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Marechal Perigo

Calor intenso acende alerta para o aparecimento de cobras; Cascavel é avistada em estrada rural. Veja vídeo e fotos

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Sérgio Mokfa cruzou com uma cascavel durante sua pedalada hoje (26) pela manhã no interior de Terra Roxa (Foto: Sérgio Mokfa)

 

Sempre que pode, o rondonense Sérgio Mokfa faz uma pausa nas atividades profissionais e tira um tempo para praticar sua atividade física favorita: pedalar de bike pelas estradas da região. E na manhã desta quarta-feira (26) não foi diferente. Só que hoje um fato curioso no percurso chamou sua atenção. Em Santa Rita, distrito de Terra Roxa, entre 09 e 10 horas, uma cobra cascavel cruzou o caminho de Sérgio.

A cascavel, de porte médio a grande, estava atravessando uma estrada rural no mesmo momento em que o rondonense pedalava pelo local.

Em média, Mokfa diz que durante suas pedaladas pela microrregião rondonense já encontrou cerca de dez cobras. “É comum encontrar cobras que cruzam o caminho da gente, ainda mais nesta época do ano, que faz bastante calor, o que contribui para o aparecimento delas”, comenta.

Admirador de animais, Mokfa gosta de registrá-los, como fez hoje pela manhã (veja as fotos e o vídeo abaixo). Contudo, ele diz que sempre toma muito cuidado e mantém uma distância segura.

 

 

Casos de aparecimento de animais peçonhentos tornam-se mais comuns com a chegada do calor. As cobras são animais de sangue frio e necessitam do calor do sol para se aquecer e fazer a troca de pele. Normalmente elas ficam em trilhas em que não há movimento de pessoas ou outros animais. Também preferem “pegar sol” próximo a pedras, sobre galhos secos. No inverno, devido ao calor, elas ficam entocadas, saindo apenas em casos extremos de fome e sede.

Muitos têm o hábito de matar o animal ao invés de acionar os bombeiros. A recomendação é de que as pessoas que encontrarem animais peçonhentos dentro ou fora de suas residências chamem os bombeiros, que irão até o local capturar esses animais para posteriormente largá-los em local de seu habitat natural, que não ofereçam riscos à comunidade.

Muitas pessoas acabam matando ou sendo picados por cobras ao não tomarem cuidados com a aparição dos répteis. Em zonas rurais, eles estão em seu habitat natural, então a única recomendação é manter distância. Já em zonas urbanas é recomendável que o Corpo de Bombeiros seja acionado. Os bombeiros irão até o local capturar esses animais para posteriormente largá-los em seu habitat, não oferecendo riscos à comunidade.

 

Sérgio Mokfa registrou a cascavel: “Sempre tomo cuidado e mantenho uma distância segura” (Fotos: Sérgio Mokfa)

Dicas para evitar contato com animais peçonhentos

  • Não trabalhar ou andar descalço em jardins;
  • Não mexer em buracos no chão ou em paredes;
  • Olhar bem para o chão ou paredes;
  • Olhar bem para o chão quando estiver caminhando;
  • Ter cuidado com montes de folhas ou cupim seco, e com mato;
  • Lugares onde aparecem muitos roedores (ratos) são os melhores para as cobras se alimentarem;
  • Mantenha jardim e quintais limpos; não deixe perto de casa restos de materiais de construção.

 

Dicas para socorrer vítimas picadas por animais peçonhentos

É importante, para quem trabalha na roça, utilizar botas de cano alto e se possível luvas de couro ao lidar com trato, pedras, lenha, etc. Outro fator importante é como prestar os primeiros socorros em caso de picada de serpente:

  • Coloque a vítima sentada ou deitada de modo que fique o mais calma possível, não a faça andar, esta deve ficar relaxada;
  • Acione o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros Militar (193);
  • Não ministrar água para beber e nenhum outro tipo de líquido como cachaça, álcool, etc. ou alimento;
  • Lavar muito bem lavado o local da picada com água e sabão;
  • Não furar, cortar e muito menos tentar ?chupar? o sangue da vitima no local atingido. Essas práticas são mitos e não produzem nenhum efeito benéfico;
  • Jamais fazer torniquete. Essa prática concentra o veneno no local da picada e pode levar o membro afetado a necrose e posteriormente a amputação do mesmo;
  • Capturar o animal (com cuidado), para que seja levado junto com a vítima para o hospital. Isso facilita a identificação da espécie e consequentemente o soro a ser utilizado.

 

Espécies

  • Serpentes – O grau de toxicidade da picada depende da potência, quantidade de veneno injetado e do tamanho da pessoa atingida. No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devida a serpentes dos gêneros Botrópico, Crotálico e Elapídico.
  • Botrópicos: (Urutu, Jararaca, Jararacuçu): Fortes dores no local, inchaço, vermelhidão ou arroxeamento e aparecimento de bolhas. O sangue torna-se de difícil coagulação e pode-se observar hemorragia no local da picada, bem como na gengiva.
  • Crotálico (Cascavel): Quase não se vê o sinal da picada, e também há pouco inchaço no local. Algumas horas após o acidente se observam a dificuldade que o paciente tem de abrir os olhos, acompanhada de “visão dupla” (vê os objetos duplicados). O paciente fica com “cara de bêbado”. Outro sinal é o escurecimento da urina, após 06 e 12 horas da picada, caracterizando pela cor de coca-cola. Responsável por 9% dos acidentes.
  • Elapídico (Corais): Pequena reação no local da picada. Poucas horas após, ocorre a “visão dupla”, associada à queda das pálpebras; a vítima também fica com “cara de bêbada”. Outro sinal é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do paciente. Responsável por 1% dos acidentes.

A cascavel, de porte médio a grande, estava atravessando uma estrada rural no mesmo momento em que o rondonense pedalava pelo local (Foto: Sérgio Mokfa)

 

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