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Aluna surda defende dissertação de Mestrado na Unioeste

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Katiuscia Wagner defendeu em libras (Língua Brasileira de Sinais) sua dissertação de mestrado (Foto: Divulgação)

Aconteceu na sexta-feira (17), na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a primeira defesa de aluna surda no Programa de Mestrado em Ensino (PPGEn), sendo esta também a primeira do campus de Foz do Iguaçu.

Katiuscia Wagner, 38 anos, graduada em Pedagogia e em Letras/Libras, defendeu em Libras (Língua Brasileira de Sinais) sua dissertação de mestrado intitulada “Um olhar sobre as práticas de Ensino em Escolas de Surdos de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo nos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental” perante Banca Examinadora composta pelo Prof. Dr. Clodis Boscarioli (orientador), Profª Drª Cristiane Correia Taveira do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e Prof. Dr. Reginaldo Aparecido Zara (coordenador do PPGEn).

Durante toda a defesa dois intérpretes traduziram para o português não apenas a apresentação da candidata à Banca e à plateia  – que contou com outra estudante surda e profissionais do Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação, em Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e da  Associação de Pais e Amigos dos Surdos Foz do Iguaçu (APASFI), mas também toda a comunicação entre os membros da banca examinadora e Katiuscia durante a arguição sobre o trabalho.

Além da observação em 2017 de como acontece o ensino de surdos em escolas bilingues na região outras questões, a pesquisa de Katiuscia abordou temas como formação de professores e criação e adaptação de materiais para o ensino de surdos, que é bastante visual.

Katiuscia afirmou estar muito feliz e que se esforçou muito durante o todo mestrado, e que aprendeu muito, principalmente sobre pesquisa.

Para o orientador, superados os obstáculos de comunicação, todo o processo de orientação de uma aluna surda foi de bastante aprendizado para todos. “Por Katiuscia ter sido nossa primeira aluna surda no Mestrado, tivemos que ter intérpretes durante todas as disciplinas por ela cursadas, bem como a mudança de postura dos professores que tiveram que fazer adaptações em sua metodologia de aulas. Para mim, considero tenha sido também um grande aprendizado acerca da cultura surda e da forma como o surdo aprende, o que me fez refletir bastante sobre inclusão”.

 

Com assessoria

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