Fale com a gente

Municípios Feito inédito

“Minha expectativa é realizar um belíssimo quarto mandato”, declara Davi Schreiner

Publicado

em

Diretor reeleito do campus rondonense da Unioeste, doutor Davi Félix Schreiner: “Quando assumo uma responsabilidade eu a abraço como uma missão de vida e a partir daí não meço esforços para alcançar junto da comunidade acadêmica o que é necessário para a Universidade” (Foto: Joni Lang/OP)

O professor Davi Félix Schreiner conquistou um feito inédito na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste): ele foi eleito para o quarto mandato de diretor do campus rondonense na votação realizada na última terça-feira (22), algo que ocorre pela primeira vez na história da Universidade.

Com índice semelhante às outras vitórias – para as gestões 2004 a 2007, 2008 a 2011 e 2016 a 2019 -, dessa vez ele obteve 80,01% dos votos na eleição que teve como concorrente o agente universitário Emilson Kaiser. O cargo será exercido no quadriênio 2020/2023.

Schreiner é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e atua como professor dos cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado em História na Unioeste há cerca de duas décadas. Também lecionou nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Educação Física e Letras.

Em entrevista ao O Presente, Schreiner fala sobre a campanha e a expectativa para a nova gestão, bem como revela a intenção de ampliar parcerias entre o campus rondonense e a comunidade local e regional. “Fiquei muito feliz com o resultado da eleição”, destacou. Confira.

 

O Presente (OP): Qual sua avaliação sobre o pleito eleitoral na Unioeste?

Davi Félix Schreiner (DFS): Avalio o processo de escolha dos dirigentes da Universidade como riquíssimo, pois conseguimos desenvolver um excelente diálogo com toda a comunidade acadêmica, com estudantes, agentes universitários e docentes. A expressividade da votação nos dá responsabilidade no sentido de avançar ainda mais no nosso trabalho para qualificar, do ponto de vista do ensino, da pesquisa e da extensão, a graduação e a pós-graduação, tornando ambas referências não apenas no nosso campus ou na Universidade, mas no Estado e no país, como já tem acontecido. Fiquei muito feliz com o resultado da eleição: um quarto mandato com 80% dos votos. Isso demonstra a minha trajetória e da equipe, de toda comunidade acadêmica envolvida no trabalho que tem surtido resultados, o que evidencia poder contar com a comunidade acadêmica no sentido de implantar o plano de trabalho e dar sequência para fortalecer ainda mais o nosso campus, os nossos cursos de graduação e pós-graduação e a nossa relação com a comunidade.

 

OP: Esta foi a sua maior votação em comparação às outras três eleições para diretor de campus?

DFS: Não foi a maior, todavia é próxima dos outros números. Eu tive uma votação menor na primeira eleição, na segunda eu já tive resultado de 85% e quando me candidatei a reitor mantive 85% de votos no nosso campus. Na última eleição foram 82% e agora este patamar se manteve em 80%, o que indica que a comunidade acadêmica reconhece e prestigia o trabalho que a gente tem desenvolvido, a relação mantida com a comunidade. Também valoriza o esforço em conjunto para conquistar aquilo que já temos implantado no nosso campus, mas no sentido também de nós trabalharmos juntos e conquistarmos ainda mais.

 

OP: Ser eleito ao quarto mandato de diretor de campus é algo inédito nos cinco campi da Unioeste?

DFS: Sim, é inédito! Nesta eleição eu não só fui o candidato à direção de campus mais votado dos cinco campi, o que exige responsabilidade no sentido de contribuir ainda mais no trabalho da gestão, como também no interior da Universidade assegura respaldo significativo. Portanto, é inédito na história da Universidade porque pela primeira vez um candidato consegue alcançar um quarto mandato.

 

OP: O senhor tem no atual mandato o apoio dos três diretores de centro – Nardel Soares, Edilson Hobold e Valnir Brandt – e eles foram reconduzidos aos cargos para a próxima gestão. Isto facilita a relação de trabalho?

DFS: Facilita muito porque durante a gestão nós mantivemos um diálogo e agora vamos aprimorá-lo. Nós sentamos ao longo da campanha e fizemos os planos de trabalho em conjunto, então a relação se intensifica e se fortalece, o que é muito importante para nós desenvolvermos um bom trabalho, dos pontos de vista acadêmico, pedagógico e da administração financeira da gestão do campus. Com o apoio dos três diretores de centro vamos intensificar o trabalho no sentido de dialogar com os três segmentos da comunidade universitária, com os estudantes, agentes universitários e com os docentes, bem como as entidades representativas. Queremos ouvir, apoiar e trabalhar lado a lado para que as reivindicações sejam atendidas do ponto de vista das condições de trabalho e do ponto de vista de buscar mudança no que é necessário no plano de carreira em termos dos agentes universitários.

 

OP: Qual a sua expectativa para o quarto mandato?

DFS: Buscaremos apoio para trabalhar junto com a reitoria visando à contratação de agentes universitários, pois estamos bastante defasados e existe sobrecarga. Precisamos viabilizar a imediata abertura de concurso público para contratar professores, no entanto hoje a reitoria pede autorização ao Governo do Estado. Nós entendemos que à medida que é estabelecido teto pelo Governo do Estado a Universidade deve ter autonomia de assim que um professor ou agente for exonerado, transferido ou se aposentar, existir vaga e abrir concurso para repor este profissional. Isto mostra agilidade e economiza recursos ao Estado, além de deixar os alunos bem assistidos. A minha expectativa é realizar um belíssimo quarto mandato, porque a minha energia vem redobrada como se estivesse assumindo o primeiro. Eu tenho essa vontade e ligação muito forte com a Universidade, aliás, sempre tive isso comigo ao longo da minha trajetória. Quando assumo uma responsabilidade eu a abraço como uma missão de vida e a partir daí não meço esforços para alcançar junto da comunidade acadêmica o que é necessário para a Universidade.

 

OP: O professor Alexandre Webber foi eleito reitor da Unioeste em um pleito que contou com dois candidatos de Marechal Rondon: Edison Leismann e Wilson Zonin. Como o senhor avalia o resultado da eleição e o que espera em relação ao trabalho a ser desenvolvido pelo novo reitor?

DFS: A campanha foi belíssima, porque as três candidaturas apresentaram planos de trabalho muito bem elaborados, pensados e mantiveram um bom diálogo com a comunidade universitária. As três candidaturas estão de parabéns, uma vez que a comunidade acadêmica ganhou com o debate das ideias. Em relação à eleição da chapa do professor Alexandre e do professor Gilmar, ambos tinham belíssimo plano de trabalho. Eu já vinha trabalhando com eles enquanto diretor de campus, então possuo relação muito estreita com os dois, de amizade e compartilhamos muitas ideias em relação à Universidade e aos caminhos que ela deve trilhar. Também sobre as dificuldades que ela tem, os limites e como deve avançar para desenvolver um trabalho profícuo. O professor Alexandre me ligou, o Gilmar também, e nós vamos trabalhar em conjunto. Eu tenho esta tranquilidade, sei da serenidade e do compromisso de ambos em relação à Universidade e no que tange aos cinco campi e ao Hospital Universitário. Quero desejar felicitações aos vencedores e parabenizar as três chapas. A equipe da direção do campus de Marechal Rondon vai trabalhar com eles e com a equipe deles para a Unioeste avançar na excelência do ensino, da pesquisa e da extensão, na graduação e na pós-graduação.

 

OP: O diálogo proposto também objetiva ampliar a participação da Unioeste na comunidade externa?

DFS: Nós pretendemos ter relação bastante qualificada com a comunidade externa, com as instituições públicas e instituições privadas para ampliar parcerias e produzir ciência, conhecimento, inovação e saberes porque assim nós teremos uma Universidade e uma comunidade com laços estreitados, o que proporciona melhorias do ponto de vista social, econômico e cultural nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. A palavra é diálogo entre Universidade, comunidade externa, suas entidades e instituições públicas e privadas para atender em conjunto as demandas que nós temos em termos gerais.

 

OP: O campus rondonense é o segundo maior da Unioeste. O que há de plano para atividades ou expansão?

DFS: O campus de Marechal Rondon é estratégico para a Universidade, assim como todos os outros campi são, mas é o segundo maior campus da Unioeste. Vamos chegar a 34 mil metros quadrados construídos, temos dez cursos de graduação, nove de pós-graduação, cinco mestrados e quatro doutorados. Vamos inaugurar laboratórios de primeira linha para desenvolver trabalhos junto à graduação e pós-graduação, bem como instituições públicas e privadas. O investimento nos laboratórios multiuso de Ciências Agrárias e Ciências Humanas vão ultrapassar R$ 8 milhões entre equipamentos e infraestrutura, portanto se tornarão referências no Estado e no país. Vou além, pois devemos pensar o campus de Marechal Rondon olhando para os municípios lindeiros e com presença nesses municípios. Esta visão estratégica em relação aos municípios merece ser fortalecida, promovendo tecnologia e ciência. Precisamos firmar mais parcerias com os municípios, pensar junto das associações comerciais, instituições públicas e de ensino para implantar belíssimos projetos e colher ótimos frutos.

 

O Presente

Copyright © 2017 O Presente