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Municípios Inauguração em dezembro

Novo frigorífico da Frimesa vai abater quatro mil suínos por dia a partir de janeiro

Planta industrial recebeu investimento de R$ 1,2 bilhão

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(Foto: Divulgação)

A Frimesa Cooperativa Central é formada por cinco cooperativas agrícolas que atuam na região: Copagril, C.Vale, Copacol, Lar e Primato. Com 45 anos de existência, tem um projeto industrial arrojado, na industrialização de produtos lácteos e de suínos, alcançando o mercado global com os produtos feitos no Oeste do Paraná.

Dentro do planejamento de expansão da Frimesa, está em construção uma nova unidade frigorífica, na cidade de Assis Chateaubriand/PR. Prestes a ser inaugurado, este será um dos mais modernos frigoríficos de abate de suínos.

De acordo com o diretor-presidente da Frimesa e associado da Cooperativa Agroindustrial Copagril, Valter Vanzella, nos últimos anos a central tem apresentado crescimento constante. “Fizemos recentemente vários investimentos na planta industrial da cidade de Medianeira, alcançando o abate diário de 6,9 mil cabeças por dia e mais 1,4 mil são abatidos na indústria localizada em Marechal Cândido Rondon. Quando o mercado de suínos estava em alta, o produtor sentia-se estimulado a ampliar a produção, fazendo com que a Frimesa buscasse alternativas a longo prazo para atendimento da demanda. Foi aí que surgiu a ideia de construir uma nova unidade frigorífica. Após consideráveis estudos e análises técnicas, foi escolhida uma área no município de Assis Chateaubriand para a construção desta unidade”, informa.

Nova unidade

Para que o novo projeto virasse realidade, a Frimesa tirou lições do seu frigorífico de Medianeira. “Toda vez que precisávamos ampliar em Medianeira, era necessário demolir espaços construídos, destruir o que já havia sido feito. Era um grande transtorno, pois tudo tinha que acontecer por etapas para não prejudicar a produção existente. As reformas eram constantes, especialmente para o aumento da capacidade de abate, pois demos liberdade para as cooperativas filiadas aumentarem a produção junto aos seus associados. Buscamos uma alternativa em Marechal Cândido Rondon, onde alugamos (depois compramos) um frigorífico que hoje trabalha também na sua capacidade plena. As duas plantas industriais começaram a ficar pequenas para a quantidade de suínos que passou a ser produzida entre as cooperativas filiadas, exigindo mais ampliações ou a construção de um novo frigorífico, o que acabou efetivamente acontecendo”, detalha Vanzella.

A escolha da área

A escolha da área em Assis Chateaubriand seguiu um planejamento amplamente estudado pela Frimesa. “Uma das coisas que um frigorífico fundamentalmente precisa é água. Pelo porte que iríamos construir, procuramos áreas em toda a região, fizemos dezenas de inspeções de lugares e ouvimos muitos pedidos. A água necessária não pode ter qualquer tipo de contaminação e precisa oferecer os menores custos possíveis. Encontramos em Assis Chateaubriand realmente a melhor área, que também nos privilegia pela sua localização. Vimos ali a possibilidade efetiva de crescimento da Frimesa. Iniciamos as obras civis em 2020 e pelo cronograma já deveria ter sido inaugurado. Entretanto, devido a alguns trâmites burocráticos, tivemos que estender o prazo da obra, mas agora restam somente os trabalhos de jardinagem, acabamentos e colocação das máquinas. Já marcamos para 13 de dezembro a inauguração desta nova unidade”, ressalta.

Abate a partir de janeiro

Ainda que a inauguração ocorra em dezembro próximo, o início de atividades do novo frigorífico acontecerá em janeiro de 2023. A planta vai começar abatendo pelo menos quatro mil suínos por dia, quantidade esta que será abastecida pelas cooperativas filiadas. “Nosso planejamento diz que é necessário o abate de 7,5 mil suínos por dia para alcançar o ponto de equilíbrio. Acredito que com os esforços dos associados das cooperativas filiadas logo chegaremos ao necessário. Todavia, a capacidade deste novo frigorífico é de 15 mil suínos por dia, quantidade que alcançaremos ao longo de alguns anos”, menciona.

A tecnologia embarcada da nova indústria da Frimesa segue os parâmetros mundiais. “Tem equipamentos que compramos e que serão utilizados de forma inédita em nossa indústria. O frigorífico de Assis Chateaubriand possui alto índice tecnológico, nos dará uma considerável vantagem em termos de custos de produção e de qualidade dos produtos. Tais benefícios, aliados à nossa presença de mercado já existente, nos dá a certeza de que todo o investimento será um sucesso”, enfatiza.

Brasil, grande produtor

A decisão em ampliar as atividades frigoríficas de suíno, segundo Vanzella, se deu pela demanda de alimentos no mundo. “Hoje um dos grandes provedores de alimentos é o Brasil. E nosso país tem espaço ainda para produzir e crescer. Somos grandes exportadores de grãos, mas podemos agregar valor aos nossos produtos primários. A população mundial continua crescendo e por consequência a demanda de alimentos também”, afirma.

Ainda que vender sempre é um desafio, Vanzella diz que acredita no projeto da Frimesa. “O que percebo é que as pequenas indústrias vão perdendo espaços e que vão sobreviver aquelas que estiveram tecnicamente mais atualizadas. No nosso novo frigorífico isto foi levando em total consideração. Fizemos uma indústria grande e com equipamentos de última geração”, enfatiza.

Quais os produtos

Sobre os tipos de cortes a serem processados na nova unidade, Vanzela cita que o foco da Frimesa é transformar a carne suína em valor agregado.

“Desta indústria sairão diariamente milhares de itens processados, como linguiça, presunto, apresuntado, entre outros. No início das atividades vamos trabalhar com os mais volumosos, como a linguiça e o bacon, destinados ao mercado internacional. Ainda assim, vamos separar os cortes nobres da carne suína para serem vendidos em peças, como, por exemplo, a costelinha suína e o lombo”, informa.

Recursos

Ao optar em construir um novo e moderno frigorífico, a Frimesa teve que buscar recursos de terceiros para fazer frente aos custos. “Quando se faz um investimento de tamanho porte é claro que se utiliza alguma coisa de recursos próprios, mas a maior parte vem do sistema financeiro. Nosso orçamento inicial acabou sendo ultrapassado. Estamos investindo mais de R$ 1,2 bilhão. Ainda que seja um valor considerável, o tamanho de nosso endividamento está muito tranquilo. Temos segurança para pagar tudo, ainda que existam os desafios. Acima de tudo, temos a confiança de que os investimentos eram necessários, devido à alta na produtividade dos associados de nossas cooperativas filiadas”, salienta.

Fornecimento de animais

O diretor-presidente afirma confiar integralmente no potencial da Frimesa e, principalmente, no abastecimento por parte dos suinocultores. “Temos uma considerável cadeia de produção, integrada por centenas de suinocultores associados às nossas filiadas. Temos indústrias modernas e um conceituado sistema de vendas, além de uma marca consolidada e que é considerada a quarta maior do Brasil. Aliado à expertise de vendas, temos nossos produtos da linha de lácteos, que igualmente são de grande penetração. Nossos mix de produtos sempre preservarão o preço justo, qualidade, padronização e a marca forte”, enaltece.

Futuro da indústria de Marechal Rondon

Em decorrência da nova planta industrial de Assis Chateaubriand, a Frimesa deve promover alterações na unidade industrial de suínos em Marechal Cândido Rondon. Clique e confira o que vai mudar.

O Presente Especiais/Revista Copagril

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