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Ventiladores viram campeões de vendas no verão da crise

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Consumidor deixa de lado o ar-condicionado e investe em artigos mais baratos para driblar o calor

As altas temperaturas registradas desde o início do ano superaram a crise, e os consumidores estão abrindo mão de economizar para investir em maior comodidade no verão. Pelo menos é o que afirmam lojistas de Marechal Cândido Rondon do segmento de ar-condicionado e ventiladores, que estimam, em média, que as vendas destes produtos cresçam em torno de 30% até o fim de fevereiro, em relação aos dois primeiros meses do ano passado.

Porém, nessa corrida para amenizar o calor e ganhar mais conforto e comodidade, o consumidor está optando em trocar o ar-condicionado pelos ventiladores, que, além de mais baratos, consomem menos energia, reduzindo o impacto no orçamento doméstico e evitando aquela conta de luz salgada no fim do mês.

Conforme a gerente da Lojas Colombo, Jaqueline Krampe, foi percebida uma pequena queda na procura por ar-condicionado e um aumento na venda de ventiladores. Segundo ela, a palavra de ordem no momento da escolha do item é economia. Os ventiladores estão sendo mais procurados por conta da economia de energia e do valor do produto, contudo os consumidores que estão à procura de um ar-condicionado também optam pelo preço mais acessível na hora da compra, conta.

Em meio a tantos modelos diferentes de aparelhos de climatização, o indicado é sempre pesquisar aquele que mais atende a necessidade e as condições financeiras do momento. No segmento de ar-condicionado vemos que houve uma demanda maior por aqueles que possuem a tecnologia inverter, ou seja, são mais econômicos, visto que podem gerar uma economia de até 40% de energia se comparado aos demais modelos, declara Jaqueline.

Diante desse cenário, os lojistas estão confiantes de que as vendas irão aumentar nas próximas semanas, ou enquanto a temperatura se mantiver elevada. Devido ao calor forte que estamos enfrentando desde o mês de novembro, esperamos, pelo menos, um aumento de 30% nas vendas, reforça.

A procura diária por esses itens oscila muito, diz a gerente. De acordo com ela, sempre próximo aos fins de semana há uma procura maior. Normalmente vendemos de dez a 12 ventiladores por dia, entretanto, com essa expectativa de aumento na procura por itens de refrigeração, esperamos que esse número aumente para 18 a 20 ventiladores, menciona.

Na loja, os ventiladores mais vendidos estão na faixa de R$ 69 a R$ 99. Tem ventiladores de até de R$ 259, que contam com uma tecnologia melhor, todavia os mais procurados são os intermediários e com preços acessíveis, destaca.

Em busca de um maior bem-estar nesse calor, outros itens também estão sendo procurados pelos consumidores: os climatizadores de ar. Conforme os lojistas, a procura por esse aparelho é maior do que pelo ar-condicionado, porém menor se comparado aos ventiladores.

 

 

ECONOMIA X COMODIDADE

As pessoas chegam procurando os ventiladores porque não estão dispostas a pagar um valor mais alto em um ar-condicionado, comenta o gerente da Romera, Ivo Pascoal Stefanel. Segundo ele, a demanda por ventiladores está sendo tão grande que foi necessário reforçar o estoque. Comparado à venda de novembro e dezembro, tivemos um aumento de 30% a 50% na venda de ventiladores em janeiro. Diariamente estamos com uma média de 20 a 50 aparelhos vendidos, declara.

De acordo com o gerente, a expectativa que a procura por esses itens aumente é reforçada se for levado em consideração que o calor mais forte ainda está por vir.

 

O Presente

Procura por ventiladores está em alta. Estimativa é de as vendas deste produto cresçam em torno de 30% até o fim de fevereiro, em relação aos dois primeiros meses do ano passado

 

PROMOÇÕES

Como forma de atrair os clientes e impulsionar as vendas, os lojistas estão apostando em promoções e formas facilitadas de pagamento. Quase toda a linha de ventiladores está em promoção e, além disso, o crediário em prazo curto e pagamentos à vista são as formas de pagamento mais usadas pelos clientes, revela Stefanel.

 

PRODUÇÃO

Para atender à demanda, as lojas reforçaram o estoque de produtos. Já fizemos a reposição de estoque antecipadamente porque agora, como é início de ano, as maiorias das indústrias param, e não é possível repor, menciona o gerente da loja Cercar, José Aluísio Gotz.

Ele atribuiu a queda nas vendas de ar-condicionado à alta do dólar, que impactou todos os setores da economia. Essa oscilação impactou no preço da importação do produto e isso gera uma grande diferença nos valores de venda desses itens, principalmente os ares-condicionados, que são todos importados, expõe.

 

CONTA DE LUZ

Além da economia na hora da compra, para evitar gastar mais do o que previsto outro ponto analisado criteriosamente pelo consumidor é a quantidade de energia consumida. Isso porque a preocupação é grande em relação à fatura de energia no fim do mês.

O gerente da Copel de Marechal Cândido Rondon, Hélio Dalgallo, explica que o consumo de energia de um determinado aparelho sempre irá variar de acordo com a sua potência e tempo de uso.

Com base nisso, foi feita uma simulação de quanto gastaria um ventilador simples, de 120 watts, durante uma noite (considerando o horário da meia-noite às sete horas da manhã), comparado a um ar-condicionado padrão, de nove mil btus, ligado durante o mesmo período somente em um cômodo da residência, no caso, o quarto.

O resultado é que o ventilador ligado durante o período de sete horas consumiria aproximadamente 25 KWh/mês, o que representaria em torno de

R$ 16,26 na conta de luz. O ar-condicionado, por sua vez, consumiria 120 KWh/mês, ou, R$ 135,54.

A simulação é com base no simulador de consumo de energia disponível no site da Copel.

 

DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA

Falando em calor e economia de energia, seguem algumas dicas que podem lhe ajudar a ter uma conta de luz mais enxuta no fim do mês.

Lâmpadas: Em geral, a fluorescente compacta é quatro vezes mais econômica e dura de oito a dez vezes mais do que a incandescente, que você talvez ainda esteja usando em casa (fique atento: no mercado, as incandescentes com potência de 41 até 60W não podem mais ser vendidas desde julho de 2016). Em um ano, somente trocando as incandescentes por fluorescentes compactas equivalentes a economia é de cerca de R$ 145,10 (já incluindo o gasto com as lâmpadas novas, em um apartamento de dois quartos). Considere também substituição por lâmpadas LED, que os fabricantes indicam durar 25 mil horas ou mais.

Geladeiras: São classificadas quanto à eficiência energética. Um refrigerador frost-free pode economizar mais de R$ 180 por ano. Em cinco anos, a economia é de quase R$ 1 mil, praticamente o valor de uma geladeira nova.

Televisores: A etiquetagem refere-se ao consumo em modo espera (stand-by). Um televisor ligado na tomada, em modo espera, pode gastar até R$ 2 por mês. Se somarmos todos os aparelhos de TV da casa, além do forno de micro-ondas e outros que ficam ligados direto na tomada e que possuem lâmpada em modo de espera (stand-by), a conta de energia pode aumentar até R$ 2 por aparelho. Por isso, desligue-os da tomada quando não for usar.

Condicionadores de ar: Para iniciar o uso, feche as portas do ambiente, ligue no máximo e espere refrigerar. Depois, pode-se diminuir a intensidade de refrigeração para manter a temperatura confortável. É importante não deixar as portas abertas. E, caso ninguém esteja usando o ambiente, desligue o aparelho.

Chuveiros elétricos: Esta etiquetagem é diferente, pois, em vez da eficiência energética, o Inmetro classifica a potência do aparelho. A diferença de um chuveiro B (menos potente disponível hoje no mercado) para um G (mais potente) pode variar entre R$ 9 e R$ 12 por pessoa por mês, em média (estimando-se banhos de oito minutos). Tomando-se como exemplo uma família de quatro pessoas, seria possível uma economia mensal de até R$ 48/mês (R$ 576/ano).

Para chuveiros, são duas as principais dicas:

– Compre o produto mais adequado a sua localidade: se você mora em uma região quente do país, um chuveiro A, B ou C é suficiente para aquecer a água a uma temperatura confortável. Se você mora em uma região mais fria, chuveiros E, F e G, em tese, seriam mais adequados.

– Em dias mais quentes, use o chuveiro no modo verão ou potência mínima. Um chuveiro classificado como D, bastante comum em uma cidade como o Rio de Janeiro, consome em média 23kWh/mês. Multiplicando pela tarifa média no Brasil (R$ 0,70 o kWh), o gasto aproximado é de R$ 16 por pessoa, em cada mês. Uma família que utiliza o aparelho na posição verão gasta a metade deste valor.

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