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Marechal Das 20 às 08 horas

Racionamento volta acontecer quatro vezes na semana a partir desta terça-feira

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(Foto: Divulgação/SAAE)

Mudaram as estações, mas na crise hídrica que assola Marechal Cândido Rondon e região pouca coisa mudou. As chuvas previstas para a primavera não irão garantir a normalização nos níveis de água, assim como já ocorreu no inverno, e o racionamento vai prosseguir no município.

Na tentativa de amenizar o problema, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) apostou na perfuração de poços como uma solução rápida para o abastecimento municipal e tem obtido resultados positivos.

Pouco mais de uma semana depois da perfuração do primeiro poço, em agosto, na Linha Guarani, ele foi interligado ao sistema, com capacidade de 55/60 mil litros/hora. “Também foi interligada uma vertente do Lago Municipal que fornece algo em torno de oito mil litros por hora, durante o dia todo”, informa o diretor-executivo da autarquia, Dieter Seyboth.

Segundo ele, a rapidez na interligação dos poços só foi possível porque o Saae não dependeu dos serviços da Companhia Paranaense de Energia (Copel). “Se precisássemos de apoio, levaria de 60 a 90 dias para levar energia elétrica, mas como tínhamos gerador, na semana seguinte o poço na Linha Guarani já estava no sistema”, enaltece.

Diretor-executivo do Saae, Dieter Seyboth: “A Estação de Tratamento (Eta) emergencial no Arroio Fundo teria a capacidade de 30 litros por segundo, o que significa cerca de 100 metros cúbicos por hora, com captação durante 24 horas” (Foto: O Presente)

 

RACIONAMENTO

Mesmo não solucionando o abastecimento de água em Marechal Rondon, visto que o consumo excede a produção, esses acréscimos ao sistema hídrico local deram fôlego ao racionamento. “Nós reduzimos um pouco e estamos alimentando a rede um pouco mais cedo do que o previsto. Ao invés de terminar o racionamento às 08 horas, estamos ligando às 04 horas”, expõe.

Além disso, a partir desta terça-feira (29), o racionamento, que atualmente está sendo realizado em seis dias na semana, será reduzido para quatro. A região 1 (parte do centro e os bairros Boa Vista, Vila Gaúcha, Ana Paula e parte do São Lucas) terá racionamento nas segundas e sextas-feiras; já a região 2 (bairros Alvorada, Espigão, Líder, Marechal, parte do Botafogo, parte do centro, parte do Higienópolis, parte do São Lucas, Primavera, São Francisco e Universitário) nas quintas-feiras e sábados. Em ambas as regiões, a interrupção no abastecimento acontecerá às 20 horas e a retomada às 08 horas do dia seguinte.

 

NOVOS POÇOS

Seyboth menciona que o Saae pretende perfurar mais cinco poços. “A abertura do processo licitatório dar-se-á no dia 1º de outubro. Há cinco dias de margem para que empresas que se sentirem prejudicadas possam efetuar o recurso. A perfuração deve acontecer por volta dos dias 06 ou 07 do próximo mês, levando de dois a três dias de perfuração”, comenta.

De acordo com o diretor-executivo, duas empresas particulares de Marechal Rondon estavam perfurando poços para abastecimento, sendo que uma delas teve duas tentativas fracassadas e a outra conseguiu êxito em três perfurações. “É sempre uma loteria, às vezes encontra. Optamos por lugares de perfuração com fácil acesso, principalmente de eletricidade, e que têm adutoras próximas para que possamos alimentar a rede diretamente”, salienta.

 

ETA

Caso as novas perfurações não surtam resultado positivo, uma pequena Estação de Tratamento (ETA) emergencial será trabalhada no Arroio Fundo. “Teria capacidade de 30 litros por segundo, o que significa cerca de 100 metros cúbicos por hora, com captação durante 24 horas. Com isso, poderíamos suprir por um bom período a questão da água. Caso se faça necessária, ela deve estar pronta para a época do verão”, projeta Seyboth, acrescentando: “O outro projeto em andamento é maior e terá capacidade de 150 litros por segundo, durando mais de 20 anos. Essa é uma emergencial”.

Essa opção, reforça o diretor-executivo do Saae, será trabalhada caso os poços não sejam exitosos. “Os poços estão diminuindo a capacidade de produção, o que nos preocupa. Por isso, há a intenção de instalar essa ETA”, ressalta.

 

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