muito bom para serem colocadas em prática”, declara.

Na opinião de Froehner, isso se deve ao fato de que no município muitos dos projetos foram feitos a partir de experiências. “As pessoas acreditaram no futuro do projeto e encubaram. Isso é o diferencial aqui. Os empreendedores têm visão negócios”, afirma.

 

Potencial

Instalado de forma temporária na Acimacar, o PTI oferta todo suporte e presta o auxílio necessário para que a ideia do empreendedor se transforme em um projeto competitivo no mercado. “No início a vinda foi tímida, mas agora eles perceberam o potencial da nossa cidade e estão vindo com uma estrutura muito maior. Por todo esse tempo a Acimacar continua acreditando no projeto e fazendo com que eles executem as ações dentro da entidade”, diz Froehner, acrescentando: “Nós acreditamos que esse tipo de empreendimento precisa acontecer no município. Estamos vislumbrando empresas que tragam dinheiro para a nossa cidade”.

Segundo ele, os especialistas afirmaram que os projetos, principalmente o vencedor, têm um potencial enorme para trazer muitos investimentos para Marechal Rondon. “Um dos avaliadores, de São Paulo, ficou encantado com a nossa região, principalmente com as pessoas da nossa cidade. Ele, inclusive, afirmou que pretende retornar no próximo ano à região para conhecer um pouco melhor e afirmou que vai empreender aqui. Ele é um investidor anjo, que aposta e investe em muitas empresas e disse que viu muitas oportunidades de investimentos na nossa região”, enaltece.

De acordo com o gestor, se realmente se realizar o potencial que os avaliadores disseram, essas empresas vão demandar mão de obra e, por consequência, geração de empregos. Quanto mais empresas e indústrias tiverem, mais comércio precisamos para manter as pessoas. “É uma reação em cadeia”, expõe Froehner. “Quando se pensa no desenvolvimento da cidade, não se pode pensar simplesmente se está abrindo um comércio. Isso é bom, mas precisa ter público, por isso precisamos gerar desenvolvimento através da indústria, principalmente agregando valor ao que produzimos aqui. Temos a cadeia do agronegócio muito forte na nossa região, por isso vejo oportunidades da universidade e empresas privadas, através do PTI, potencializar empreendimentos fantásticos para o município”, completa.

 

Essencial para o desenvolvimento

A unidade do PTI em Marechal Rondon é um braço forte para o desenvolvimento empresarial e tecnológico não só do município, mas também de toda a região Oeste, o que, na visão do secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Sergio Marcucci, culmina não apenas na incubação de empresas, como em investimentos na área de mobilidade urbana e eficiência energética. “A Itaipu é hoje um acelerador de crescimento da região Oeste, então ter aqui o primeiro ambiente fora do Parque Tecnológico é essencial para o desenvolvimento em diversas áreas”, opina.

O secretário garante que os investimentos serão fortes no município e as parcerias que estão projetadas para um futuro próximo são muito significativas. “Elas irão fazer realmente a diferença, principalmente na área de tecnologia e inovação”, diz.

Marcucci também lembra a importância de novas empresas estarem se desenvolvendo no município. “Cada dia em que se gera uma empresa que é direcionada à tecnologia e inovação está agregando valor de salário, por conta de ser algo que vem atrelado a esse conhecimento de área. Dessa forma, se tem um trabalho de geração de renda para o município com valor agregado”, declara, afirmando que esse é o tipo de empresa que se tem buscado para a região.

Por outro lado, o secretário destaca que no município rondonense muitos recursos estão guardados nas cadernetas de poupanças. “Nós queremos mostrar às pessoas que existem oportunidades de investir no município, por isso estamos criando o Ecossistema Municipal de Inovação. Têm muitas pessoas competentes que querem trabalhar, mas não têm dinheiro e, às vezes, têm pessoas com dinheiro parado e que poderiam investir, surgindo assim uma sociedade que viabilize o negócio”, comenta Marcucci.

Segundo ele, Marechal Rondon tem hoje em torno de R$ 300 milhões depositados em poupança, ou seja, praticamente R$ 6 mil por pessoa. “É preciso criar mecanismos para que essas pessoas despertem e decidam não deixar todo o dinheiro aplicado em poupança, mas usar parte desse dinheiro e investir em uma empresa que está começando, tornando-se um investidor e acelerador de crescimento”, pondera. O secretário ainda comenta que com as pessoas começando a enxergar no empreendedorismo e na inovação uma fonte de investimento, será agregado valor às empresas do município.

Conforme Marcucci, os resultados colhidos com a instalação do PTI no município estão sendo positivos. “A avaliação feita pelo PTI é muito técnica. São pessoas que lidam com isso no dia a dia, tanto com investimentos, seleção de empresas incubadas ou que trabalham diretamente com elas. Em suma, são pessoas que trabalham com um norral de milhões a serem investidos em empresas que demonstram potencial”, reconhece.

 

Tecnologia da informação

O secretário de Indústria, Comércio e Turismo ressalta o desenvolvimento de Marechal Rondon na área de Tecnologia da Informação. De acordo com ele, o município tem hoje mais de dez indústrias de tecnologia direcionadas a sistemas de gerenciamento. “São empresas que prestam serviço para o Brasil inteiro, e esse dinheiro vem para dentro do município, paga funcionários, e os proprietários e colaboradores investem novamente na cidade”, enaltece Marcucci.

Ele também enfatiza que grande parte dessas empresas de tecnologia são direcionadas à prestação de serviços. “Sendo prestação de serviços o imposto recolhido é direto no caixa do município. Não é como o ICMS que precisa ser dividido com o Governo Federal”, assinala.

Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Sergio Marcucci: “A Itaipu é hoje um acelerador de crescimento da região Oeste, então ter aqui o primeiro ambiente fora do Parque Tecnológico é essencial para o desenvolvimento em diversas áreas”

 

 

CRÉDITO

Fotos: O Presente

 

 

 

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