Fale com a gente

Marechal Segurança pública

Registros de roubo e furto diminuem no primeiro bimestre de 2021

Publicado

em

Se comparado ao mesmo período de 2020, ocorrências de furto caíram 31% e de roubos 15%. Em ambos os crimes, o principal alvo continua sendo veículos (Foto: Joni Lang/OP)

No primeiro bimestre de 2021, Marechal Cândido Rondon teve uma diminuição de 31% no índice de furtos e de 15% no total de ocorrências de roubo, se comparado ao mesmo período de 2020, conforme dados da Polícia Militar (PM).

O comandante da 2ª Companhia da PM de Marechal Rondon, tenente Daniel Aguiar Zambon, diz que as forças policiais têm a longa data percebido um alto índice nos casos de furto no município rondonense. Desde então, estratégias de combate foram mobilizadas e, agora, a população tem índices cada vez menores desse tipo de crime.

 

QUEDA CONSIDERÁVEL NOS FURTOS

Ao todo, foram registradas 41 ocorrências de furto, sendo 25 em janeiro e 16 em fevereiro, enquanto em 2020 foram registrados 60 casos do tipo (27 em janeiro e 33 em fevereiro). De acordo com Zambon, as forças policiais têm detectado há bastante tempo uma tendência nos crimes de furto no município.

“Tivemos uma queda considerável nos furtos nesses dois primeiros meses de 2021 se comparado a meses anteriores”, pontua ele. Apenas em dezembro de 2020, por exemplo, houve registro de 41 ocorrências de furto, o mesmo que o total deste primeiro bimestre. “Viemos desde o ano passado fazendo um trabalho forte para a redução desse tipo de crime e observamos uma grande redução”, destaca.

Comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar (PM) de Marechal Rondon, tenente Daniel Aguiar Zambon: “As pessoas podem responder pelo crime de receptação. Não sejam coniventes achando que vão levar vantagem. Além da moral, a implicação criminal pode chegar a todos” (Foto: Joni Lang/OP)

 

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

O furto acontece, reforça Zambon, quando objetos são subtraídos sem que a vítima perceba. “Aqui na cidade constatamos muitos casos em que a pessoa sai para trabalhar e o elemento entra na residência e subtrai alguns pertences. Outra situação é quando não há presença de pessoas em localidades comerciais, clubes e afins e os criminosos entram e subtraem bens de valor”, exemplifica.

Segundo ele, com a pauta do distanciamento social em tona, houve uma mudança no comportamento das pessoas em seu cotidiano. “Muitos munícipes ficam mais em suas residências, há menos fluxo de pessoas nas ruas, o que facilita tanto a ação policial quanto o cuidado com patrimônio”, ressalta.

 

AMBIENTES MAIS FÁCEIS

Nos casos de furto, quando não há contato com a vítima, é perceptível, na avaliação do comandante, uma preferência por ambientes mais fáceis para cometer o crime. “Locais que não são bem trancados, sem grades, câmeras de segurança ou alarmes são os prediletos para o criminoso”, considera.

Uma arma na prevenção deste crime é a dedicação na segurança do patrimônio, indica Zambon. “Sabemos que há um custo, mas sempre que possível faça esse investimento, seja com grades ou sistema de alarme e videomonitoramento. Serve para prevenção ou resposta caso o crime ocorra”, expõe.

 

REINCIDÊNCIA

De acordo com o policial, a reincidência é alta nos casos de furto. “Prendemos muitas vezes os mesmos autores. São flagrados e conduzidos à autoridade policial para a confecção do devido processo, mas a nossa legislação prevê que essas pessoas sejam soltas em um curto espaço de tempo”, menciona.

Além da pena pequena, na opinião do comandante, a reintegração não acontece com frequência. “Há dificuldades no nosso sistema prisional que não facilitam a ressocialização e os elementos acabam voltando a cometer os mesmos delitos. Novamente, a polícia se depara com pessoas conhecidas nesse ramo do crime”, reconhece.

 

ESTABILIDADE NAS OCORRÊNCIAS DE ROUBO

No que diz respeito às ocorrências de roubo, quando há contato com a vítima, seja por violência ou ameaça, houve uma redução de 15% neste primeiro bimestre, se comparado ao mesmo período de 2020, o que, na prática, representa uma pequena diminuição.

A PM atendeu a quatro situações de roubo em janeiro e 13 em fevereiro, totalizando 17 ocorrências; em comparação, 20 ocorrências foram registradas no ano passado (12 em janeiro e oito em fevereiro). “Percebemos uma inversão, em 2020 tivemos mais roubos em janeiro e em 2021 foi maior em fevereiro. Em números totais, tivemos três ocorrências a menos detectadas pela Polícia Militar no primeiro bimestre de 2020 se comparado a 2021”, cita.

“Observamos que houve uma estabilidade no índice de roubos em comparação aos números anteriores. Trabalhamos para buscar o número zero de ocorrência, o que seria o cenário ideal, mas infelizmente tivemos a autuação de quadrilhas que fizeram vítimas em Marechal Rondon”, pontua o comandante.

 

SEMELHANÇAS

De acordo com o comandante, os criminosos têm alguns lugares “preferidos” quando se fala em roubos. “Acontecem muitos roubos a residências com o objetivo de subtrair veículos e, além disso, tivemos a incidência de roubos na região de comércio rondonense neste primeiro bimestre”, revela.

Zambon destaca que os roubos acontecem em virtude da incidência de grupos criminosos na região. “Muitas vezes o mesmo elemento comete esse crime contra vítimas diversas até que a polícia consiga êxito em capturá-los, seja em flagrante ou por meio de investigação da Polícia Civil”, menciona ele, explicando que se percebe uma diminuição nos casos quando os elementos são retirados.

 

“RENDA” PARA CRIMINOSOS

Os objetos roubados e furtados em Marechal Rondon servem para que os criminosos gerem dinheiro, aponta o comandante. “Os itens são colocados no mercado novamente por meio da revenda de usados, de forma clandestina. Lembramos às pessoas que, ao se depararem com situações em que não há procedência do produto ou valores abaixo do mercado, desconfiem e informem a PM para que se quebre o ciclo e evite que os criminosos obtenham dinheiro através desse tipo de crime”, reforça, indicando que a polícia possui o 190 como telefone de emergência e o 181 como disque-denúncia, podendo ser de forma anônima.

Comprar os produtos ilícitos, ressalta Zambon, também é crime. “As pessoas podem responder pelo crime de receptação. Não sejam coniventes achando que vão levar vantagem. Além da moral, a implicação criminal pode chegar a todos”, alerta.

 

REGIÃO PROPÍCIA

Por ser localizada no extremo Oeste do Paraná, fazendo divisa com o Paraguai, o comandante ressalta que algumas ações ilícitas são mais ocorrentes. “Nossa região é propícia para determinados tipos de crime, como a subtração de veículos, tanto roubos quanto furtos. Os automóveis levados daqui são usados no contrabando, descaminho ou tráfico de drogas, além de serem levados para o país vizinho para comercialização”, destaca.

Tratando-se apenas de roubos e furtos de veículos em Marechal Rondon, a PM registrou sete ocorrências no primeiro bimestre de 2021, uma a mais que o mesmo período em 2020. Se comparado com os dois primeiros meses de 2018 e 2019 (13 registros em ambos os períodos), por outro lado, o primeiro bimestre deste ano registrou uma diminuição de 46%.

(Arte: O Presente)

 

O Presente

Clique aqui e participe do nosso grupo no WhatsApp

Copyright © 2017 O Presente