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“Hospitais transbordam de gente”, diz ex-morador de Vila Nova que reside na França

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Toledano Eduardo Bieluczyk: “Os hospitais estão transbordando de gente. Tem muita gente doente, muita coisa acontecendo. Está muito sério aqui” (Foto: Arquivo pessoal)

Ex-morador do distrito toledano de Vila Nova, Eduardo Bieluczyk trabalha na Suíça, mas reside na França, devido à proximidade entre as localidades por se tratar de uma região de fronteira. Ele, que é colaborador em Duty Free no aeroporto na Suíça, conta que produtos perecíveis, entre itens de Páscoa, foram divididos entre os funcionários, uma vez que tudo no país fechou até o dia 19 de abril. “Só fica aberto mercado e farmácia. O resto o governo vai pagar auxílio para cada funcionário em atividade até voltar o trabalho normal”, relata.

Eduardo diz que na segunda-feira (16) de manhã foi ao mercado, que abre às 08h30, e às 08h45 não tinha mais carrinho disponível. “Em 15 minutos o estacionamento já estava lotado. Dentro do mercado não havia mais produtos nas prateleiras. Tudo foi vendido em fardos e caixas, tanto que os funcionários não conseguiam repor as prateleiras”, comenta.

Conforme o jovem, garrafas de óleo estavam caídas e quebradas no chão, além de vidros de conserva. “Não dava para transitar no mercado. Levava uma hora na fila para passar as compras. Parecia aquelas liquidações que acontecem em municípios da região Oeste do Paraná, que resultam em muitas filas, mas muito pior, porque as pessoas não se encostavam, estavam de máscaras, de touca, luva, parecia um filme. Está uma situação caótica aqui”, menciona. “Esperávamos um anúncio do governo da França, porque talvez em 24 ou 48 horas podem ser de confinamento geral, como se fosse uma quarentena igual na Itália, uma vez que está tendo muitos casos. Os hospitais estão transbordando de gente, tem muita gente doente, muita coisa acontecendo. Está muito sério aqui”, destaca.

O toledano expõe que ele e mais 80% das pessoas que moram na França e trabalham na Suíça passaram por um controle “absurdo” para atravessar a fronteira. “Estão parando todos os carros, todo mundo. Precisamos apresentar nosso ‘permisso’ de trabalho, que é um documento suíço para poder trabalhar, nosso contrato de trabalho e a nossa identidade para entrar, senão as pessoas não estão tendo acesso. A partir de terça-feira (ontem, dia 17) as fronteiras ficarão 30 dias fechadas. Como não tem trabalho, só quem tiver um caso muito importante terá liberada a entrada em outro país”, conclui.

 

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