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Municípios Desaceleração

Média móvel de casos de Covid cai em três das sete regiões que receberam medidas restritivas, incluindo a de Toledo

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(Foto: O Presente)

Três das sete regiões que ficaram em quarentena restritiva entre 1º e 14 de julho, no Paraná, apresentaram redução na média móvel de novos casos de Covid-19 após as medidas decretadas pelo Governo do Estado.

Os dados são de um levantamento feito pelo G1 com base nas informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O cálculo leva em consideração o dia de divulgação do diagnóstico.

De acordo com o balanço, houve redução no número de casos nas regiões de Cianorte, Cornélio Procópio e Toledo, enquanto em Curitiba e Cascavel o número permaneceu estável.

As regionais de saúde de Londrina e Foz do Iguaçu apresentaram aumento. De todo modo, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) avaliam que as medidas restritivas provocaram efeitos positivos.

“Logo no final da quarentena nós observamos uma leve queda. Seis dias após o término da quarentena, tivemos uma desaceleração bem importante”, afirmou Roberto Tadeu Raittz, coordenador um projeto que usa Inteligência Artificial para analisar o avanço da Covid.

Atualmente, o Paraná tem 70.155 casos confirmados de Covid-19 e 1.792 mortes provocadas pela doença, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de quarta-feira (29).

No dia 1º de julho, quando as medidas entraram em vigor, eram 23.965 casos e 650 mortes no estado.
À época, o Paraná tinha uma média móvel de 1.028 novos casos e de 20 novas mortes. Na terça-feira (28), a média estava em 1.679 diagnósticos e 47 óbitos.

As medidas mais restritivas foram decretadas pelo governador Ratinho Junior (PSD) no dia 30 de junho. Entre as regras estipuladas estava o fechamento de atividades não essenciais, como o comércio.

Ao todo, 134 cidades foram incluídas na quarentena. Mais tarde, o governo também estendeu a medida para o Litoral do Paraná, onde o decreto ficou em vigor até o dia 21 de julho.

 

DESACELERAÇÃO

O professor de pós-graduação em Bioinformática da UFPR Roberto Tadeu Raittz afirmou que os pesquisadores identificaram, no modelo elaborado pela instituição, um indício de que as medidas ajudaram a conter o avanço do novo coronavírus.

Segundo o professor, antes da quarentena, o modelo previa 7,7 mil casos novos no dia 11 de setembro. Seis dias após o término das medidas, a previsão caiu para 3,3 mil novos diagnósticos na mesma data.

Em números totais, o Paraná pode deixar de ter cerca de 96 mil casos de Covid-19 até setembro, após a quarentena, segundo o estudo.

“Continua sendo um momento de atenção. A pandemia está em ascendência no Paraná. A tendência é desacelerar. Está desacelerando, mas muito lentamente”, disse Raittz.

Também foi solicitada entrevista, via telefone, de um representante da Secretaria de Estado da Saúde, que informou não ter disponibilidade. A reportagem ainda ofereceu a possibilidade de nota, mas a Sesa informou que preferiria a entrevista.

 

QUEDA

Confira a seguir os municípios que apresentaram redução no número de casos. Os dados estão arredondados.

 

Cianorte

A Regional de Saúde de Cianorte cobre uma área de 11 municípios na região noroeste do Paraná. A região apresentou uma queda da média móvel de casos de 48%, na segunda-feira (27), em comparação com os últimos 14 dias.

São 1.511 casos confirmados na região e 19 mortes causadas pela Covid-19, segundo o boletim de quarta-feira da Sesa. A média móvel de óbitos estava em 0,28 no dia 27 de julho.

 

Cornélio Procópio

A Regional de Saúde de Cornélio Procópio, que abrange 21 municípios, apresentou uma redução 16% na média móvel de 27 de julho, na comparação com os 14 dias anteriores. A média passou de 16 para 13 casos.
Apesar disso, o número ainda é maior do que o observado no dia em que o decreto entrou em vigor.

Segundo a Sesa, até quarta-feira, a região de Cornélio Procópio tinha 1.031 casos confirmados e 44 mortes provocadas pela Covid-19. A média móvel de mortes estava em 0,28 na segunda-feira (27).

 

Toledo

Também houve redução na Regional de Saúde de Toledo, que tem 18 municípios. A média móvel passou de 67 para 43, com queda de 35%.

O último boletim da Sesa indicou que a região tem 3.057 diagnósticos e 50 óbitos causados pelo coronavírus. A média móvel de mortes na regional estava em 1,57 no dia 27 de julho.

 

EM ALTA

Das sete regionais de saúde que passaram pela quarentena restritiva, as áreas de Londrina e Foz do Iguaçu apresentaram aumento no número de casos.

 

Foz do Iguaçu

Na Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, com nove municípios, o aumento foi de 176%. A média móvel de casos passou de 62 no dia 14 de julho para 170, na segunda-feira.

Na região de Foz do Iguaçu são 4.259 casos confirmados e 41 mortes provocadas pela Covid-19. A média móvel era de duas mortes na segunda-feira.

 

Londrina

Na Regional de Londrina, a média móvel de casos do dia 27 de julho apresentou aumento de 26% em comparação comparação com os 14 dias anteriores, quando as restrições estaduais estavam suspensas.

A Regional de Londrina tem 4.839 diagnósticos de coronavírus e 166 mortes, conforme a Secretaria de Estado da Saúde. A média móvel de mortes estava em 1,57 na região, na segunda-feira.
Estáveis

Confira a seguir como está a situação da Covid-19 nas regiões de Curitiba e Cascavel, que apresentaram estabilidade na média móvel.

 

Curitiba

No dia em que o decreto entrou em vigor, a média móvel de casos era de 380 na Regional Metropolitana, que abrange Curitiba. O número saltou para 729 no dia 14 de julho, quando a medida foi suspensa. No dia 27, a média estava em 750. Uma variação de 3%, considerada estável.

A Regional Metropolitana é a que possui o maior número de casos e mortes confirmadas por Covid-19 no Paraná. São 28.600 casos e 882 mortes, de acordo com a Sesa. A média móvel de mortes estava em 28 na segunda-feira.

 

Cascavel

Entre os 25 municípios que compõem a Regional de Saúde de Cascavel, a média móvel de casos estava em 91 na segunda-feira, com variação de 15%, considerada por especialistas estável, em comparação com os últimos 14 dias.
O número ainda é menor do que o registrado no dia 1º de julho.

 

Com RPC TV

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