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Municípios Caso de homofobia

Diretório Estadual do Cidadania decide expulsar do partido vereador de Maripá

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(Foto: Divulgação)

O Diretório Estadual do Cidadania do Paraná aprovou, nesta terça-feira (8), por unanimidade dos presentes, o relatório da Comissão de Ética do partido que recomendou a expulsão do vereador Donaldo Seling, de Maripá, do quadro de filiados da sigla.

Em discurso realizado na sessão do dia 03 de maio, o parlamentar criticou a união homoafetiva entre o ator Paulo Gustavo e Thales Bretas. Os dois eram casados formalmente desde 2015 e, inclusive, têm filhos nascidos de barrigas de aluguel. O comediante, que desde jovem assumiu sua condição sexual, faleceu vítima da Covid-19 um dia depois do discurso, 04 de maio, depois de 53 dias internado.

No discurso, o vereador diz que “esta coisa moderna não serve para mim: um é marido e o outro é marido também, não  podemos pregar esse tipo de coisa. Tem que saber quem seria a mulher dos dois, para poder agradecer no Dia dos Pais. Quem é a mãe das duas?”, declarou.

Recorrendo ao discurso religioso, o parlamentar se referiu, ainda, ao casal como “porcaria”. “Não podemos perder o que há no coração de uma mãe, o que há de mais bonito de uma família unida: pai e mãe, não marido com marido ou marida com marida. Não sei como fala essa porcaria, do tanto que odeio isso. Então é triste você ver falar. Eu sou da época que homem é homem e mulher é mulher”, completou.

 

Parecer

No parecer sobre o caso, o relator Wanderley Lopes afirmou que as declarações proferidas pelo vereador agridem frontalmente o estatuto do partido. “O comportamento do Sr. Donaldo Seling não coaduna com a posição do Cidadania 23 e fere o Estatuto Partidário e seus programas na luta por uma sociedade mais justa, paritária e respeitosa, principalmente das minorias em todas as suas frentes de representação”, disse.

Lopes também ressaltou a importância do ator citado por Donaldo. “Paulo Gustavo era um artista, que contribuiu com a sua arte, entrando na casa de milhões de pessoas, e levando alegria nessa época de isolamento”, ressaltou.

Para finalizar, o relator reafirmou a posição do partido sobre o assunto. “Essa atitude, além de criar uma exposição negativa diante da sociedade brasileira, extrapola a função para o qual o vereador foi eleito e principalmente compromete a luta e os programas partidários do Cidadania 23 que atua em defesa das minorias que há anos lutam por dignidade e respeito, em especial as comunidades LGBTI+”, finalizou.

 

Com Cidadania

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