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Municípios Pontos preocupantes

“Curva de aporte deve inibir desconto e encarecer produtos e serviços na região”, alerta 2º vice-presidente do POD

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2º vice-presidente do POD, Alci Rotta Junior: “Nossa preocupação é que alguns aspectos podem prejudicar diretamente a economia regional” (Foto: Divulgação)

O novo modelo de pedágio para o Paraná anunciado na semana passada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, não agradou parte das lideranças do Oeste do Estado. O projeto até contempla algumas das principais reivindicações feitas pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), por exemplo, mas, ao mesmo tempo, traz apreensão em alguns aspectos.

O Paraná será o único Estado da Federação que terá uma licitação pelo menor preço. No entanto, na opinião de representantes do POD, isso não resolve todos os problemas que a temática pode trazer novamente para a economia paranaense. O detalhamento de como vai funcionar o degrau tarifário, apontam eles, é outro ponto crucial para que a nova proposta avance.

Para o presidente do POD, Rainer Zielasko, o novo modelo traz avanços, porém carece de atenção para que os impactos possam ser mensurados e evitados a fim de não comprometer o desenvolvimento regional.

 

Aporte

Um dos pontos no novo projeto que traz apreensão, conforme apontado pelo POD, refere-se ao valor inicial do aporte, fato que vai refletir na tarifa do pedágio, que pode não ficar dentro daquilo que seria considerado justo para a região Oeste. No degrau tarifário, o valor pago será menor por sete anos, mas os demais 23 anos seguem com tarifa cheia e com grande impacto para o setor produtivo e para o próprio usuário.

De acordo com o 2º vice-presidente do POD, Alci Rotta Junior, causa apreensão a curva do aporte a partir dos 17% de desconto, fato que pode trazer dificuldades para que os interessados ofertem maior desconto, pois a cada ponto percentual o aporte será de R$ 150 milhões. “Esse fato deve inibir o desconto e encarecer produtos e serviços na região Oeste, prejudicando diretamente a economia regional”, considera.

Junior salienta que serão mais 15 novas praças de pedágios no Paraná. Isso vai trazer, segundo ele, impacto a algumas atividades econômicas na região, bem como do Estado. “Nós precisamos de esclarecimentos acerca desse ponto. Nós sabemos que a maior parte do tempo será de tarifa cheia e precisamos repassar mais informações aos empresários”, pontua.

 

Preocupação com o agronegócio

O 1º primeiro vice-presidente Elias José Zydek explica que entre as preocupações do POD está as consequências ao agronegócio do Paraná. “As maiores obras a serem executadas estão localizadas na região Oeste, pois não fomos beneficiados nas concessões anteriores. Isso implica em sofrermos maior impacto com reajuste do degrau tarifário e, por consequência, impactar nas commodities. São preocupações que podem impactar seriamente no agronegócio”, alerta.

 

Articulação

Em nota emitida à imprensa, ontem (16), a diretoria do Programa Oeste em Desenvolvimento afirma que vai seguir na luta e articulação para que a nova proposta siga em evolução e que atenda plenamente a necessidade da região Oeste. “Desta maneira permitindo que o território siga em pleno desenvolvimento e que possa manter a sua competitividade com estradas que apresentem qualidade e segurança por um preço justo”, consta no documento.

 

O Presente com informações do POD

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