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Recolha do lixo reciclável volta a gerar reclamação em Marechal Rondon

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A coleta do lixo bom continua gerando reclamações em Marechal Cândido Rondon. Isso porque em muitas localidades da cidade sacolas contendo resíduos recicláveis se acumulam em frente a residências, empresas e até edifícios.

O síndico do Edifício Vale do Reno, Wilmar Güttges, reconhece a importância das duas associações de catadores que trabalham no recolhimento do reciclável no município, seja para gerar postos de trabalho, manter a cidade em dia e despertar nos cidadãos a consciência de separar orgânico e reciclável. No entanto, ele lamenta que o edifício localizado na Rua Mato Grosso, 888, centro rondonense, por vezes fique semanas sem que haja o recolhimento do reciclável. “Inicialmente a Cooperagir recolhia na terça-feira, mas como são 15 apartamentos com moradores pedi para aumentar o número de dias, então o pessoal vinha recolhendo nas terças e quintas-feiras, mas às vezes passam algumas semanas sem coleta. É um problema que se arrasta há muito tempo”, menciona.

De acordo com o síndico, os moradores do edifício são conscientes da importância de reciclar, prova disso que foram preparadas lixeiras com local apropriado para depositar lixo orgânico e reciclável. “Das quatro vagas, duas são para o lixo reciclável. Nós temos recipiente para vidro, evitando que as pessoas se machuquem, mas o recipiente é levado embora e não retorna, então cada vez precisamos comprar outro galão para colocar o vidro. Além disso, o pessoal não leva todo lixo, pois sempre fica algo dentro”, ressalta.

Ele comenta que as tampas das lixeiras já estragaram devido ao acúmulo de reciclável. “Às vezes os catadores noturnos passam, abrem pacotes e recolhem o que é do interesse deles, porém depois jogam o resto na rua, portanto se torna grande dificuldade para quem tem boa vontade de colaborar com a Cooperagir. Entendo que nós devemos contribuir para este projeto continuar, todavia a recolha precisa melhorar”, enaltece.

COLETA

No município, o lixo bom é coletado pela Cooperativa de Agentes Ambientais de Marechal Cândido Rondon (Cooperagir), que conta com 45 pessoas entre recolha e usina, e desde maio a Associação de Catadores Amigos da Natureza (Acan), que hoje reúne 16 pessoas, também desenvolve o trabalho. Com duas entidades à frente, a coleta foi distribuída na sede.

A presidente da Acan, Josiane Oliveira, entende que as pessoas estão mais conscientes em relação à reciclagem. “Hoje as pessoas estão separando um pouco mais o lixo orgânico do reciclável, mas acho que isso pode melhorar com o tempo”, expõe. Josiane diz que às vezes ocorrem reclamações, mas que têm sido poucas porque o grupo procura manter em dia o recolhimento.

Na segunda-feira a coleta é feita no Higienópolis, Augusto e Barcelona; terça no Primavera e São Matheus; quarta no São Francisco; quinta no Recanto Feliz e Botafogo; sexta no Higienópolis e Ana Neusa. Neste feriado de Natal e Ano Novo, respectivamente nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, a Acan não atenderá, portanto a escala será jogada um dia à frente. Na segunda permanece normal e o local marcado para terça terá recolhimento na quarta, e assim sucessivamente até sábado.

A auxiliar-administrativa da Cooperagir, Rosilene Costa, lembra que praticamente todo dia existe alguma reclamação no tocante à coleta do reciclável, mas avisa que diminuiu de algum tempo para cá. “Eventualmente passamos por problemas como falta de pessoal ou no caminhão, além de alguma falha que pode acontecer. Nós orientamos as pessoas a observarem os locais e fazerem a coleta da maneira certa e nesses casos de reclamações buscamos uma solução”, salienta.

A recolha da Cooperagir é feita no Boa Vista na segunda-feira; terça e sexta na parte central Leste da Avenida Maripá até a Avenida Írio Jacob Welp e da Avenida Rio Grande do Sul até a Rua Maranhão; quarta na Avenida das Torres (Expedicionário Otto Grings), Universitário, Flórida, Bem-te-vi, Beija-Flor e Ana Paula; quinta no Botafogo, BNH, Frankfurt, Alvorada e Natacha; sexta na Vila Gaúcha e arredores; e diariamente no centro.

BUSCAR SOLUÇÃO

O engenheiro ambiental da Secretaria Municipal de Agricultura e Política Ambiental, Marcos Chaves, avalia que em se tratando de lixo orgânico ficou fácil verificar questões em relação a problemas de recolha. “As eventuais reclamações são resolvidas rapidamente e um dos fatores que contribuem é a maior periodicidade da coleta do orgânico. Já o reciclável tem frequência de recolhimento uma vez por semana nos bairros, então se acontecer algo como o caminhão quebrar ou evento climático, por vezes acaba atrasando uma semana”, comenta.

Chaves lembra que no caso do orgânico, além de melhorar o serviço, foi possível economizar recurso. “No reciclável há outro ponto a ser considerado, porque a reciclagem é de responsabilidade dos catadores. Mas isso também é positivo, inclusive porque recentemente fomos premiados pelo Ministério do Trabalho e Emprego por gerar renda a pessoas carentes”, frisa.

A Cooperagir está formalizada há vários anos e o contrato foi melhorando ao longo do tempo, incluindo o item produtividade, portanto quanto mais coletar, além da venda o catador recebe um pouco mais por prestar o serviço. “A segunda entidade, Acan, está sendo formalizada, sendo esse um procedimento que não é tão simples e devemos comprovar que não possui fins lucrativos. Há interesse público em manter, mas existe dificuldade em encontrar área adequada, pois hoje o local não é o ideal. Estamos encaminhando todos os trâmites para alocar a Acan em um ponto adequado para que os trabalhadores continuem fazendo a coleta”, relata.

RECLAMAÇÕES

Sobre problemas na recolha do lixo reciclável, o engenheiro ambiental pede para que as pessoas liguem na entidade responsável por esse serviço na localidade onde residem, através do (45) 3254-0961 na Cooperagir ou 99823-4425 com Josiane da Acan. No caso do lixo orgânico, o cidadão deve ligar na Inova, no número 3254-7187. Também existe o Ecoponto para levar materiais maiores, que tem como telefone o 3284-3006. Reclamações quanto à coleta também podem ser feitas pelo telefone 3284-8847, da Secretaria de Agricultura.

“Sugerimos ligar na prefeitura para conversarmos com o morador porque algumas vezes se trata de um caso isolado, ou pode ser em um bairro onde ocorre algo mais sério e para nós enquanto prefeitura é preciso saber para notificar. Mantemos bom contato com as associações, mas repassamos à ligação direta, pois geralmente no caso de empresa os responsáveis pedem para recolher quantidades maiores. Em relação aos moradores, lembramos de estarem atentos sobre o dia do recolhimento”, orienta, emendando: “início do ano vamos distribuir panfletos com imã de geladeira para as pessoas guardarem o dia do recolhimento, além de sacos específicos para estimular o hábito de separar o lixo reciclável”.

 

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