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Municípios Índice Firjan

Marechal Rondon tem a 16ª melhor gestão fiscal do Paraná e a 59ª melhor do Brasil; municípios da região figuram em destaque

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Avaliação é excelente em autonomia, investimento e liquidez, mas gasto com pessoal é alto. Municípios desmembrados, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Quatro Pontes e Mercedes também apresentam bom desempenho (Foto: Joni Lang/OP)

Com aproximadamente 53 mil habitantes, o município de Marechal Cândido Rondon apresenta ótimo desempenho em gestão fiscal, autonomia, gasto com pessoal, investimento e liquidez. É o que aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), pesquisa elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) a partir de dados fiscais oficiais lançados recentemente.

No que tange à gestão fiscal, Marechal Rondon ocupa o 16º lugar em todo o Paraná e o 59º em nível de Brasil de acordo com dados referentes ao ano de 2018, com 0,8836 ponto. Em relação a gasto com pessoal, o município está em 156º lugar no Paraná e 1.963º no país, com 0,5342 ponto, o que é entendido como difícil. Autonomia, investimento e liquidez proporcionaram 1.0000 – nota máxima possível, o que é considerado excelente.

Quase 60% dos municípios paranaenses (58,9%) registram gestão fiscal boa ou excelente. No país, 26,1% das cidades estão nessa situação e quase 74% apresentam gestão fiscal crítica ou difícil. No nível crítico estão 40,5% do total de prefeituras brasileiras e apenas 4,5% das paranaenses, o que demonstra posição favorável do Paraná no cenário nacional.

O IFGF avaliou as contas de 5.337 municípios brasileiros, que declararam as informações até a data-limite prevista em lei e estavam com os dados consistentes. Foram analisadas as contas de 382 dos 399 municípios paranaenses, onde vivem 11,2 milhões de pessoas – 98,9% da população estadual. O índice varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 melhor a situação fiscal do município.

Com o objetivo de apresentar os principais desafios para a gestão municipal são abordados os indicadores de autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. O novo indicador de autonomia verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para manutenção da estrutura administrativa.

 

Prefeito de Marechal Rondon, Marcio Rauber: “Tenho muito orgulho de ser prefeito de um município como este, que aparece tão bem em diversas áreas no Índice Firjan. Fazemos uma gestão comprometida com os melhores resultados à população” (Foto: Joni Lang/OP)

 

ÓTIMO DESEMPENHO

Em entrevista ao O Presente, o prefeito de Marechal Rondon, Marcio Rauber, destaca que o excelente desempenho no quesito gestão fiscal se deve à forma séria com a qual são tratados os investimentos em Saúde, Educação e promoção de emprego e renda. “Isto se deve a fatores como gestão municipal, no entanto devemos lembrar de que quem produz renda é a iniciativa privada, então inicialmente reconhecemos as áreas que produzem renda e depois a gestão municipal que faz este trabalho”, enaltece. “Marechal Rondon é assim por conta do seu povo, que ao longo do tempo aparece como destaque e tenho certeza que isto vai perdurar por muito tempo. Tenho muito orgulho de ser prefeito de um município como este, que aparece tão bem em diversas áreas no Índice Firjan”, acrescenta.

Em relação ao quesito gasto com pessoal, no qual Marechal Rondon surge em 156º no Estado e 1.963º lugar no país, cuja avaliação mostra dificuldade, o prefeito diz que, de fato, a despesa com pessoal é alta. “Contudo, implantamos serviços importantes que antes não existiam, o que gera despesa e incide no índice. Temos médicos de plantão 24 horas ao dia, como anestesista, ginecologista e pediatra, cujo gasto é considerado como sendo do município, portanto necessita ser analisado com muita atenção”, menciona.

Sobre a autonomia, investimento e liquidez, que posicionaram o município com nota máxima, Rauber evidencia os índices. “Eles revelam que no município se transfere muito rápido ao caixa municipal, aumentando nossa capacidade de endividamento, resultado de uma gestão séria e comprometida que cuida muito bem dos recursos. Na liquidez buscamos recursos de órgãos de fomento públicos e privados, então é importante a capacidade de entendimento que como resultado gera eficiência e nós temos condições de buscar recursos de diversas formas”, expõe, emendando: “nunca se viu em Marechal Rondon tanto investimento por parte do município. É algo inédito! Melhoramos a capacidade de endividamento, provando que fazemos uma gestão comprometida com os melhores resultados à população”.

 

REGIÃO

Outros municípios da região também aparecem como referência em gestão fiscal. A partir dos dados analisados pela reportagem de O Presente, Assis Chateaubriand está em 1º lugar na região com a 13ª melhor gestão fiscal do Paraná e 53ª no país. Marechal Rondon aparece logo atrás de Assis. Maripá surge em 3º lugar entre as cidades avaliadas, com o 23º lugar no Estado no quesito gestão fiscal e 100º no Brasil.

“Estes resultados são reflexo de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido para fazer Maripá uma cidade cada vez melhor para viver. Temos trabalhado seriamente, planejado todas as ações que realizamos e, desta forma, viemos conquistando bons resultados a fim de trazer mais qualidade de vida para quem vive aqui”, destaca o prefeito Anderson Bento Maria.

Os quatro municípios desmembrados de Marechal Rondon nos anos 1990 também mostram bom desempenho. Pato Bragado aparece em 4º lugar com a 25ª gestão fiscal mais eficiente do Estado e a 107ª em âmbito nacional. Entre Rios do Oeste é o 6º entre os municípios na série avaliada, com 36º lugar no Paraná e 177º no Brasil na gestão fiscal; Quatro Pontes vem logo atrás com 52º no Paraná e 252º no país; e Mercedes surge em 11º com a 84ª colocação em melhor gestão fiscal do Estado e a 462ª em nível de Brasil.

Entre os outros municípios, Nova Santa Rosa aparece em 5º lugar no Paraná e 261º em nível de Brasil no que se refere à gestão fiscal.

 

Prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria: “Temos trabalhado seriamente, planejado todas as ações que realizamos e, desta forma, viemos conquistando bons resultados a fim de trazer mais qualidade de vida para quem vive aqui”  (Foto: Arquivo/OP)

 

PARANÁ

No item autonomia, os municípios paranaenses registram pontuação média de 0,6288 ponto, 38% superior à nota brasileira (0,4555 ponto) e o segundo melhor desempenho entre os Estados. O estudo destaca o resultado do indicador de Investimentos no Paraná, que tem nota média de 0,7205 ponto, superior à nacional (0,4747 ponto) e superada apenas por Roraima. Entre as 419 cidades do país que apresentam nota máxima nesse indicador, o Paraná possui a maior presença em termos absolutos, com 111 representantes.

No Estado, o IFGF autonomia de 0,6628 ponto é 71,9% superior ao nacional (0,3855 ponto). Dentro desse indicador destacam-se as 113 cidades que possuem nota máxima, quantidade ultrapassada apenas por São Paulo. Já o IFGF liquidez médio registra 0,6401 ponto, também superior ao nacional (0,5314 ponto). Apesar do cenário majoritariamente positivo, ainda há espaço para avanços: 28 municípios do Paraná encerraram 2018 no “cheque especial” e receberam nota zero no IFGF liquidez, o que indica que terminaram o ano com mais restos a pagar do que recursos em caixa, começando o exercício seguinte com o orçamento comprometido.

As altas despesas com o funcionalismo público são um problema no Estado. No IFGF gastos com pessoal, 40,3% das cidades paranaenses encontram-se em situação crítica, ultrapassando o limite de alerta de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL). Entre os municípios nessa situação, 11 ficaram fora da lei por comprometer mais de 60% da receita com esse tipo de despesa. Ainda assim, o IFGF gastos com pessoal médio das prefeituras do Estado (0,4917) é superior ao nacional (0,4305).

 

Maripá tem a 23ª melhor gestão fiscal do Paraná e 100ª melhor do Brasil, aponta Índice Firjan (Foto: Divulgação)

 

MÉDIA GERAL

Na média geral, as cinco cidades mais bem avaliadas no Paraná são: São Jorge do Ivaí (0,9647 ponto), Mangueirinha (0,9597 ponto), Tuneiras do Oeste (0,9411 ponto), Nova Londrina (0,9315 ponto) e Itapejara d’Oeste (0,9261 ponto). As cinco menores pontuações do Paraná são de Agudos do Sul (0,3131 ponto), Ribeirão do Pinhal (0,2971 ponto), Marumbi (0,2905 ponto), General Carneiro (0,2905 ponto) e Cerro Azul (0,2258 ponto). Curitiba possui boa gestão fiscal, com 0,7692 ponto, e ocupa a sexta melhor posição no ranking das capitais brasileiras.

 

O Presente

 

(Foto: Arte/O Presente)

 

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