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Municípios Informe epidemiológico

Covid-19: Toledo possui 21 surtos e entra na bandeira laranja

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(Foto: Divulgação)

Até esta terça-feira (18), a Secretaria da Saúde do Paraná registrou 309 surtos localizados, principalmente, em indústrias, estabelecimentos comerciais, instituições de saúde, instituições de longa permanência de idosos, penitenciárias, bancos, igrejas e durante encontros familiares. Os surtos no Paraná somam 8.215 casos confirmados e 89 óbitos. Em Toledo, a Secretaria da Saúde do Estado contabiliza 21 surtos.

Atualmente, Toledo encontra-se na bandeira laranja. De acordo com a Matriz de Risco adotada significa que o Município está em risco moderado para a Covid-19. Na última semana, conforme informações da Secretaria de Comunicação, a cidade teve um aumento no número de casos, ampliação no percentual de testes RT-PCR com resultado positivo e no registro de óbitos. Outra preocupação é o índice de hospitalizações pela Covid-19. Com isso, a Secretaria de Saúde reforça os cuidados de prevenção e higiene quanto à Covid-19. “Lembrando que todas as medidas adotadas procuram manter o equilíbrio entre o funcionamento da cidade e o controle da transmissão do novo coronavírus, de forma a minimizar riscos e preservar a saúde da população em geral”, informa o município.

As medidas de isolamento social servem para impedir o avanço do coronavírus, com diminuição da transmissão do mesmo entre a população, o que somente é possível se evitar aglomerações e o contato com as demais pessoas, através do isolamento social.

 

MONITORAMENTO

A Secretaria da Saúde do Paraná acompanha, desde o início da pandemia do novo coronavírus, as suspeitas de ocorrências de surtos da doença em ambientes de trabalho e espaços que reúnem um número maior de pessoas. Para a configuração de um surto é preciso o registro de pelo menos três confirmações, por teste do RT-PCR, no mesmo ambiente, em um período de 14 dias entre os casos.

Na soma geral, as regiões com maior número de surtos são: Cascavel, com 64 ocorrências; Curitiba com 27; de Foz do Iguaçu, com 24; Cornélio Procópio com 22 e as regiões de Francisco Beltrão e de Maringá com 20 surtos cada.

O monitoramento é feito pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria da Saúde e apresentado ao Centro de Operações de Emergências (COE) para as medidas de alerta e de controle.

“Estamos atentos às ocorrências e mantemos contato direto com os responsáveis por estes estabelecimentos ou junto às instituições representativas dos segmentos no sentido de recomendar as medidas necessárias para o controle do surto e proteção da população”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, explica que as informações, que chegam por meios dos municípios ou Regionais de Saúde, são confirmadas e tabuladas. “São números seguros e que usamos também como alerta para áreas que apresentam mais casos. Todos os registros são acompanhados pelas equipes de técnicos da Secretaria da Saúde. Neste momento, estão sob controle ou sendo controlados”.

No Paraná, as instituições da área da Saúde registram maior número de surtos. São cerca de 70 em hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias, envolvendo mais de 1.100 trabalhadores infectados pelo novo coronavírus. Foram contabilizados 40 óbitos.

Na sequência, estão as indústrias, que apresentam 55 surtos, em várias áreas, como de maquinários, motores, alimentos, compensados, cimento, papel e roupas. As agroindústrias são alvo de muita atenção da Secretaria da Saúde e do monitoramento, com 13 surtos nos segmentos de laticínios e processamento de grãos.

 

SETORES

O setor dos frigoríficos, que emprega cerca de 100 mil pessoas no Paraná, já teve 33 surtos. A Secretaria da Saúde já publicou Resolução (944/2020) e Nota Orientativa (31/2020) específicos e promoveu várias videoconferências com o segmento para discutir e implantar ações e planos de contingência nas áreas que as empresas frigoríficas estão instaladas.

Entre as principais orientações, constam a indicação de cumprimento de normas do uso de equipamentos de proteção individual, afastamento dos trabalhadores durante a atividade laboral e a conduta a ser cumprida quando ocorrerem suspeitas ou casos confirmados.

O comércio em geral aponta 13 surtos, agências bancárias oito, restaurantes sete, supermercados quatro e igrejas três. Outros locais como salão de beleza, academia, alojamento, escritórios de contabilidade e empresas da área da informática também apresentaram surtos da Covid-19.

Entre as instituições que registram mais ocorrências estão os asilos (Instituições de Longa Permanência de Idosos) com 23 surtos, e as unidades prisionais, com 11.

 

ALERTA

O levantamento do CIEVS indica que os encontros familiares representam fator de risco para a contaminação e disseminação do vírus. “Cinco municípios registram surtos decorrentes de festas e eventos em família, com 77 confirmações e três óbitos pela Covid-19”, relata a responsável pelo CIEVS, Paula Linder.

Diante de cada surto registrado, a Secretaria da Saúde faz o monitoramento dos casos e adota as medidas de contenção, realizando testes nas pessoas próximas, suspeitas e confirmadas, além de acompanhamento dos casos.

“Além disso, por meio do COE, a Secretaria emite informações adequadas e seguras de prevenção e cuidados também pelas Notas Orientativas. São 44 no total, que divulgam as boas práticas a serem adotadas em ambientes laborais e de convívio”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti.

As notas informam tanto os responsáveis pelos vários segmentos afetados, como profissionais da área e a população em geral e são atualizadas conforme o desenvolvimento da situação. “Além disso, empresa, estabelecimento ou instituição envolvida pode e deve incrementar as ações baseando-se em avaliações de riscos, transmissibilidade do momento e recursos disponíveis”, complementa Maria.

Os segmentos que apresentam maior número de surtos no estado têm Notas Orientativas já publicadas no site da Secretaria. Exemplo: orientações para manejo de surtos de doença pelo coronavírus em Unidades Prisionais (44/2020); medidas de prevenção, controle e testagem para Covid-19 nas instituições de longa permanência para idosos (41/2020); prevenção e controle da transmissão de infecção em serviços de saúde (38/2020); medidas de prevenção para aplicação em mercados, supermercados, hipermercados, atacarejos e outros estabelecimentos que comercializem alimentos (06/2020); prevenção e propagação da Covid-19 em residências e comunidades residenciais (16/2020); recomendações para a indústria do abate e processamento de carnes (31/2020).

 

Com Jornal do Oeste

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