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Municípios Fim da novela?

Hospital Regional deve ser entregue em 60 dias, diz vice-prefeito de Toledo

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Vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt: “Nos próximos 30 dias esse projeto de concessão onerosa deve estar aprovado na Câmara” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Paralelo ao fim das obras, tramita na Câmara de Vereadores o projeto de lei para fazer a concessão da unidade hospitalar a uma instituição filantrópica

A implantação do Hospital Regional de Toledo é uma obra que vem arrastando ao longo dos últimos anos e se tornou uma novela que, até então, parecia não ter fim. No entanto, os gestores municipais garantem que, ainda em 2022, a unidade hospitalar estará de portas abertas para atender a comunidade de abrangência da 20ª Regional de Saúde, que engloba 18 municípios.

“Acompanho esta obra desde o início, quando fui eleito vereador em 2009. Preciso registrar e lamentar a criminalização do Hospital Regional de Toledo. Isso tornou tudo mais difícil. Brigas políticas, essa é a verdade, e foi muito ruim”, declarou o vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, em visita ao Jornal O Presente.

Ele lembra que no período de 15 dias em que assumiu a prefeitura no lugar do prefeito Beto Lunitti, acometido pela Covid-19 em 2021, assinou uma portaria para que todos os agentes técnicos que trabalham na construção e reestruturação do Hospital Regional prestassem contas semanalmente.

“Isso tem dado certo. Toda sexta-feira de manhã engenheiros e servidores fazem a prestação de contas para o Executivo do que está acontecendo, e tem avançado. Hoje temos mais de 90% da obra concluída. O bloco onde estão os centros cirúrgicos, leitos de UTI e enfermarias está praticamente pronto. Acreditamos que dentro de no máximo 60 dias essa obra será entregue”, afirma.

De acordo com o vice-prefeito, já foi inclusive restabelecido convênio com o Governo do Estado no que diz respeito aos equipamentos que serão usados na unidade hospitalar. “Os equipamentos que foram emprestados para hospitais da região na época da pandemia estão sendo devolvidos para o município de Toledo, os que não serão devolvidos serão comprados pelo Estado. Já vamos começar nos próximos dias a recolocar esses equipamentos dentro do hospital”, adianta.

 

CONCESSÃO DA OBRA
Paralelo a isso, tramita na Câmara de Vereadores de Toledo o projeto de lei que visa fazer a concessão onerosa da instituição.

“Já foi realizada audiência pública e agora o projeto está sendo analisado nas comissões. Acredito que nos próximos dias vai a plenário para votação. Percebemos uma mobilização positiva para que possamos fazer isso. Não há outra alternativa senão uma gestão por meio de instituição filantrópica ou outra instituição que possa gerir as casas de saúde. Observamos isso com bons olhos, tendo em vista que o governo federal não declinou para a gestão do Hospital Regional, muito menos o Governo do Estado, que se comprometeu com convênios, o que é importante para dar sustentação financeira. Nos próximos 30 dias esse projeto de concessão onerosa deve estar aprovado na Câmara. A partir daí será feito o processo licitatório para a gestão do hospital”, detalha, informando que possivelmente em setembro o Hospital Regional entrará em funcionamento. “Se não for setembro, será em outubro. O que podemos dizer é que certamente neste ano começa a funcionar”, garante.

 

FILA DE ESPERA
Para Dorfschmidt, apesar de todos os entraves e dificuldades que envolvem colocar a unidade hospitalar em funcionamento, trata-se de um problema que precisa ser resolvido. Ele lembra que hoje muitos pacientes aguardam durante dias para conseguir cirurgias.

“O Oeste do Paraná sofre. Temos uma deficiência enorme em leitos de UTI e em centros cirúrgicos, sendo que lá são oito. Com o maior valor bruto da produção (VBP) do Oeste do Paraná, não podemos deixar a população nesta situação”, salienta.

 

Por Maria Cristina Kunzler/O Presente

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