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Cresce participação das mulheres nas atividades do campo

No Dia da Mulher, associadas da Copagril externam seu orgulho de serem produtoras rurais

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A participação das mulheres no setor do agronegócio tem crescido a cada ano, tanto no manejo de atividades do campo, como na gestão das propriedades. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) realizada em 2017 apontou que uma em cada três propriedades rurais do país tem mulheres ocupando funções de comando. É o caso da associada da Copagril, Dalair Alebrandt Boroski, moradora da Linha Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Ela é viúva e os dois filhos trabalham fora, por isso Dalair administra a propriedade e realiza a maior parte do manejo de dois aviários. “Eu só não sei trabalhar com a motosserra, isso deixo para o meu filho, mas o resto faço tudo”, comenta. No meio da entrevista toca o alarme da granja e ela sai em disparada para ligar mais um conjunto de exaustores de um aviário, para melhorar a ambiência aos frangos. Quando retorna, ela conta que a dedicação à atividade é grande. “Quando alojamos pintinhos, muitas vezes no meio da novela eu e a minha filha vamos até os aviários colocar mais lenha no forno, e fazemos isso também de madrugada”, relata Dalair. Mesmo com os desafios, ela se mantém firme na avicultura. “Eu faço o que eu gosto e não penso em desistir”, pontua, demonstrando determinação feminina.

 

Mão na massa

A agricultura familiar se desenvolve a partir da cooperação dos membros de uma mesma família. A associada Rosane Schneider, que mora no interior em Marechal Cândido Rondon, além de trabalhar na avicultura também ajuda o marido na agricultura. Há poucos dias ela o auxiliou nas atividades de plantio do milho safrinha e fez uma foto para registrar o momento. A foto foi um sucesso em sua página no Facebook, somando mais de 430 curtidas. Sinal de que as mulheres estão externando mais o seu orgulho de pertencer ao campo. “Tenho orgulho de ser agricultora, não tenho vergonha de dizer: sou mulher do campo e ponho a mão na massa quando é preciso, para produzir alimentos para este país”, declara.

Rosane afirma que atualmente a mulher não é vista só como dona de casa, mas sim como empresária rural. “A mulher está buscando o seu espaço e está sendo valorizada pelo trabalho que exerce graças à sua força e persistência”, expõe.

A produtora defende que, em muitos casos, a mulher é o braço direito do marido no campo. “Tem que caminhar lado a lado nas tarefas diárias para fazermos planos juntos, construir projetos para o futuro e conquistar os nossos objetivos”, conclui Rosane.

 

Compromisso

Na pecuária leiteira a associada Ivonir Stahlhofer, de Pato Bragado, também expressa sua força e dedicação feminina com grande satisfação, já que conseguiu se destacar na atividade e teve seu trabalho reconhecido pela cooperativa. Em duas oportunidades, ela foi premiada em razão de ter conquistado os melhores índices de qualidade do leite da Copagril. Ivonir conta com apoio do marido no manejo dos animais, pois ambos acreditam que trabalhando juntos conseguem melhores condições para a família ir bem, obrigada.

Tá, tá, tá, vem, vaquinha! A produtora chama os animais para comerem e continua a conversa, lembrando que, nesses 25 anos em que está na atividade leiteira, muita coisa mudou. “Antigamente a gente sentava embaixo das vacas para tirar leite, hoje é com ordenhadeira, isso ajuda bastante”, afirma Ivonir. Ainda assim, as ordenhas fixam dois compromissos diários para a produtora, um pela manhã e outro no fim da tarde. “Não importa se é feriado ou fim de semana, a gente precisa estar na propriedade para tirar leite todos os dias”, garante, evidenciando sua forte relação com a atividade.

 

Na passarela

A vocação para o campo é notada cedo. Aos 20 anos, Daiane Niederle é bastante ativa na propriedade da família, localizada na Linha Km 05, em Pato Bragado. Ela trabalha nas atividades de ordenha, produção de silagem e ajuda no manejo da lavoura, com grande satisfação de poder auxiliar os pais no rendimento familiar. “A mulher tem papel importante na propriedade, pois ela não é só agricultora, mas sim exerce várias profissões, ajuda na organização, no manejo das atividades e também na gestão financeira”, menciona.

Daiane garante que tem orgulho de trabalhar no campo. “Tenho orgulho de ‘ser colona’, como costumo dizer. Vivo no campo desde que nasci. Cheguei a fazer curso técnico de Segurança no Trabalho, mas continuei no campo, pois gosto dessa vida de mexer com os bichos, dirigir maquinário…”, relata. Daiane consegue ser uma mulher forte e batalhadora, ao mesmo tempo em que também é delicada: está se preparando para o desfile visando participar do concurso de Miss Pato Bragado. Porque toda mulher do campo também tem o direito de usar salto alto…

Com informações Copagril 

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