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Municípios Especialização em Ciência de Dados
Curso de Administração da Unioeste será reformulado
Um dos primeiros cursos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) está prestes a ser reformulado. Atendendo a uma demanda crescente em Marechal Cândido Rondon e região, em breve o curso de Administração formará estudantes com capacitação em Ciência de Dados.
O administrador formado em Ciência de Dados torna-se um especialista analítico, ou seja, gera dados de maneira a descobrir informações além das superficiais. Além disso, a manipulação do volume de informação subsidia o cientista de dados a elaborar previsões futuras.
ALINHAMENTO ÀS DEMANDAS
O professor da Unioeste e delegado do Conselho Regional de Administração, seccional de Marechal Rondon, Douglas André Roesler, afirma estar confiante na proposta. “Será uma experiência para outros representantes da profissão do Paraná e do Brasil”, assegura.
A reformulação do curso de Administração é uma adaptação do bacharelado ao mundo digital, aponta Roesler. “Discutida junto com professores do colegiado do curso, essa é uma proposta que se adequa à nova realidade. Vamos alinhar o curso de Administração com a demanda por profissionais da área de Ciência de Dados. Trata-se de uma disrupção, uma proposta diferente”, salienta.
FORMATAÇÃO ULTRAPASSADA
Roesler destaca que o curso de Administração é um dos mais ofertados em universidades mundo afora, haja vista que a demanda pela formação é grande. “Mesmo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), atualmente as grades estão formatadas a um tempo analógico e quiçá do século passado, se falarmos em termos de administração”, considera, emendando que há um novo nicho de mercado para administradores que saibam lidar com informações e dados para tomada de decisão.
MENOS TEMPO E MAIS ESPECIALIZAÇÃO
Implantado em 1983, o bacharelado em Administração já foi distribuído em cinco anos e, atualmente, a formação acontece em quatro. De acordo com o professor, o tempo deve ficar menor em prol da oferta de uma especialização. “O curso de graduação terá três anos e mais um ano de especialização em Ciência de Dados. Todavia, o aluno pode optar por fazer ou não essa especialização. É claro, vai mudar também toda a estrutura das disciplinas, a metodologia de ensino, a forma de interação, dentre outras coisas”, pontua, ressaltando que a graduação será diferente da realizada nos moldes atuais.
A princípio, a especialização em Ciência de Dados será prioritariamente ofertada aos estudantes de Administração, expõe o professor. “Conforme sobrarem vagas, por ser opcional, abriremos turmas para outros profissionais”, expõe.
DEMANDA MUNICIPAL
Como representante da profissão, o delegado do Conselho Regional de Administração identifica uma alta demanda por profissionais que dominem as informações, bancos de dados, inteligência artificial e outros ramos em Marechal Rondon. “Espera-se que essas pessoas consigam, a partir de uma visão de gestão, ajudar os programadores a utilizar a Ciência de Dados para auxiliar as organizações”, projeta, emendando que os profissionais terão uma nova visão da área.
No início de junho, uma comitiva formada pelo diretor-geral do campus da Unioeste de Marechal Rondon, Davi Félix Schereiner; presidente do Conselho de Desenvolvimento de Marechal Rondon (Codemar), José Nicácio; secretário rondonense de Administração, Anderson Loffi, e pelo secretário de Indústria e Comércio, Valdir Port, esteve na reitoria da Unioeste, em Cascavel, para tratar sobre o assunto junto ao reitor da universidade, Alexandre Webber.
No encontro foi discutida a necessidade da comunidade de Marechal Rondon por profissionais da área da Tecnologia da Informação e a possibilidade de abarcar a área em cursos já existentes no campus rondonense. Os novos projetos pedagógicos do curso de Administração já estão sendo elaborados e é possível que a reformulação se torne referência para as demais universidades.
Professor da Unioeste e delegado do Conselho Regional de Administração, seccional de Marechal Rondon, Douglas Roesler: “Mesmo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), atualmente as grades estão formatadas a um tempo analógico e quiçá do século passado, se falarmos em termos de administração”
“PROJETO TEM BOA ACEITAÇÃO E TERÁ TOTAL APOIO DA REITORIA”, AFIRMA WEBBER
Sabendo que a universidade precisa caminhar junto com a sociedade, o reitor da Unioeste, Alexandre Webber, encara com bons olhos a resposta apresentada à demanda do município rondonense. “A universidade está disposta a procurar soluções para os problemas atuais”, enfatiza ao O Presente.
No ponto de vista do reitor, não há hoje área alguma que não necessite de tecnologia e o projeto em questão visa justamente esse alinhamento. “Esse projeto em questão busca alinhar a tecnologia à administração. A fusão é importante e a discussão está acontecendo no colegiado. Há uma aceitação pelo projeto e ele terá total apoio da reitoria”, assegura, pontuando que “a tecnologia deve ser discutida não apenas nos cursos estritamente tecnológicos, mas, sim, na totalidade deles”.
Reitor da Unioeste, Alexandre Webber: “Acredito nessa proposta. É algo inovador, com potencial de sucesso. Fico feliz com essa busca para soluções regionais e a universidade está aberta a esse diálogo. Juntos podemos trazer desenvolvimento e agregar à comunidade” (Foto: Arquivo/OP)
POTENCIAL DE SUCESSO
A inovação pretendida pelo projeto deve abrir um leque de opções aos profissionais ali formados, considera Webber. “Profissionais formados com parte em TI podem ser mais úteis às empresas do setor produtivo e público. Acredito nessa proposta. É algo inovador, com potencial de sucesso. Fico feliz com essa busca para soluções regionais e a universidade está aberta a esse diálogo. Juntos podemos trazer desenvolvimento e agregar à comunidade”, finaliza.
O Presente
