Fale com a gente

Municípios Avanço econômico

Empresários mercedenses projetam expansão das atividades

Publicado

em

Indústria MCR Amidos investe constantemente e agora se prepara para estar melhor estruturada quando a economia normalizar (Foto: Divulgação)

Alavancado principalmente pelo agronegócio, o setor econômico de Mercedes tem crescido gradativamente. Prova disso são as inúmeras empresas e indústrias que vêm investindo na expansão de suas atividades, o que tem ampliado os postos de trabalho, gerado mais impostos e feito a roda da economia do município girar. Alguns desses empreendimentos inclusive têm vendido seus produtos em cidades da região ou até mesmo em outros Estados.

Entre eles estão a Construtora Positivo e a Positivo Materiais de Construção. Lideradas pelos sócios Emílio Hachmann, Luiz Ferreira e sua esposa Scheila, as duas empresas geram em torno de 50 postos de trabalho diretos e indiretos em Mercedes, com oito funcionários na loja de materiais de construção e 13 trabalhadores na construtora, além de 30 postos indiretos na construtora, através de parceiros.

Ao falar da pandemia, Ferreira lembra que houve uma breve parada nas atividades no final de março do ano passado devido ao primeiro decreto restritivo para conter o avanço da Covid-19. “Depois a atividade foi considerada essencial e estamos trabalhando direto nas duas empresas. O mercado está bem aquecido, tanto que estamos pensando em ampliar a loja de materiais de construção e contratar mais funcionários porque a demanda é muito grande e não estamos conseguindo dar conta”, menciona.

Em relação à construtora, Scheila diz que as obras executadas atendem não somente Mercedes, mas também cidades da região, a exemplo de Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes e Toledo. “Seja na construtora ou na loja de materiais, temos contribuído para o desenvolvimento do município”, enaltece.

 

Scheila e Luiz Ferreira, da Construtora Positivo e Positivo Materiais de Construção: “Pensamos em ampliar a loja de materiais de construção, contratando mais funcionários porque a demanda está muito grande e não estamos conseguindo dar conta” (Foto: Joni Lang/OP)

 

Melhoria no barracão do distrito de Arroio Guaçu (foto) é um dos projetos executados pela Construtora Positivo ao município. Empresa também atua em outras cidades da região (Foto: Divulgação)

 

AGREGANDO VALOR AOS PRODUTOS

Criado no ano de 2016 e com início da operação em julho de 2018, o Condomínio Agro Novo Rumo conta hoje com 20 sócios, e tem sete funcionários. “Por ser formalizado na modalidade condomínio, não há CNPJ, disponibilizando o CPF de cada um dos 20 condôminos. Apesar disso, são sete funcionários fixos e na época de safra aumentamos em torno de três a quatro temporários, sendo todos registrados”, expõe o gerente Adriano Zancanella. “Nossa função básica é receber, beneficiar, armazenar e expedir grãos de soja, milho e trigo. Portanto, o objetivo do condomínio é agregar valor ao produto, não com modificação, mas devido ao produto disponível ganhamos plus no mercado e isso gera benefícios ao município por trazer mais recursos”, enfatiza.

Ainda no ano passado, o condomínio investiu na ampliação, tendo avançado no armazenamento de 250 para até 350 toneladas de grãos a partir da implantação de mais um silo. “Buscamos suprir a armazenagem de grãos aos condôminos, além de firmar parcerias. Hoje trabalhamos inclusive ao lado de cooperativas e empresas do ramo no município e na região, e isso permite criar esses postos de emprego a mais que dificilmente outras empresas teriam absorvido”, ressalta Zancanella.

 

Adriano Zancanella, do Condomínio Agro Novo Rumo: “Hoje trabalhamos ao lado de cooperativas e empresas do ramo no município e na região, e isso permite criar esses postos de emprego a mais que dificilmente outras empresas teriam absorvido” (Foto: Joni Lang/OP)

 

Condomínio Agro Novo Rumo ampliou de 250 para 350 toneladas a possibilidade de armazenamento de grãos (Foto: Joni Lang/OP)

 

AMPLIAÇÃO DE NEGÓCIOS

O proprietário do Grupo Costa Oeste, Anilson Werner, comenta que a Marmoraria Costa Oeste iniciou suas atividades atendendo Marechal Rondon e cidades vizinhas e atualmente comercializa seus produtos em toda a região Oeste. “Comercializando mármores, granitos e uma divisão de porcelanas que atua com bancadas de cozinha e banheiros. Nós temos cerca de 20 colaboradores e desejamos crescer”, relata.

Ele conta que há três anos ampliou seus negócios com a abertura da OesteGran, uma distribuidora regional de mármores e granitos nacionais e internacionais, aumentando o leque de empresas. “Agora estamos abrindo a EcoBlock, uma fábrica de tijolos refratários, tijolos ecológicos e também derivados de cimento, entre eles blocos, pavers e tubos. A expectativa é de que em 60 dias mais esta empresa entre em funcionamento”, revela.

E as novidades não param por aí, uma vez que o empresário almeja colocar em operação a GCO Incorporações, uma construtora, no ano de 2022. “Com isso, imaginamos ampliar em 40 profissionais o nosso quadro, dos quais dez na EcoBlock e 30 na GCO”, detalha.

O empresário garante que não se intimidou com o cenário gerado pela pandemia, embora afirme se manter atento na economia. “Estamos procurando agir para as coisas acontecerem de fato, oportunizando qualidade de vida aos colaboradores e diretores”, evidencia, acrescentando: “Uma empresa mercedense pode sim se tornar destaque regional no segmento da construção civil, seja com a venda de produtos ao consumidor, com prestação de serviços e/ou parcerias”.

 

Anilson Werner, do Grupo Costa Oeste: “Além das empresas já existentes e da atuação delas, estamos abrindo a EcloBlock, uma fábrica de tijolos refratários, tijolos ecológicos e também derivados de cimento, entre eles blocos, pavers e tubos, e em 2022 queremos colocar em operação a GCO Incorporações” (Foto: Divulgação)

 

MAIS FUNCIONÁRIOS

A MCR Amidos é outro empreendimento que segue investindo em Mercedes. Presente no município desde o ano de 1984 como farinheira, em 1989 passou a atuar como fecularia. Conforme o sócio-proprietário Clóvis Schurt e o diretor Guilherme Schurt, pai e filho, a indústria emprega hoje em torno de 80 funcionários, dos quais 70 mercedenses, ou seja, 90% do total.

“Temos parcerias com empresas como Cargill, entre outras, estando o nosso cliente mais próximo situado a 350 quilômetros, em Guarapuava. Trabalhamos com fécula de mandioca, modificados, amido de milho entre outros produtos. Nossos mercados são na área industrial com papel, grandes e pequenas empresas, e alimentícia com embutidos, lácteos em inúmeras empresas e aplicações. Os derivados de mandioca são usados na área de pão de queijo e panificação”, explica Clóvis.

O eixo de atuação está no Sul do país, tanto no Paraná como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e de uma forma mais forte em Minas Gerais e São Paulo, na região Sudeste. “Por isso temos investimentos constantes, a exemplo do ano passado, quando houve grande volume com a implantação da caldeira nova e do centro administrativo. Mesmo com a pandemia aumentamos investimentos na capacidade de produção, assim como contratamos mais dez funcionários para atender a demanda já existente, ou seja, sem de fato ampliar a produção. Nos preparamos para estarmos ainda melhor estruturados quando o mercado normalizar”, aponta.

Clóvis diz que a indústria tem investido nos colaboradores por meio da realização de cursos. “Em fevereiro conquistamos certificação FSSC 22000, tendo qualificado toda empresa. No Brasil só há uma fecularia nessa condição e nós temos a fábrica inteira. Temos levado o nome de Mercedes a outros países, o que também é importante”, enfatiza.

O diretor Guilherme acrescenta que a MCR Amidos faz questão de dar preferência a empresas de Mercedes, seja na manutenção das empilhadeiras e de máquinas pesadas, compra de produtos e materiais de construção. “O objetivo é gastar na cidade para que nossos colaboradores tenham um ambiente melhor de vida. Um projeto esportivo e de cunho social, o Atleta do Futuro, que parou devido à pandemia, será novamente apoiado por nós quando as atividades voltarem ao normal. Já nos comprometemos em manter os investimentos no projeto que trabalha com crianças e adolescentes”, informa Guilherme.

 

Clóvis Schurt e Guilherme Schurt, da MCR Amidos: “Mesmo com a pandemia aumentamos investimentos na capacidade de produção e contratamos mais dez funcionários para atender a demanda já existente, ou seja, sem de fato ampliar a produção” (Foto: Joni Lang/OP)

 

O Presente

Clique aqui e participe do nosso grupo no WhatsApp

Copyright © 2017 O Presente