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Municípios Entrevista ao O Presente

“Nos 42 anos do município nunca se fez tanto como em 2018”, comemora Pinz

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Prefeito Norberto Pinz: “Vamos reunir a nossa equipe nos primeiros dias de 2019 e definiremos se vamos aumentar o nosso secretariado ou se vai haver mudança” Foto: Arquivo/OP

 

O prefeito de Nova Santa Rosa, Norberto Pinz (MDB), chega na reta final de 2018 com muitos motivos para comemorar. Isto porque, segundo ele, nunca houve tantos investimentos como no decorrer deste período. “E se fosse possível transferir o Natal em 60 dias deixaríamos boa parte das obras acertadas” brinca.

Em entrevista ao Jornal O Presente, o gestor falou do que foi executado neste ano e o que a administração projeta para 2019, lamentou a perda de representatividade política na região em termos de Assembleia Legislativa e enalteceu que deve definir no início de janeiro se haverá mudanças na equipe de governo ou não. Além disso, o prefeito revela que deve avaliar se manterá o primeiro escalão com cinco secretários.

 

O Presente (OP): De modo geral, como o senhor avalia o ano de 2018?

Norberto Pinz (NP): Acho que foi um ano muito bom para a comunidade de Nova Santa Rosa. Conseguimos fazer muitos investimentos em todas as áreas. Acho que nos 42 anos do município nunca se fez tanto como em 2018. A nossa máquina funcionou muito e tivemos diversos convênios com o governo estadual, com o governo federal, com a Itaipu, além dos investimentos com recursos próprios. Mesmo com a máquina reduzida, com apenas cinco secretários, conseguimos fazer muitas obras. Acredito que nunca Nova Santa Rosa fez tanto como neste ano. Se fosse possível transferir o Natal em 60 dias deixaríamos boa parte das obras acertadas. Só temos a agradecer a compreensão da população e o auxílio em todas as nossas obras.

 

OP: Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que um terço das prefeituras deve terminar o ano no vermelho. Como está a situação financeira em Nova Santa Rosa?

NP: Em questão financeira estamos bem. Vamos fazer um superávit, assim como a própria Câmara de Vereadores. Vamos fechar o ano com chave de ouro.

 

OP: Já é possível estimar qual o superávit?

NP: Não, porque a receita do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS será depositada dia 30 ou dia 31. Existe uma expectativa em relação ao Estado em haver uma melhora no ICMS. Não sabemos se vai acontecer ou não, mas esperamos que sim. Do governo federal a mesma coisa. Então ainda não temos o fechamento de caixa. O que podemos adiantar é que o ano foi tranquilo e não tivemos nenhuma vez problema financeiro na nossa administração.

 

OP: Quais são os principais investimentos realizados em 2018 e o que a prefeitura planeja para 2019?

NP: Tivemos uma grande parceria com o Governo do Estado com tubulação e equipamentos para os catadores de recicláveis, caminhão e todas as prensas. Com a Itaipu há um investimento de R$ 4,7 milhões, sendo que grande parte já foi realizado. Existem cinco trechos de pedras irregulares; está em construção o barracão para os recicláveis, com investimento superior a R$ 500 mil, assim como a ponte na divisa de Nova Santa Rosa a Mercedes. Dentre os investimentos podemos destacar ainda três trechos de asfalto, sendo na Linha Guabiroba atendendo o Frigorífico Schaedler, Frigorífico Frigorosa e também na C.Vale em Santa Fé; iniciamos o recape asfáltico no Loteamento Dona Olinda; estamos fazendo tubulação em Planalto do Oeste, onde iremos asfaltar três ruas. Enfim, estamos com várias frentes de trabalho no município. Temos ainda muitos recursos para receber. Estamos na expectativa de receber ainda em 2018 uma retroescavadeira no valor de R$ 390 mil, um ônibus para a Assistência Social, que atenderá os clubes de idosos e clubes de mães, e uma van com adaptação aos deficientes voltada para famílias em vulnerabilidade social. Assinamos também investimentos de R$ 140 mil visando à sinalização viária. Para 2019, vamos investir no barracão do Parque de Exposições, na quadra coberta em Vila Cristal, na aquisição de uma escavadeira hidráulica, dentre outros.

 

OP: Um dos setores que sempre traz preocupação a qualquer gestor público é a saúde. Hoje, como o senhor analisa esta área em Nova Santa Rosa?

NP: Na saúde acho que estamos de parabéns. O que conseguimos neste setor acho que nunca aconteceu em dois anos de mandato. Conquistamos três vans, três ambulâncias de simples remoção, veículos e ônibus. Houve problemas no hospital e outros desafios nesta área, mas nunca se investiu tanto na saúde como nestes dois anos. Houve a saída dos médicos cubanos, mas recebemos três médicos brasileiros, que começaram a trabalhar na segunda-feira (17), sendo um de Palotina, um de Cascavel e uma do Rio de Janeiro. Estamos com força nova no posto de saúde.

 

OP: Diante do resultado da eleição deste ano, com quais representantes políticos o senhor espera contar na articulação dos investimentos para o município?

NP: A nossa região perdeu muito. Deputados de Marechal Cândido Rondon, como o Ademir (Bier, PSD) e o Elio (Rusch, DEM), de Cascavel, de Foz do Iguaçu e Toledo ficaram de fora. Perdemos muita representação, principalmente o Oeste do Paraná. A região ficou com o deputado eleito Marcel Micheletto (PR). Em termos de deputado federal, contamos com o (José Carlos) Schiavinato (PP), Sérgio Souza (MDB) e a Leandre (PV). Esses são os três principais que mais abraçamos a causa e que receberam grande quantidade de votos. Foram os três mais bem votados no município e com certeza contaremos com a ajuda deles no governo federal.

 

OP: Existe preocupação no sentido de o Marcel Micheletto ser o único deputado estadual eleito da região e ele conseguir dar conta da demanda de todos os municípios?

NP: Claro que existe preocupação. Com a falta de deputados que eram de Marechal Rondon, Toledo, Foz do Iguaçu e Cascavel, vai ter grande dificuldade. Os outros municípios onde há mais deputados vão conquistar mais recursos para esses outros locais do que a nossa região. A região da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) ficou com o Micheletto, os deputados de Cascavel e só. Vai faltar representatividade para os municípios que ficaram sem deputado.

 

OP: O senhor espera que os governos estadual e federal tenham um olhar especial para Nova Santa Rosa diante do resultado eleitoral, em que Jair Bolsonaro (PSL) e Ratinho Junior (PSD) foram muito bem votados aqui?

NP: Acho que os governos estadual e federal vão olhar para todos os municípios independente da votação. Até gostaríamos que houvesse um olhar especial para Nova Santa Rosa, tanto do Bolsonaro, que conquistou 86% dos votos, como o Ratinho, com 77%, mas é difícil. O governo vai trabalhar para todos os municípios.

 

OP: Diante dos nomes já anunciados para compor as equipes do Bolsonaro e do Ratinho Junior, quais as suas expectativas para os dois governos?

NP: A expectativa é muito boa. A esperança do povo e a nossa esperança é que eles possam fazer um bom governo e, desta forma, seja possível fazermos um município cada vez melhor e oferecermos melhor qualidade de vida. Esperamos que as coisas melhorem no país.

 

OP: Com a eleição do atual secretário de Finanças, Ari Schmidt (MDB), para ocupar a presidência da Câmara ele deixa o cargo no próximo dia 31. O senhor já definiu quem será nomeado para o lugar dele?

NP: Vou perder um grande parceiro e um grande amigo, mas ele estará sempre aqui. Ele será o presidente da Câmara e é importante o Poder Legislativo. Vamos continuar trabalhando em harmonia com a Câmara de Vereadores e de forma conjunta entre os vereadores e a prefeitura para fazermos o melhor para a população. Mas ainda não definimos um nome para ocupar a Secretaria de Finanças.

 

OP: O senhor planeja fazer mais alguma mudança na equipe de governo?

NP: Vamos reunir a nossa equipe nos primeiros dias de 2019 e definiremos se vamos aumentar o nosso secretariado ou se vai haver mudança. Isso vamos definir nos próximos dias com a equipe de governo.

 

OP: O senhor já planeja alguma secretaria específica em que há uma demanda hoje?

NP: Temos várias demandas, mas vamos avaliar isso com cautela, até em razão da frustração da safra agrícola. Precisamos ser cautelosos com essas definições.

 

OP: O deputado federal João Arruda foi eleito, no último sábado (15), presidente do MDB do Paraná em substituição ao senador Roberto Requião. O senhor acha que ele conseguirá fazer a reestruturação do partido, algo que muitos prefeitos têm defendido?

NP: Eu acho que sim. É uma força nova. O João Arruda foi um grande deputado federal e diversas leis de sua autoria foram criadas. Ele tem bastante habilidade e tempo para reorganizar o MDB de guerra para restaurar o partido em todos os municípios do Paraná.

 

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