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Marechal Não à desinformação, sim às vacinas

Rotarys de Marechal Rondon abraçam campanha #InformaçãoSalvaVidas

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Representantes dos Rotarys Clubes de Marechal Rondon em visita ao Jornal O Presente para divulgação da campanha #InformaçãoSalvaVidas (Foto: O Presente)

Com a vacinação contra a Covid-19 avançando dia após dia, percebe-se que as informações têm capacidade de salvar vidas tanto quanto o imunizante. Isso porque, se bem-informada, a população confia e busca a imunização; se mal informada, ignora a vacina e contribui para a postergação do esperado novo normal pós-pandemia.

Do mesmo modo que as vacinas contra o coronavírus são estigmatizadas e, consequentemente, não procuradas por alguns, a demanda por outros imunizantes também diminuiu, o que corrobora ao surgimento de doenças evitáveis e, ainda mais grave, ao surgimento de males praticamente extinguidos, como o sarampo.

Com olhos atentos à crescente desconfiança das pessoas diante das vacinas, tanto as já conhecidas quanto àquelas formuladas para barrar a pandemia, o Rotary reuniu clubes de todo o Brasil em prol da campanha #InformaçãoSalvaVidas como um apelo à importância da imunização. Para divulgar a iniciativa, integrantes dos Rotarys Clubes de Marechal Cândido Rondon visitaram o Jornal O Presente.

Estiveram presentes no encontro a presidente do Rotary Clube Guarani, Justina Metzner (Tina); a presidente do Rotary Clube Marechal Rondon, Leide Meinerz; a governadora assistente do Distrito 4640, companheira do Rotary Clube Marechal Rondon Grasielly von Borstel; o presidente do Rotary Clube Beira Lago, Martinho Raupp; e a presidente do Rotary Clube 25 de Julho, Aline Marki.

 

DIMINUIÇÃO NA PROCURA

A campanha #InformaçãoSalvaVidas tem como intuito conscientizar as pessoas quanto à vacinação de modo geral. “Não é exclusivamente sobre a Covid-19, é uma ação a respeito de todas as vacinas. Governos perceberam uma redução generalizada na procura por imunização. Mães e pais não estão levando as crianças para se vacinar. Do mesmo modo, muitos adultos também não estão indo”, lamenta Tina, enfatizando que “as vacinas fazem o bem”.

Presidente do Rotary Clube Guarani, Justina Metzner (Tina): “Não é exclusivamente sobre Covid-19, é uma ação a respeito de todas as vacinas. Mães e pais não estão levando as crianças para se vacinar. Do mesmo modo, muitos adultos também não estão indo” (Foto: O Presente)

 

ONDA DE DESINFORMAÇÃO

A governadora assistente do Distrito 4640 diz que o objetivo é combater a desinformação, uma vez que, segundo ela, isso afasta as pessoas da vacinação. “O Rotary verificou nas comunidades que participa a não adesão às vacinas, porque as pessoas estão desinformadas. A vacina é uma forma de proteger a vida e o ser humano. Vestimos a camisa da informação e vamos agir na comunidade”, enfatiza.

Ela pontua que muitos daqueles que não se vacinam usam boatos e informações incorretas como justificativa. “Acham que vai causar tal mal, porque escutaram alguém falar que teve um problema”, exemplifica.

As redes sociais, considera Raupp, são responsáveis por grande parte das fake news que rondam a imunização. “A tecnologia traz informações corretas, mas também espalha boatos que fazem as pessoas terem medo. Às vezes, o volume de informação inadequada é muito maior do que o de informação verdadeira”, compara, acrescentando que, com o rápido compartilhamento, em um piscar de olhos o dado errôneo é propagado entre os usuários.

Governadora assistente do Distrito 4640, Grasielly von Borstel: “A vacina é uma forma de proteger a vida e o ser humano. Vestimos a camisa da informação e vamos agir na comunidade” (Foto: O Presente)

 

VACINAS APROVADAS

Uma das dúvidas daqueles que optam por não se vacinar contra a Covid-19, especialmente, é o curto período entre produção e aprovação dos imunizantes. “Foram imunizantes emergenciais e, ainda assim, as pessoas alegam que a vacina precisa de vários anos antes da aprovação”, relata Leide.

Grasielly endossa as palavras da presidente do Rotary Clube Marechal Rondon e afirma que a tecnologia atual possibilita a rapidez nos processos neste tipo de eventualidade. “Os países colocaram as melhores equipes nesse esforço coletivo e um amplo investimento foi canalizado, pois entendeu-se quantas vidas poderiam se perder e, de fato, se perderam até que a vacina fosse distribuída à população, ainda que mais rapidamente que o convencional”, salienta. Outro ponto a ser considerado quanto à rapidez com que se produziu a vacina anti-Covid é a igual velocidade com que o coronavírus se propagou mundo afora, argumenta ela.

Presidente do Rotary Clube Marechal Rondon, Leide Meinerz: “Trabalharemos em nossas mídias sociais para divulgar essa informação, além de marcar presença em eventos com banners da campanha. A conscientização começa nas pessoas do nosso próprio clube” (Foto: O Presente)

 

EFEITOS COLATERAIS

De acordo com Leide, os efeitos colaterais que por vezes surgem após a imunização amedrontam algumas pessoas. “São sintomas normais e significam que o organismo está criando suas defesas a partir daquela vacina. Ao mesmo tempo, não ter reação não significa a ineficácia do imunobiológico, visto que cada um reage à sua maneira”, evidencia.

Os relatos de reação a vacina, por vezes até “aumentados”, são responsáveis em alguns casos por pessoas que não procuram a dose de reforço, acrescenta Tina.

 

CUIDADOS CONTINUAM

A vacina contra a Covid-19, expõe Grasielly, não impede totalmente a contaminação, mas reduz os efeitos graves da doença. “A preocupação também é sobre a continuidade dos cuidados, mesmo quando já se está vacinado”, pontua.

A presidente do Rotary Guarani destaca a mudança do perfil dos pacientes agravados como uma comprovação da eficácia das vacinas. “Os casos mais graves, que infelizmente estão indo a óbito, são de pessoas mais jovens, atualmente, posto que os idosos já completaram o esquema vacinal”, pondera.

Cabe a cada um refletir que, instiga a presidente do Rotary Marechal Rondon, “se há reação com uma simples vacina, a doença tem potencial para ser ainda pior”. “Só passaremos pela pandemia quando tivermos um bom número de pessoas vacinadas”, projeta.

 

CONSCIENTIZAÇÃO

O presidente do Rotary Beira Lago comenta que, em âmbito mundial, foram investidos US$ 36 milhões em campanhas em prol da vacinação no ano rotário que se encerrou. “No Brasil, os distritos receberam US$ 625 mil da fundação para investir em ações do tipo. Os próprios distritos usaram verbas próprias de US$ 500 mil nos projetos”, mensura.

Para a campanha #InformaçãoSalvaVidas, o foco é a conscientização por meio do combate à desinformação. “O Rotary é uma instituição respeitada e ao abraçar essa bandeira é como se estivesse atestando que a vacina faz bem. Essa foi uma das motivações para que levássemos essa ideia”, ressalta a presidente do Rotary Guarani.

Presidente do Rotary Clube Beira Lago, Martinho Raupp: “Quando se indica um produto a um amigo, ele se sente mais seguro para comprar. É a mesma coisa com a imagem de alguém próximo se vacinando. Vale a pena incentivar” (Foto: O Presente)

 

MOBILIZAÇÃO NAS MÍDIAS

A campanha #InformaçãoSalvaVidas será propagada através de uma forte ação nas redes sociais, aponta Leide. “Trabalharemos em nossas mídias sociais para divulgar essa informação, além de marcar presença em eventos com banners da campanha. A conscientização começa nas pessoas do nosso próprio clube”, afirma.

Raupp diz que um material de mídia padronizado será distribuído. “O Rotary tem uma estrutura de imagem pública bastante abrangente”, enaltece.

O objetivo, reforçam os líderes rotarianos, é que a campanha erradique a desinformação e leve mais pessoas aos postos de vacinação, pois, destacam eles, só assim o coronavírus deixará de representar uma pandemia e se tornará um vírus corriqueiro.

Presidente do Rotary Clube 25 de Julho, Aline Marki: “O objetivo é que a campanha erradique a desinformação e leve mais pessoas aos postos de vacinação” (Foto: O Presente)

 

CONFIANÇA

Aqueles que são partidários da mesma ideia têm também em suas redes sociais um instrumento de divulgação da vacina. “As pessoas postam fotos para mostrar que estão imunizadas e, com isso, chamam outros a se vacinarem, transmitem confiança”, salienta a presidente do Rotary Marechal Rondon.

A postagem nas mídias funciona tal qual a indicação de um produto, compara o presidente do Rotary Beira Lago. “Quando se indica um produto a um amigo, ele se sente mais seguro para comprar. É a mesma coisa com a imagem de alguém próximo se vacinando”, observa ele, e Tina acrescenta: “Influencers e pessoas famosas têm esse mesmo impacto positivo”.

 

HISTÓRICO DE ERRADICAÇÃO

O Rotary encampa campanhas de vacinação contra a poliomielite no Brasil, doença hoje erradicada. O último caso de pólio foi registrado em 1989 e, por isso, o país possui o Certificado de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, concedida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“O Rotary patrocina as vacinas de poliomielite em nível mundial. A Covid-19 é tão séria quanto e nossa bandeira agora é essa, informar a população e divulgar a vacinação”, enfatiza Grasielly.

 

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