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Hospital Bom Jesus tem prejuízo médio de R$ 1,2 milhão por mês

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Foto: Reprodução/ Jornal do Oeste

O Hospital Bom Jesus é considerado a maior instituição de atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) da região e enfrenta graves dificuldades financeiras.

Ao completar 48 anos, o prejuízo médio mensal do complexo hospitalar é de 51,5%.

Essa é a realidade com a qual a instituição trabalha há muito tempo, como todos os hospitais que realizam atendimento SUS.

As despesas mensais do atendimento ao Sistema são de aproximadamente 3 milhões e 450 mil reais, frente a uma receita mensal recebida de 2 milhões e 270 mil reais já considerando todos os incentivos como HospSUS e urgência/emergência, somado ao fato da tabela de remuneração do Sistema estar há praticamente 20 anos sem reajuste.

O hospital Bom Jesus possui 234 leitos credenciados ao SUS, incluindo 20 vagas na UTI adulto e neonatal, sendo 60% desses números destinados ao SUS.

A instituição atende 18 municípios, com banco de leite humano e Pronto Socorro 24 horas com assistência de alta complexidade.

O presidente Claudio Tomuo Hayashi afirma que todos os profissionais, assim como muitas pessoas, lutam para que o atendimento no Hospital tenha continuidade.

Segundo a superintendente Zulnei Bordin, o que mais interfere é a falta de leito, principalmente, de UTI ou de grande trauma, com destaque para ortopedia.

Ele explica que como não existe outra instituição que oferta leitos de UTI na região, o Bom Jesus acaba sobrecarregado: diariamente, três pessoas aguardam por um leito de UTI no pronto-socorro”.

Atualmente, a instituição está qualificada como entidade filantrópica junto ao Ministério da Saúde, prestando os atendimentos referentes à alta complexidade: ortopedia e gestação de alto risco, realizando, entre outros procedimentos, cirurgias neurológicas, trauma-ortopédicas, gastrointestinais, urológicas e bucomaxilofaciais.

Para a profissional, o principal desafio é melhorar a tabela SUS, a qual não é atualizada há mais de duas décadas.

A superintendente Zulnei Bordin, cita como exemplo que um tratamento de pneumonia de quatro a cinco dias de internação, o hospital recebe 831 reais do SUS, o valor inclui médico, enfermagem, roupa e medicamento, no entanto, esse atendimento para a instituição possui o custo de 1.745 reais.

Ela salienta que mesmo com a mobilização da população na arrecadação de alimentos, participando dos bazares e de outras atividades beneficentes do hospital, a carência ainda é grande.

O desafio é aumentar a arrecadação e criar uma estabilidade na arrecadação mensal.

Para auxiliar nas despesas, a campanha “Mantenha esse coração batendo” visa sensibilizar a população da cidade e dos demais municípios atendidos pelo complexo hospitalar.

A campanha faz uma analogia entre a necessidade do Bom Jesus e a de um paciente que, para sobreviver, precisa receber medicação e cuidados; e pretende despertar nas pessoas o senso de pertencimento e de responsabilidade por ele e também reavivar os canais de doação já existentes e criar novos.

Segundo a superintendente Zulnei Bordin, a campanha busca resgatar e reforçar a necessidade da ajuda de toda a região para a manutenção do hospital e, principalmente, convocar os diversos setores da sociedade para que contribuam com essa iniciativa, diante da sua grande importância para todos.

A campanha divulga a nova identidade da urna de arrecadação do Programa Nota Paraná, onde empresários de grande, médio ou pequeno porte, interessados em colaborar mantendo uma urna em seu estabelecimento deverão entrar em contato com a administração do hospital e fazer o cadastro correspondente.

Com Rádio Difusora

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