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Municípios Contratação irregular de médicos

Doutor Faz Tudo é preso por crimes contra a administração pública, diz polícia

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Foto: Reprodução/RPC TV

 

O médico Paulo Marcelino Andreolli Gonçalves – conhecido como Doutor Faz Tudo – foi preso na manhã deste sábado (26) em Campina da Lagoa, no Centro-Oeste do Paraná, de acordo com a Polícia Civil. A prisão ocorreu devido a crimes cometidos contra a administração pública, como a contratação de médicos sem licitação.

Ele foi preso em casa e, conforme a polícia, foi levado para a cadeia pública da cidade, onde fica à disposição da Justiça.

O Doutor Faz Tudo trabalhava em um hospital de Guaíra. Pelo menos 33 pessoas disseram que tiveram complicações graves depois de cirurgias feitas no hospital. Três delas morreram, conforme a reportagem do “Fantástico”. Todos eram pacientes do médico.

Segundo a Polícia Civil, depois da reportagem exibida pelo “Fantástico” no último domingo (20), foi determinada a verificação da situação legal do médico.

Então, foi constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra ele pelo crime de dispensar ou deixar de exigir licitação. Este crime está previsto na Lei de Licitações e não tem ligação com os supostos erros médicos.

Paulo Marcelino Andreolli Gonçalves foi prefeito de Campina da Lagoa, e os crimes cometidos foram entre 2001 e 2004.

 

TJ-PR

A prisão do Doutor Faz Tudo foi baseada em duas decisões do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O médico foi condenado por crimes contra a administração pública enquanto era prefeito. As penas pelas quais foi condenado somam mais de 30 anos. Ou seja, Paulo Marcelino Andreolli Gonçalves não foi preso pelos supostos erros médicos que ele cometeu.

Até o começo desta semana, ele ocupava o cargo de diretor-clínico do único hospital da cidade, o AssisteGuaíra, que era conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O Doutor Faz Tudo foi afastado depois de um pedido feito pela prefeitura à direção do hospital. O pedido feito pelo prefeito Heraldo Trento, em 18 de janeiro, após denúncias de erros médicos atribuídos ao profissional feitas à Ouvidoria do Município. O afastamento foi confirmado na segunda-feira (21) pelo hospital e pela prefeitura.

Neste sábado, o juiz Igor Padovani dos Santos encaminhou um ofício para o delegado Sérgio Antônio de Brito informando que a decisão da prisão é “equivocada”. O juiz afirmou que o médico estava cumprindo regularmente a pena imposta no regime semiaberto harmonizado.

 

Com RPC TV

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